Cap 25

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No dia seguinte acordei cedo e peguei a estrada. Eu ainda não tinha acreditado que estava fazendo isso. Ir atrás de um possivel endereço, de uma possível assassina. Acho que eu perdi o juízo de vez.

Quando passei a placa que mostrava o limite do estado de São Paulo senti um imenso frio na barriga e uma pontada de arrependimento, mas agora é tarde demais. Estou mais perto do que longe de saber a verdade, só tenho medo do que vou encontrar lá.

As coordenadas me levaram até um hotel na beira de uma estrada, estacionei meu carro na frente e fui até a recepção. Uma moça com fones de ouvido mexia no celular enquanto balançava a cabeça. Toquei a campainha emcima da mesa o que fez com que ela me olhasse com surpresa.

- No que eu posso te ajudar? - Ela disse simpática.

- Eu estou procurando Manuela Moraes. - Disse e ela me olhou confusa. - Ela tem uma estatura assim. - Mostrei para ela com a mão. - Cabelos longos, escuros...

- Ah sim, a moça do quarto 13. Pode subir, é virando a esquerda o 3 quarto. - Ela mostrou com a mão.

- Você não vai avisa-la?

- Ela me disse que você viria. - Ela disse com um sorriso largo e nesse momento eu senti muito medo.

Subi aquelas escadas como se meus pés pesassem chumbo, eu não queria mais ir, essa Manuela é louca e eu me arrependo de ter conhecido ela. Eu só quero ir para a minha casa e viver minha vida como antes, mas agora é tarde demais, olhei para trás e vi a moça da recepção me olhando com aquele sorriso.

Bati na porta de madeira com o número 13 pregado e senti meu corpo desfalecendo. Nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

Um silêncio enorme se fez. A porta tem um olho mágico e tenho certeza que quem quer que esteja do outro lado agora está me observando. De repente o silêncio se fez e eu ouvi o barulho de uma tranca se abrindo, meu coração estava muito disparado, até que a porta se abriu e eu a vi ali.

Vizinha - T3ddyWhere stories live. Discover now