Cap 30

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O policial viria até o meu apartamento hoje, estou nervoso. Se o que a Manuela disse for verdade ele é perigoso, então eu preciso conquistar a confiança dele, não posso mentir. Se ele sentir que não pode confiar em mim ele vai atrás dos meus pais e eu não posso permitir.

Ele entrou no meu apartamento e sentou no meu sofa, até pensei em oferecer um café ou algo do tipo, mas eu só queria que isso acabasse logo e eu pudesse seguir minha vida como se isso tivesse sido apenas um sonho.

- Bom, como eu te disse aquele dia eu estou investigando o possível assassinato de Eduardo Bittencourt, ex noivo de Manuela Moraes. - Ele disse e eu confirmei com a cabeça. - Eu não sei se você sabe, mas há indícios de que a morte não foi suicídio.

- Sim, eu sei. - Disse e ele me olhou. Eu sinto como se ele me analisasse.

- Espero que você colabore. - Ele disse e eu confirmei com a cabeça. - Que relação vocês tinham?

- Ela era minha vizinha, morava no apartamento abaixo do meu. Nós não éramos amigos, nem namorados. Nós tínhamos uma relação difícil de explicar.

- Eu entendo. Ela comentou algo sobre o ex noivo com você?

- Ela sempre comentava que ele tinha problemas com depressão, essas coisas, e que cometeu suicídio depois que ela terminou com ele. - Respondi, meu coração batia muito acelerado.

- Só isso?

- Sim, ela dizia que a família do ex a perseguia porque colocaram a culpa nela. Por isso ela se mudava e fugia deles.

- Entendo. - Ele disse e deu um riso. - Você ainda mantém contato com ela? Sei que ela foi embora.

Pensei bem o que eu diria nesse momento, eu até poderia esconder a Manuela, mas nesse momento minha família está em jogo e eu não posso arriscar.

- Falei com ela ontem. - Respondi.

- E onde ela está? - Ele perguntou e eu fechei meus olhos com força. - Ela é uma possível assassina, você não vai querer se comprometer com ela.

- Ela não está mais em São Paulo. Ela está em um hotel na divisa entre são Paulo e o Paraná. - Respondi num suspiro.

- Você sabe o nome desse hotel? - Ele disse mexendo no celular.

- Não. - Suspirei e peguei o envelope com as coordenadas que ela me deu. - Tenho isso, são coordenadas. Ela me deu, é onde você vai encontrá-la.

O homem pegou o papel em mãos e levantou do sofá. Ele agradeceu e foi embora. Só então eu suspirei fundo.

Vizinha - T3ddyWhere stories live. Discover now