Cap 7

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Ela cozinhou para nós dois e depois arrumou a mesa de jantar. Só então eu ouvi uma música de longe.

- De onde tá vindo essa música? - A questionei enquanto arrumava a minha taça.

- Do meu quarto, não consegui instalar a televisão da sala ainda. - Ela respondeu servindo meu prato.

- Posso fazer isso por você. Sou bom com essas coisas de tecnologia. - Eu disse mesmo não fazendo ideia de como se instala uma televisão.

- Obrigada. - Ela disse e sorriu enquanto entregava meu prato.

Esperei ela servir seu prato também e então dei a primeira garfada. Era ótimo, o peixe era docinho e salgado ao mesmo tempo. A salada tinha um gosto azedinho de um molho de maracujá que ela fez.

Eu devo ter feito uma expressão muito engraçada, pois ela sorria sem mostrar os dentes.

- Se eu não tivesse visto você preparar eu ia achar que você comprou e mentiu que fez. - Disse e ela gargalhou. - Acho que é a primeira vez que vejo você sorrir tanto.

- Acredita em mim, Lucas. - Ela disse meu nome e meu braço arrepiou. - Faz muito tempo que eu não sorrio assim.

- Deve ser difícil ser você. - Disse e sua expressão pesou. - Me diz uma coisa, eu já tomei 2 taças de vinho e você continua tomando água. Não tá pensando em me embebedar para se aproveitar de mim, não né?

- Eu adoraria beber um vinho com você, mas não posso. - Ela respondeu olhando seu copo.

- Qual é desses remédios aí? Eu já parei de gravar de madrugada para você poder dormir. - Disse colocando mais peixe na boca.

Ela suspirou pesado e imediatamente me arrependi de perguntar.

- Os remédios não são por sua causa. São para ansiedade, depressão, síndrome do pânico... - Ela disse visivelmente desconfortável.

- Você não precisa falar sobre isso. - Eu disse e num impulso segurei sua mão. Ela olhou para nossas mãos e meu rosto esquentou automaticamente.

- Obrigada, Lucas. - Ela disse e novamente aí ouvir meu nome na sua boca me arrepiei.

- Eu só quero ajudar. - Respondi.

Vizinha - T3ddyWhere stories live. Discover now