*AVISO IMPORTANTE NO FINAL*
*Diana
Quarta-feira - 07 de julho de 1995.
08h45 A.M
O clima em casa não era dos melhores, tomamos café em silêncio e assim que terminou Dinho se levantou e saiu arrastando Valéria para o quarto.
- Vai me contar o que aconteceu? - minha mãe pergunta e eu olho para Sam que me encoraja com o olhar, mas como resposta encaro a xícara a minha frente. - Diana, é normal ter ciúmes do seu irmão, mas dá uma chance para a menina.
- Esse não é o problema, mãe. - falo e suspiro frustrada. - A Valéria parece ser bem legal, mas ele... Esquece.
- Você sempre vai ser a menininha dele, não é, Sam? - ela pergunta e meu namorado assente, com a boca cheia.
- Eu já fui, mãe... Eu já fui. - falo e ela se levanta e beija meu rosto.
- Vou precisar sair, vão dormir em casa hoje? - ela pergunta e antes que eu responda, Sam me interrompe.
- Na verdade como temos show hoje, pensei que seria melhor dormirmos em casa. - ele fala e ela assente.
- Juízo vocês dois e bom show. - ela fala se aproximando e dando um beijo na testa dele.
Me levanto e começo a limpar a mesa do café, Sam me ajuda e quando terminamos sigo até o quarto e vejo Dinho e Valéria sentados na cama e conversando.
- Onde vai ser o ensaio hoje? - ele pergunta ao nos ver, arrumo a minha cama e abro o guarda-roupa pegando uma muda de roupa.
- Lá em casa, a van vai passar para nos buscar cinco horas. - Samuel responde. - Então vocês se arrumam lá.
- Eu vou dirigindo, preciso deixar a Valéria em casa depois do show.
- Você usa meu carro pra isso, é melhor irmos todos juntos na van. - ele fala e Dinho assente, pego uma mochila e coloco a muda de roupas lá dentro, pego o mesmo vestido que usei ontem e sigo para o banheiro.
Me troco rapidamente e pego minha escova de dentes e a do Sam.
- Vamos? - pergunto ao entrar no quarto e guardar nossas escovas na mochila.
- Não vão nos esperar? - Dinho pergunta e eu o encaro.
- Você poderia ter se arrumado faz tempo e você sabe onde fica a casa dos Reoli, nos encontre lá.
Não espero ele responder e saio do quarto, não demora muito para Sam vir atrás de mim. Saímos de casa e assim que entramos no carro ele me encara.
- Vai continuar com isso até quando? Pensei que vocês se resolveriam agora pela manhã.
- Não temos o que resolver, Sam. - respondo e ele nega.
- Diana, você nem dormiu e pela cara dele ele também não. - ele liga o carro. - Vocês precisam se resolver.
Suspiro como resposta e encaro as ruas enquanto ele dirigia, em poucos minutos chegamos em sua casa e ao entrarmos vimos Sérgio, Cláudia, Bento e Júlio tomando café.
- Cadê o Dinho? - Júlio pergunta pegando uma torrada.
- Já está vindo e você... - ele aponta para Cláudia. - Conversa com sua amiga e vê se coloca juízo na cabeça dela.
- Samuel! - o repreendo.
- O quê? Vocês dois não podem continuar com esse climão. - ele fala e se senta ao lado de Sérgio, roubando um pão de queijo do prato do irmão e levando um tapa na mão.
Cláudia se levanta e me puxa pela mão até o quarto dos Reolis.
- Desembucha. - ela fala e morde um pedaço de pão.
- Dinho está namorando.
- Isso é um milagre. - ela dá risada, mas para ao me ver séria. - E você está com essa cara de bunda por ciúmes? Pelo amor de Deus, você tem que dar graças a Deus que alguém quis ele, agora você e o Sam vão ter paz.
- Eu não estou com ciúmes. - resmungo e ela cruza os braços. - 'Tá, estou... Mas esse não é o motivo, ele está com ela já tem meses e estão namorando oficialmente a um mês.
- E ele não te contou. - ela pega o raciocínio e eu assinto. - É, isso aí foi filha da putagem dele.
- Ontem ele me disse que eu estava diferente, que eu não era mais a Diana que ele conhecia. - falo e suspiro. - Por um momento eu pensei que ele iria me chamar de puta.
- Ele o quê? - ela pergunta incrédula.
- Ele não falou, mas foi quase.
- O Dinho? O nosso Dinho? O teu irmão? - ela pergunta e eu assinto. - Não consigo imaginar ele fazendo algo assim.
- Pois é, ele voltou atrás antes de concluir a frase e... Mesmo assim, me magoou.
- Sinto muito, pitchula. - ela suspira. - Mas vocês vão se resolver, tenho certeza.
- Dessa vez é diferente, Clau.
- Não é não, estamos falando do Dinho. - ela segura meu rosto. - Do seu irmão insuportável que não vive sem você e você não vive sem ele. Quando ele chegar você conversa com ele e vocês se resolvem, certo?
- Certo. - respondo e ela beija minha bochecha.
- Agora vamos antes que aqueles esfomeados acabem com o café que a tia Helena fez pra gente.
- Onde ela e o tio estão? - pergunto quando saímos do quarto.
- Foram resolver alguma coisa com os pais do Bento. - ela responde e voltamos para a cozinha, observo a mesma puxar o rosto de Sérgio e lhe dar um beijo.
- Começou cedo a putaria, né? - Bento resmunga.
- Ele está assim porque a namorada foi viajar. - Sérgio falar ao me ver encarar o japonês. - Mas a minha não foi. - ele fala puxando a Cláudia para mais um beijo e eu dou risada ao ver Júlio e Bento fazendo caretas.
- Credo, que visão para começar o dia. - ouço a voz de Dinho e vejo ele e Valéria entrando na cozinha. - Fala, bando de cabeçudo. Amor, esses são Sérgio, irmão do cabeçudo que você conheceu ontem, aquele ali é o japonês falsificado e aquele é o Júlio, pão Pullman.
- E eu? - Cláudia pergunta ofendida.
- Verdade, aquela ali é a mãe de todos e namorada do cabeçudo ali. - ele aponta para Sergio. - Pessoal, essa é a Valéria, a mulher da minha vida.
- Acordou todo sentimental hoje, né? - Júlio o provoca. - Agora que estamos comidos, podemos ir ensaiar?
- Você não manda, você pede meu patrão. - Bento se levanta.
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Amo vocês.
Capítulo escrito: 22.01.2024
Capítulo postado: 28.01.2024
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Teen FictionO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...