— O casamento vai ser daqui a uma semana. Mas que tipo de viagem é essa?
Com uma pequena maleta na cama, Lee Hae-In estava arrumando as malas. Sentei-me no sofá do quarto dela, esticando a boca e reclamando de sua viagem repentina.
Lee Hae-In, que fechou a mala com força suficiente para fazer um baque, endireitou as costas curvadas e se virou para responder à minha pergunta.
— É apenas por 2 dias e 1 noite. Não estou indo longe, é apenas Taiwan, você não entende isso?
— Sim, Taiwan. Eu não gosto disso. Prefiro o Japão.
— Já estive muito no Japão.
— Não é ruim ir mais uma vez.
— Sigo o meu coração onde quer que eu vá. E vai ser a mesma coisa depois do casamento.
—…
— Não é como se eu estivesse indo para a Europa, é apenas Taiwan. Por que você odeia ir para Taiwan?
Não tendo nada a dizer para Lee Hae-In, virei minha cabeça para o lado. Como se estivesse frustrada, Lee Hae-In suspirou baixinho e sentou-se ligeiramente ao lado da cama.
Virei minha cabeça novamente e olhei para ela, que parecia um pouco cansada, e disse em voz baixa.
—... Eu simplesmente me sinto desconfortável. É onde a segunda família está comandando. China, Taiwan e Hong Kong também.
— Cha Taejun.
— Me ligue quando chegar a Taiwan.
—…
— Não, me ligue a cada hora.
—... é por isso que odeio Alfa.
—…
— Como se o Ômega fosse uma possessão deles. É nojento.
Hae-In falou baixinho com o semblante franzido, logo eu não pude dizer ‘não’ a ela. Na verdade, a maioria dos Alfas considerava seu Ômega uma posse, que deveria ser contida e reprimida.
Mas, quando eu era mais jovem, queria mostrar que compreendia que era diferente dos outros Alfas. Então, tentei fingir que nada aconteceu e mandei-a para Taiwan. Sem saber que ambos iríamos nos arrepender dessa decisão no futuro.
*
— Onde está nosso Lee Hyun?
—…
Sentindo-me frustrado quando pensei em outra coisa por um momento, diretor Lee de repente agarrou meus ombros com as duas mãos e perguntou, me sacudindo. Me sentir mal quando me deparei com seus olhos brilhantes, tirei suas mãos grossas de cima de mim, removi o casaco e limpando-o, eu disse:
— Ele foi para Taiwan. Com Cha Tae-jung.
— Taiwan... Nosso Lee Hyun em Taiwan...
Depois de eu ter perdido a cabeça, olhei para o diretor executivo Lee, que não parava de sussurar o nome de Cha Hyun, sai de casa dizendo que iria embora primeiro. E depois de fechar o grande portão com força suficiente para fazer um estrondo, entrei no meu carro que havia estacionado em frente ao muro e fui para casa.
Entrando em casa depois de ter deixado o carro na garagem, fui direto para o meu quarto e tirei o casaco ensopado de chuva. Em seguida, peguei uma garrafa de bebida alcoólica de um pequeno bar em um canto do quarto e derramei metade do líquido âmbar em um copo com gelo e bebi puro, sem dar tempo para diluí-lo.