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*Narrador

Os nove jovens estavam encostados em seus carros enquanto João conversava com os policiais.

- Foi um erro meu, eu passei o endereço errado para eles. - João justifica.

- Eu também errei ao deixar o portão aberto. - o homem ao lado dos polícias fala e a sua mulher o bate.

- Você é um idiota, Helder. - ela fala irritada. - "Deixa as luzes acesas para enganar os bandidos". - ela faz uma voz grossa e Bento da risada, mas leva um beliscão da namorada. - E aí deixa o portão e a casa aberta esses vândalos invadem.

- Vândalos não, minha senhora. - Dinho fala ofendido. - Já dissemos que foi um engano.

A mulher que usava um vestido longo e azul cruza os braços e nega.

- Por que saíram correndo se não são bandidos? - ela pergunta e Bento cruza os braços e a imita.

- Por que está vestida de Cebruthius se não é um cavalo? - ele pergunta e ela arregala os olhos.

- Porra, Alberto. - Sérgio xinga.

- Eles vão pegar as coisas deles e já vamos sair. - João fala e os policiais assentem. - Vamos.

Os jovens rapidamente entram na chácara novamente e saem recolhendo suas coisas, Cláudia se troca rapidamente e em menos de dez minutos já estavam lá fora novamente.

- Novamente, pedimos desculpas. - Cláudia fala sem graça e o homem assente.

- Obrigado e desculpa pelo transtorno. - João fala ao ver os jovens entrando na van, os seguranças iriam guiar os carros deles.

- Ô moça. - Dinho chama a atenção da mulher antes que o motorista feche a porta da van. - Tem bolo na geladeira, viu? - ele sorri pra ela e ela fecha a cara. - Que mulherzinha mal educada.

- Como vocês invadem a casa de alguém assim? - João pergunta irritado assim que o motorista começa a dirigir.

- Não invadimos, tio João. - Diana fala e ele suspira. - Você falou casa amarela e era uma casa amarela que estava aberta, achamos que era o lugar certo.

- Eu falei que o show era na praia, isso parece praia para vocês? - ele questiona e Samuel nega.

- Claro que não, mas vai que você estava meio tan tan das ideias, quem iria te questionar? - ele pergunta e João respira fundo e volta a se sentar.

Os jovens ficam em silêncio por alguns segundos, mas quando seus olhares se encontram eles explodem em risada.

- O Dinho ficou com medo da própria besteira que ele inventou. - Cláudia gargalha.

- Não sei do que você está rindo, quem passou vergonha descendo o morro quase pelada foi você. - ele resmunga e ela chuta ele, fazendo Diana dar risada.

- Não pude nem comer o meu miojo. - Cláudia resmunga deitando a cabeça no peito do namorado.

- Eu também estou morrendo de fome. - Aninha reclama.

- Se voltarmos lá e pegarmos as compras que deixamos seria muita cara de pau? - Bento pergunta.

- Seria! - João responde do banco da frente e o japonês revira os olhos.

A viagem até a praia foi em torno de uns quarenta minutos, ao chegarem na casa certa, Cláudia corre para tomar um banho e os outros se acomodam. Após jantarem, João os informa que vai para casa e que estaria ali na manhã seguinte, mas deixaria os seguranças por precaução.

- Será que ele tá com medo de invadimos outra casa? - Valéria pergunta preocupada ao ver o homem sair pela porta e Dinho da risada.

- O tio João é sério assim mesmo, logo ele volta ao normal. - ele fala colocando os pés sobre a mesinha na sala.

Diana aparece enrolada em um edredom e deita ao lado de Samuel, que estava deitado no chão. Não demora muito para os outros se juntarem a eles.

- O que vamos assistir? - Aninha pergunta ansiosa.

- Ritmo quente. - Dinho fala parando em um canal ao ver o filme.

- O meu favorito! - Diana fala animada.

- Eu sei. - todos repetem em uníssono, deixando Valéria confusa e Diana de cara fechada.

- Ela já nos fez assistir esse filme umas quinhentas vezes. - Júlio passa as mãos no rosto de forma dramática.

- Vamos assistir quinhentas e uma então. - Dinho fala. - Porque a pitchula gosta e é isso que importa.

- Ih, o que você quer, Dinho? - ela levanta a cabeça para ver o o irmão. - Eu não tenho dinheiro.

- Eu sei, eu que te sustento. - ele fala e ela joga uma almofada nele. - Quer dizer, ainda não te sustento, mas irei sustentar. - ele sorri orgulhoso, mas leva outra almofadada na cara e dessa vez vinda de Cláudia.

- Calem a boca. - ela resmunga sem tirar os olhos da TV, foi instantâneo o suspiro das quatro quando Patrick aparece em sua primeira cena.

- Tudo isso por um homem? - Samuel resmunga.

- Não é qualquer homem, é o... - Diana é interrompida pelas outras três falando em uníssono.

- Patrick Swayze. - a voz de apaixonada delas fez os garotos revirarem os olhos.

- Eu sou mais gostoso que ele. - Samuel fala ofendido.

- Claro amor, é sim. - Diana da duas batidinhas no peito do namorado, ainda sem tirar os olhos da TV.

- Eu vou te mostrar o "É sim". - ele a puxa para debaixo do edredom e faz cócegas na mesma, fazendo ela dar risada

- Não, Sam. - ela gargalha. - Socorro... Eu vou fazer xixi, para. - ele dá risada e a solta, puxando o edredom e libertando os dois.

Dinho finge olhar para um relógio invisível em seu pulso.

- Trinta segundos! - ele fala em um tom de voz de locutor.

- Trinta segundos? Não é um homem, é uma máquina. - Bento fala de forma exagerada.

- O Airton Senna do sexo. - Júlio fala e Cláudia, Valéria e Aninha dão risada.

- Que orgulho. - Sérgio bate palmas e Samuel revira os olhos.

- Vão se foder. - ele resmunga ainda ouvindo a risada dos amigos, o mesmo puxa Diana e ela se aninha em seus braços. - Deixem elas prestarem atenção no filme, Bocós.

- Espero que fique interessant... Nossa, que gata. - Júlio se arruma no sofá ao ver a atriz principal. - Me interessei por esse filme, sabia?

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Capítulo bem paradinho, me pediram para ter um pouco de paz nos próximos capítulos. Sendo assim vou focar mais na amizade deles e logo voltamos com a nossa programação normal: O caos.

Capítulo escrito: 05.02.2024

Capítulo postado: 05.02.2024

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Where stories live. Discover now