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*Diana

03h15 A.M

Tomo um banho rápido e ao sair do box, visto a camiseta que Samuel havia separado. Ele era grande e a camiseta deveria ficar como um vestido, porém ele é magro e eu não. A camiseta bate nas minhas coxas, me olho no pequeno espelho e vejo que ela está tampando tudo o que deveria tampar.

Saio do banheiro e dou de cara com Sérgio.

- Ei pitchula, o Samuel disse que você vai dormir aqui. - ele fala e eu o encaro surpresa.

- Disse? - pergunto seguindo o mesmo, que estava indo para a cozinha.

- É, algo sobre o Dinho te matar se você chegar em casa agora. - ele pega as chaves do carro que estavam no balcão. - Não sei o que vocês dois estão aprontando e nem quero me meter, ou seja, se o Dinho descobrir eu não sei de nada, certo?

- Certo. - respondo e ele sorri.

- Vou ir dormir na casa da minha namorada, pode dormir na minha cama. - ele beija a minha testa como de costume e bagunça meu cabelo.

- Até quando vai me tratar como se eu fosse uma criança? - pergunto e ele dá risada.

- Sou cinco anos mais velho que você, aos meus olhos você sempre será uma criança. - ele responde e eu sorrio, observo ele sair e sigo para a sala

Todos os meninos da banda eram três a cinco anos mais velhos que eu e por isso todos me tratavam como uma irmã mais nova, menos Samuel. Nós éramos muito próximos, mas não tanto quanto eu sou dos meninos.

- Está com fome? - ele pergunta ao me ver entrar na sala e eu nego, o mesmo abre a boca para falar alguma coisa e escutamos a porta de um dos quartos abrir. - Porra. - ele xinga baixinho e me empurra pro sofá, jogando uma coberta em cima de mim. - Boa noite, mãe.

- Samuel, que susto. - ouço a voz de dona Helena. - Pensei que estivesse conversando com alguém.

- Era com o Sérgio, mas ele acabou de sair.

- Faz tempo que você chegou, filho?

- Uma meia hora, mãe.

- Se você tomou banho, por que não colocou o pijama direto? Vai sair novamente? - ela pergunta confusa.

- O Sérgio que tomou banho. - ele responde rapidamente. - Eu ainda vou tomar.

- Mas ele tomou banho não tem nem uma hora. - ela fala confusa.

- Ele estava com dor de barriga, sabe como é. - Samuel fala e eu seguro a risada.

- Sendo assim, boa noite querido.

- Boa noite, mãe. - ele fala e após alguns segundos, que pareceram uma eternidade, ele puxa a coberta, me deixando respirar.

- O que foi isso? - pergunto e ele faz sinal de silêncio e se levanta, o mesmo puxa a minha mão e me guia até seu quarto.

- Minha mãe não se importa de você dormir aqui, mas acabaria comentando com a sua mãe e a sua mãe com o Dinho, como iríamos explicar?

- Tem razão, obrigada. - me sento na cama de Sérgio e suspiro. - Olha, desculpa te envolver nessa confusão e obrigada por hoje.

- Não precisa pedir desculpas, fico feliz que esteja bem. - ele se senta em sua cama e me encara. - Tenha paciência, uma hora vai aparecer alguém bom para você.

- Deus te ouça, Samuel.  - falo e ele sorri. - Arruinei com seu encontro, não é?

- Que encontro? - ele pergunta confuso.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora