Cap 47

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Ele fez um gesto para eu sentar na sua perna, mesmo com nojo eu obedeci. Ele conversava com um homem mais velho sobre negócios, eu não conseguia distinguir ao certo, mas sabia que era sobre  isso.

- Antonella, você já conseguiu o mais difícil que é se aproximar dele. Agora você precisa ficar sozinha com ele. - O policial disse.

Arthur conversava com o homem mais velho que assim como ele tinha uma mulher sentada no seu colo. Olhei ao meu redor, esse ambiente me dá repulsa. Vários homens mais velhos, com mulheres bonitas a tira colo como se elas fossem objetos de adorno. Eu sempre via cenas como essas em filmes, mas pessoalmente é muito pior. Esse ambiente fede.

Enquanto os dois conversavam Arthur passou a mão por minha coxa. Nesse momento agradeci pela câmera ser apenas no meu colar, caso contrário o Lucas surtaria.

O homem mais velho saiu dali junto com a moça, foi então que o Arthur me puxou para próximo dele. Eu estava nervosa, esse é o momento em que ele me reconheceria ou não.

- Então você quer me conhecer? - Ele disse olhando para o meu rosto.

- Sim. - Disse mantendo meu olhar nos olhos dele, saber que foi ele quem matou o Bruno mesmo que indiretamente me faz sentir muito ódio.

- Qual seu nome? - Ele me perguntou.

- Nina. - Respondi.

- Que nome bonito. - Ele disse e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, por sorte a orelha que estava sem o fone.

- Onde eles foram? - Perguntei me referindo ao homem que estava conosco, fiz uma voz fina, geralmente homens nojentos como ele gostam de mulheres infantilizadas.

- Eles foram em um lugar bem legal, você quer conhecer? - Ele perguntou e eu assenti com a cabeça.

Ele segurou minha mão e falou com um dos caras que estava com ele. Nós seguimos rumo a um corredor praticamente invisível no fim do camarote. Esse corredor tinha uma luz vermelha baixa e várias portas, entramos na última e ele trancou a porta.

- Então, Nina, porque você queria me conhecer. - Ele disse me abraçando por trás.

- Porque gostei de você. - Disse virando de frente para ele.

- Vai com calma. - O policial falou baixinho no fone.

- Eu também gostei de você. - Ele disse e apertou minha bunda por cima do vestido, em seguida dispensando beijos por meu pescoço.

- Que tal um drink? - Eu ofereci e ele se afastou um pouco.

- Claro, porque não? - Ele disse e deitou na cama.

- Coloca o pózinho que tem dentro daquele saquinho que eu te entreguei na bebida dele. - O policial disse.

- Mas faz tudo discretamente, faz ele confiar em você, caso contrário ele não vai beber. - Davi disse.

Eu peguei dois copos, coloquei bastante gelo e em seguida whisky. Discretamente tirei o saquinho com o pó de dentro do meu sutiã e coloquei na bebida dele. Mexi com o dedo mesmo, quando eu estava terminando ouvi o barulho de uma arma vindo de onde ele estava. Nesse momento eu gelei.

- E o drink, amor? - Ele perguntou e eu virei bem devagar. A arma estava sob o móvel de cabeceira.

- Aqui. - Disse com a voz fina e caminhei até ele.

Entreguei o copo em suas mãos, mas ele não bebeu, pelo contrário ficou me olhando esperando eu beber o meu e assim eu fiz, nesse momento ele sorriu.

- Assume o controle da situação agora, Antonella. - O policial disse com a voz brava.

- Não vai beber o seu? - Eu disse mexendo o meu drink com o dedo, quando eu estava prestes a levar o dedo na minha boca ele segurou minha mão.

- Deixa que eu faço isso por você, amor. - Ele disse e levou meu dedo até a sua boca chupando ele devagar.

- Acaba com isso logo, Manuela. - Lucas gritou.

Vizinha - T3ddyWhere stories live. Discover now