O trabalho

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Na manhã seguinte, me levanto, tomo meu banho, e desço para tomar café. Riley está sentado no banco da cozinha, em frente ao balcão. Não é de costume ele estar aqui, bom... eu nunca o vejo pela manhã, nem mesmo na escola.

–Bom dia. –digo se aproximando do armário para pegar uma xícara.

–Bom dia Lara, tudo bom?

–Que bom te ver por aqui logo cedo, eu nunca te vejo, nem mesmo na escola. –digo, para saber o que ele vai responder, já que a curiosidade é um defeito do qual eu conheço muito bem.

–Eu faço uma caminhada até o colégio, e normalmente fico com meu grupo de amigos.

Riley não é muito de falar, eu acho que tem a ver com a morte da mãe dele. Mamãe me disse que eles eram muito unidos, já que ele era o caçula, e que ele sofreu muito com a morte dela, e mudou desde então. Tomo meu café, então vou para a escola, vejo Thomas no ponto do ônibus, chego perto dele, mas ele parece não notar minha presença, está com os fones de ouvido.

–Olá. –digo colocando a mão sobre seu ombro, ele se vira para mim, e tira os fones.

-Oi. -diz num sorriso perfeito.

–É você quem está com os fieis companheiros hoje. –digo numa falha tentativa de tentar ser engraçada.

–Pois é. -ele riu, olhando para baixo.

Ele guarda o fone na mala, e logo o ônibus chega, ele estende o braço para que eu entre primeiro. Faço isso, e logo ele entra atrás de mim, se sentando ao meu lado.

Ao chegarmos na escola, vamos para a saula de aula, temos essa aula juntos.

–Bom dia classe. –diz o professor Benson, ao se sentar em sua mesa. –Façam duplas para o trabalho. Quero que pesquisem sobre a segunda Gerra Mundial, mas sem internet. Eu vou saber se vocês usarem o wikipédia.-diz ele falando sério.

Thomas se vira para mim, e quando eu olho para ele, ele está me encarando, então da um sorriso torto, e eu sorrio sem saber o por que, então ele diz sem sair a voz, mas leio seus lábios e entendo o que ele disse. –''juntos?'' – eu confirmo com a cabeça, então voltamos a atenção na aula. O professor passa mais algumas instruções sobre o trabalho. No almoço, eu me sento em uma mesa, e fico esperando Thomas aparecer como de costume, mas ao invés disso Dean senta ao meu lado.

–Lara, que bom te ver.

–Oi Dean, tudo bom?

–Estou, e você? –ele sorri mostrando as covinhas.

–Estou bem, obrigada.

–Então, ahm... Estava pensando, se talvez você quisesse sair comigo hoje?

–-Sair? -pergunto me fazendo de desentendida.

–É.. sei lá, ir ao cinema talvez?

–Hm... –faço uma pausa –Eu tenho trabalhos para fazer, não vai dar.

–Tudo bem, quando estiver com o tempo livre, você me fala. –eu não quero dar falças esperanças para ele, mas eu não estava nem um pouco a fim de sair com Dean. Vejo Thomas vindo em nossa direção.

–E aí? -pergunta ele olhando para o Dean, que se assusta ao escutar sua voz, e se vira para ver quem era.

–E aí! –diz Dean, sem sair do lugar, então Thomas se senta ao meu lado, e continua encarando Dean.

–Pretende começar o trabalho hoje? –pergunta Thomas, se virando para mim, e olhando diretamente em meus olhos. Seus olhos são lindos, e eu não consigo desviar o olhar.

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