*Narrador
Samuel fecha o portão atrás de si quando finalmente chega na casa da namorada, ela já tinha entrado. Ele entra e ao ver a sala vazia deduz que seus sogros já foram dormir, o mesmo segue até o quarto de Dinho e Diana, ao abrir a porta vê a mesma sentada em sua cama.
- Di... - ele a chama e fecha a porta atrás de si.
- Se você sabia por que não me contou? - ela pergunta ainda encarando o chão.
- Ele me contou hoje cedo e pediu minha ajuda para te contar, acho que se não tivesse acontecido o que aconteceu lá em casa, ele teria te contado de forma diferente. - ele fala e se senta ao lado dela. - Ele é meu melhor amigo, Di.
- Eu sei, não estou brava com você. - ela suspira. - Eu só... Por que ele não me contou?
- Ele estava com medo da sua reação. - Sam responde e ela assente e se levanta. - Mas amanhã vocês conversam e se resolvem.
- É... Acho que sim. - ela força um sorriso. - Vou escovar os dentes e já volto.
Samuel observa a namorada sair do quarto, ele suspira e começa a arrumar a cama para os dois deitarem. A porta é aberta e Dinho e Valéria entram no quarto, a menina sorri sem graça para ele.
- Sua irmã foi escovar os dentes. - Samuel fala quando Dinho o encara. - Eu aproveitar e ir também e assim vocês ficam a vontade.
Ele não espera o amigo responder e segue para o banheiro, o mesmo bate na porta e Diana abre. Quando vê que é o namorado, ela dá espaço para ele entrar. Ambos escovam os dentes em silêncio e quando Diana vai sair do banheiro, Samuel a puxa e beija a mesma.
- O que foi isso? - ela pergunta surpresa e ofegante quando eles se afastam.
- Pra você não esquecer que eu te amo. - respondo e ela sorri e me beija novamente, mas são interrompidos por alguém batendo na porta.
Samuel abre a mesma e era Dinho.
- Preciso tomar banho. - ele fala e o sorriso antes presente no rosto de Diana se desfaz, ela passa pelo namorado e sai do banheiro.
Dinho olha a irmã se afastar e suspira.
- Amanhã vocês se resolvem. - Sam fala e da dois tapinhas nas costas do mesmo, tentando confortar o amigo, ele passo por ele e sai do banheiro.
O mesmo segue em direção ao quarto e quando vai entrar no mesmo escuta Valéria e Diana conversando.
- Desculpa pela forma que agi, juro que não sou nenhuma vadia má. - Diana fala com pesar na voz e eu escuro Valéria rir.
- Eu sei disso, se você fosse ruim o Dinho não passava o dia falando sobre você.
- É... Mas ele não tem a imagem que eu esperava sobre a minha pessoa. - Diana fala e suspira. - Amanhã podemos conversar mais durante o café, ele só acorda depois da uma hora da tarde.
- Você também. - ela fala e Diana da risada.
- 'Tá, ele te contou mais coisa do que eu esperava. - ela fala e Valéria ri. - Mas meu namorado está aqui e amanhã temos compromisso, então vou acordar cedo... Ou tentar.
Samuel enfim entra no quarto e as duas o encaram, Valéria se levanta e sorri para nós dois.
- Vou ir escovar os dentes, boa noite.
- Boa noite. - ele e Diana falam em uníssono.
Valéria sai do quarto e apaga a luz, Samuel se deita ao lado de Diana e ela se aninha em seus braços.
- Boa noite, Sam.
- Boa noite, amor. - ele beija sua testa e sente ela entrelaçar a perna com a minha. A mesma deita a cabeça em seu peito e o abraça.
Após alguns minutos a porta do quarto é aberta e Diana o solta rapidamente se afasta o máximo que pode, fazendo com que Samuel estranhe. Dinho e Valéria entram no quarto sem acender a luz, os dois se deitam em silêncio, Samuel não conseguia enxergar o rosto de Diana por conta da escuridão do quarto e não a puxou de volta, mas segurou sua mão e ela entrelaçou seus dedos com os dele.
*Samuel
Quarta-feira - 07 de Julho de 1995
07h15 A.M
Acordo com a claridade que invadia o quarto através da janela, Diana estava sentada na beira da cama. Olho para o lado e vejo que Dinho e Valéria ainda dormiam, me sento na cama e coloco a mão no ombro de Diana.
- Amor, está tudo bem? - pergunto e ela se vira e me olha, a mesma força um sorriso e assente. Seu rosto demonstrava cansaço e eu tive certeza que ela não dormiu nada a noite toda.
- Eu vou levantar para fazer café. - ela me dá um selinho e sai do quarto.
Suspiro frustrado e volto a me deitar, ouço a cama de Dinho se mexer e o mesmo se levanta e sai do quarto.
- Devemos ir atrás? - Valéria pergunta ainda de olhos fechados e com a voz rouca.
- Acho melhor não, deixa eles conversarem. - respondo e ela apenas suspira como resposta, fecho os olhos e tento voltar a pegar no sono. Quando estou quase pegando no sono escuto um estrondo vindos da cozinha e alguns gritos. - É, agora acho melhor irmos atrás.
Falo e Valéria se levanta rapidamente, saímos do quarto e seguimos para a cozinha vendo Diana e Dinho discutindo.
- Olha o que você fez. - Diana fala limpando a mesa.
- Se você não estivesse na minha frente eu não teria derrubado o leite na mesa, Diana. - Dinho fala de forma séria.
- Eu não estou na sua frente, você tem a cozinha inteira para dar a volta e insiste em ficar atrás de mim.
- O que está acontecendo? - a voz de seu Manoel se faz presente e os dois ficam em silêncio. - São sete horas da manhã e vocês já estão brigando? Desde quando gritam um com o outro?
- Manoel... - Maria o chama, mas ele continua.
- Nessa casa ninguém grita com ninguém, estão me ouvindo? - ele pergunta de forma séria. - Respeitem o namorado e namorada de vocês e acima de tudo, se respeitem.
- Sim, pai. - ambos falam em uníssono e ele assente.
- Até mais tarde, querida. - ele beija a testa de Maria e olha para os filhos uma última vez antes de sair. - É melhor vocês se resolverem antes que eu chegue em casa, nunca agiram assim quando crianças, por que vão começar a agir assim agora que são adultos?
- Desculpa, pai. - Dinho fala e o mais velho assente e sai da cozinha, tia Maria vai atrás dele.
Dinho e Diana trocam olhares irritados os quais eu nunca vi eles trocando, suspiro sabendo que seria um longo caminho até os dois se resolverem.
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Capítulo escrito: 22.01.2024
Capítulo postado: 28.01.2024
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Teen FictionO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...