Capítulo 30

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   — Você não vai ao Dr. Jeong?

  — Correto.

  — Então porque você está indo para uma direção contrária ao hospital?

  —…

  Cha Hyun segurou o cinto de segurança com uma mão e me perguntou ao se sentir ansioso por eu ter pegado uma estrada desconhecida. Olhei fixamente para o seu rosto, e sem lhe dizer uma palavra, virei a cabeça e olhei para frente.

   Depois que terminei o telefonema com o Dr. Jeong, fui para um hospital na periferia. Foi uma escolha minha para evitar pessoas suspeitas me perseguindo em busca de informações, mas Cha Hyun, que não tinha ideia disso, suspirou como se a situação fosse frustrante.

   Mas eu não tinha intenção de explicar tudo isso a ele. Achei que Cha Hyun ainda era muito jovem e imaturo para saber sobre o incidente que ocorreu na primeira família, e pisei no acelerador para acelerar ainda mais.

*

   — Dr. Jeong.

   — Nossa, você já está aqui? Oh, Lee Hyun-Ah também veio com você.

   —... Sente-se aqui e espere um minuto.

   — O que está acontecendo? Quem foi hospitalizado aqui?

   — Sente-se.

   Quando cheguei ao hospital, o Dr. Jeong, que estava esperando por mim, pareceu surpreso quando viu Cha Hyun me seguindo. Enquanto eu seguia o Dr. Jeong, me virei para Cha Hyun, que agarrou meu braço e perguntou o que estava acontecendo. E depois de acariciar suavemente sua cabeça, enquanto ele tinha uma expressão preocupada no olhar, indiquei uma cadeira no corredor do hospital para que ele se sentasse. Ele se sentou, mas ainda me segurava nervosamente sem querer me soltar. Tirei levemente sua mão do meu braço, e logo entrei no quarto de hospital com o Dr. Jeong.

   Park Hae-kwon estava deitado na pequena cama de solteiro que estava no meio do quarto. E para sua surpresa, ele abriu os olhos e me encarou assim que entrei no quarto do hospital.

   — Estou esperando há muito tempo. Que você acordasse...

   —… 

   — Não vai dizer nada? Deveria pelo menos agradecer a pessoa que salvou sua vida.

   —...Eu não vou dizer nada para você.

   Deixando para trás o Dr. Jung, que estava de pé na frente da porta, caminhei lentamente em direção à cama e acariciei a estrutura da cama com o dedo indicador. Talvez por ser um hospital antigo, a cama também não estivesse em muito boas condições. Toda vez que eu acariciava a estrutura de metal da cama, sentia uma superfície áspera na ponta do meu dedo.

   Depois de limpar meus dedos no lençol, sentei na cadeira ao lado da cama e continuei a conversa.

   — Você vai me dizer mesmo que não queira. Eu vou fazer acontecer.

   —… 

   — Quem te deu o dinheiro?

   —… 

   — Eu perguntei: quem te deu o dinheiro.

   —... você não sabe o quão assustador ele é.

   O homem, que havia fechado a boca para as perguntas que lhe fiz, fechou os olhos com força e os abriu novamente. Então, com uma expressão assustada no rosto, ele falou.

   Com meus olhos fixos nele, cruzei minhas pernas, e inclinei minha cabeça para o lado, e respondi:

   — Não sei. Eu nem sei quem ele é. Será que existe alguma maneira de eu descobrir?

Sou o Ômega do meu paiWhere stories live. Discover now