Capítulo 27

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   — E quanto a Tae-jung e Cha Hyun?

   — Os dois estão em seus quartos. Sua irmã está com febre e hoje não está em boa forma. Ela não conseguia nem comer algumas colheradas de mingau.

   —... Acho que vou ter que dizer ao Dr. Jeong para vir em casa amanhã. Cha Hyun também está doente?

   — Bom, não parece ser o caso, mas ele não almoçou e só ficou no quarto o dia inteiro...

   — Okay.

   Tirei o casaco, entreguei-o ao secretário Kim e fui para o segundo andar. Enquanto subia as escadas, desamarro a gravata que aperta meu pescoço e a seguro em uma das mãos.

   Parado na frente da porta de Cha Hyun bem ao lado do meu quarto, eu respirei brevemente e abri a porta. Já passava das 19 horas, então o quarto estava muito escuro. Quando senti a parede com minha mão, encontrei o interruptor e acendi a luz, pude ver as costas de Cha Hyun, encolhido no canto da cama.

   Joguei a gravata sobre o sofá e me aproximei dele. Depois de me sentar ao lado da cama, estendi a mão e acariciei o cabelo de Cha Hyun.

   — Você tem estado assim desde de manhã? Eu pensei em ter dito a você para comer corretamente todas as refeições.

   —…

   — Cha Hyun.

   —…

   — Por que você não responde? Qual é...

   —...sniff...

   O garoto deitado sem dizer nada era frustrante, então agarrei seu ombro e o virei para mim. Cha Hyun estava constantemente derramando lágrimas. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, como se ele tivesse chorado o dia todo desde a visita do Diretor Executivo Lee pela manhã.

   Olhei para ele mordendo o lábio inferior enquanto derramava lágrimas com os olhos que não conseguiam abrir direito, e lentamente envolvi suas bochechas brancas. Então, Cha Hyun murmurou baixinho com uma voz completamente cansada.

   —... eu não tenho... eu não tenho ninguém...

   — Cha Hyun.

   — Eu não tenho a mãe que me deu à luz... Não tenho amigos em quem confiar. Mas o vovô... pensei que meu avô estava do meu lado. Foi isso que pensei... vovô... meu avô...

   —…

   — E você... você é meu pai… Eu sou seu filho... ahhhh... eu não deveria fazer isso... eu sou...

   — Sim. Você não tem ninguém.

   —…

   Com minhas palavras frias, Cha Hyun derramou lágrimas grossas novamente.

   Curvei a parte superior do meu corpo e beijei sua testa reta e cuidadosamente lambi as lágrimas ao redor dos seus olhos. Então, Cha Hyun se encolheu e tremeu, segurando meu ombro com força com as duas mãos finas. Sussurrei em voz baixa, beijando constantemente o nariz, bochechas e queixo de Cha Hyun.

   — E eu também não tenho ninguém neste mundo em que possa confiar.

   —…

   — Então, você está ao meu lado. Para que eu possa confiar em você. Huh? Cha Hyun.

   — Eu sou seu filho. Então eu...!

   — Eu não preciso disso. De um filho.

   —…

Sou o Ômega do meu paiOù les histoires vivent. Découvrez maintenant