Começando uma amizade?

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Acordo de repente com o barulho do trovão, abro os olhos e olho em volta, demoro alguns segundos para perceber onde estou. Olho para o relógio que está marcando 00h14. Levanto, e vou até a janela da frente fechá-la, está começando a chover, fecho as cortinas e caminho em direção a janela lateral, e olho para a outra casa. Vejo Thomas parado, sem se mover, olhando fixamente para mim, isso me assusta um pouco. Então rapidamente fecho as cortinas e volto para a minha cama. Pego meu celular e ao mesmo tempo ele começa a tocar.

...

Acordo em um pulo. Nossa, eu estava sonhando, parecia tão real. Meu celular estava de fato tocando, aperto o botão para atende-lo.

–Alô?- diz uma voz femenina, o que parece ser Elloize.

–Oi Ell, tudo bem?

–Tudo ótimo e você? Recebi sua mensagem, me conta tudo sobre ele! Quantos anos ele tem? Como ele é? Não me esconda nada!- ela diz curiosa e empolgada demais.

–Certo. Não posso dizer muita coisa sobre ele, mas conversamos, ele é muito lindo, tem os olhos azuis, até parece que joga algum tipo de esporte pois não é igual esses magrelas daí. Mas é meio difícil dizer, já que ele parece ser mais isolado do que eu.

–Ai minha nossa! Mal se conhecem e já tem coisas em comum- diz ela com um tom brincalhão.

–Viu só!- digo e dou uma risada.

–Ai Lara, eu adoraria falar mais, mas tenho que desligar, minha mãe está me chamando.

–Tudo bem, nos falamos mais tarde.

–Ótimo, beijos.

–Tchau.- desligo o celular, e vejo a hora, são 18h40. Coloco o celular no criado mudo, me levanto e desço as escadas. A casa ainda parece vazia, vou até a cozinha e abro a geladeira, pego uma jarra de suco e coloco o líquido em um copo, volto a guarda-la e caminho até a sala de estar. Ligo a tevê, e procuro algum canal, tomo um gole do suco. Escuto alguém abrir a porta, e logo aparece Meghan.

–Lara ... aí está você! Não te vi pela escola hoje. Como foi? Fez algum amigo?- ela me pergunta, amigável e curiosa.

–Foi normal, não sei dizer ao certo se fiz amizade ou não. Um garoto veio falar comigo enquanto eu esperava o ônibus, e me acopanhou no almoço.- digo, vai que ela sabe alguma coisa sobre Thomas.

–A é? Que legal, como era o nome dele? Vai que eu conheço- ela senta ao meu lado e sorri.

– Thomas Chapman.

–Chapman? – diz ela, como se estivesse espantada.

–Sim. - afirmo, esperando ela dizer alguma coisa.

–Hm... Curioso, nunca vi ele conversando com alguém ou até mesmo com amigos.

–Ah é? E por que não? -isso me deixou curiosa.

–Não sei bem ao certo. Deve ter alguma coisa haver com sua infâcia eu acho. - como assim? O que tem a infância dele?

–O quem tem a a infância dele? – pergunto, esperando sua resposta, ela olha para a tevê, e então volta a olhar para mim.

–Ouvi dizer, que quando ele era pequeno seu pai era alcólatra, e batia muito nele e o irmão mais velho, Dylan. Eu não o conheço, só vi de vista algumas vezes que aparece aí para ver a avó. Então, certo dia o pai dele estava muito bêbado e saiu de carro, acabou sofrendo um acidente e morreu.

–Mas e a mãe dele? – pergunto, ainda curiosa.

–Até onde eu sei. A mãe dele morreu enquanto ele era muito pequeno, não sei do que. Então depois que o pai morreu ele e o irmão vieram morar com a vó, Elise. Ela é uma senhora muito adorável, não aparenta ter a idade que tem.

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