Cap 22

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Sai daquela empresa mais confuso do que entrei, o cara fez várias acusações sem cabimento da Manu, mas ainda é inegável que a história da morte do seu ex é muito estranha.

No dia do jantar com meus pais ela deixou a garrafa de vinho lá em casa com o restante, então enviei para um laboratório analisar. Já que seu ex cunhado disse ele pode estar envenenado ou algo do tipo. Eu sei que isso é meio inviável, mas eu não tenho mais certeza de nada.

Cheguei no laboratório e pedi para conversar com o químico que eu paguei. Ele logo apareceu e me chamou em uma sala branca cheia de vidros.

- Então cara, encontrou algo? - Eu perguntei, estava nervoso. Meus pais beberam esse vinho.

- Não, não encontrei nada. - Ele disse e eu respirei aliviado. - Mas esse vinho tem uma particularidade. - Ele disse e eu o olhei atento. - Ele tem uma substância que se consumida em excesso se torna tóxica no organismo humano.

- O quê isso quer dizer? - Questionei confuso.

- Que se alguém beber esse vinho em excesso ele pode em caso mais brando causar uma úlcera e em pior hipotese levar a pessoa a óbito. - Ele respondeu.

Ele deu várias explicações técnicas, mas eu não ouvi nada, só lembrava daquele jantar onde ela bebia água e eu tomei várias taças daquele vinho.

- Mas quanto é necessário beber? - Perguntei pensando nos meus pais.

- Umas duas garrafas de vez, mas isso não acontece, ninguém bebe tanto um vinho de 2.000 de uma vez só, só se a pessoa quiser morrer. - Ele disse e riu.

- Obrigado. Eu já entendi. - Disse levantando da cadeira e indo em direção a porta.

- Tudo bem. - O homem levantou da cadeira e me alcançou a garrafa. - Pode levar, mas lembre-se, não pode exagerar.

- Não, eu não quero mais esse vinho. Pode ficar. - Disse e saí dali caminhando rápido.

Entrei no meu carro e esmurrei o volante, eu não consigo acreditar que me apaixonei por uma assassina.

Vizinha - T3ddyWhere stories live. Discover now