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*Narrador

A volta para Guarulhos foi tranquila e em menos de uma hora e meia já estavam em casa. Todos estavam na casa de Júlio ajudando a irmã do mesmo a encher as bexigas.

- Ela tá animada desse jeito porque é uma festa sem adultos. - Bento fala e Paula da um peteleco no braço do mesmo. - Mas nós vamos estar aqui, baixinha.

- E desde quando são adultos? - ela retruca e Sérgio gargalha.

- Orra, japonês. - ele provoca o amigo e Bento joga uma bexiga na cara do mesmo, começando uma guerra de bexigas.

Na cozinha Cláudia e Diana estavam enrolando os docinhos e Samuel e Dinho estavam ajudando ou fingindo que ajudavam enquanto comiam a metade dos doces.

- Samuel Reis de Oliveira, se você comer mais um brigadeiro eu juro que te esgano. - Cláudia fala irritada e Diana da risada. - Vai, os dois fora daqui. - ela aponta pra entrada da cozinha. - Vazem.

- Mas Clau... - Diana começa a falar quando Samuel e Dinho olham para ela com aquela cara de cachorro abandonado.

- Não adianta, a Diana é coração mole e eu não. - Cláudia insiste.

Samuel se aproxima de Diana e da um selinho na mesma, quando ele vai se afastar ela entrega um brigadeiro para ele e leva um tapa de Cláudia.

- Não bate na minha, muié. - Samuel resmunga.

- Então vai embora. - ela fala e os dois saem da cozinha. - E então, como foi a noite de vocês?

- Eu sabia que você estava querendo alguma coisa quando expulsou eles. - Diana fala e Cláudia sorri. - Não fizemos nada.

- Isso eu sei, cabeçuda. - Cláudia coloca os brigadeiros nas forminhas. - Eu te conheço e conheço ele, imaginei que não iria rolar nada, quero saber como foi dormir com ele sabendo que ele é seu e você é dele.

- Foi maravilhoso se eu pudesse teria ficado o dia inteiro nos braços dele. - Diana sorri e enrola os brigadeiros no granulado.

- Eu estou muito feliz por vocês, Di. - ela sorri para a amiga. - Chega me emociono.

- Não vai chorar em cima dos brigadeiros, Clau. - Diana fala dando risada. - Terminamos, já não aguento mais enrolar doce.

- Que horas são? - Cláudia pergunta e se vira para olhar no espelho. - Misericórdia, já são três horas da tarde?

- Já, vocês fizeram tanta coisa que nem viram o tempo passar. - Paula fala entrando na cozinha e abraçando as duas. - Obrigada meninas, não sei como agradecer vocês.

- Se divertindo bastante. - Diana fala e Paula assente. - Vou pra casa me arrumar. - ela se levanta e se espreguiça. - Até daqui a pouco xuxus.

- Até, pitchula. - Cláudia fala e Paula ri.

- Eu nunca vou entender esse apelido. - ela fala assim que Diana sai da cozinha.

A sala estava cheia de bexigas coloridas e os cinco marmanjos estavam jogados no chão.

- Eu vou para casa tomar um banho e me arrumar. - Diana avisa e Samuel se levanta.

- Eu vou com você, não aguento mais encher bexiga. - ele fala e Sérgio joga a chave do carro para ele.

- Não demora, preciso levar a Clau na casa dela para pegar algumas coisas. - ele avisa e Samuel assente.

- Já voltamos. - Diana fala e sai da casa com Samuel, ao entrarem no carro ela coloca o cinto. - Onde está o Júlio?

- Foi buscar os refrigerantes, ele está mais nervoso que a aniversariante. - ele fala e Diana da risada.

- Ele está assim porque é o aniversário de dezoito anos da irmã, hoje no carro ele estava bem pensativo.

- Dinho ficou do mesmo jeito quando você fez dezoito anos, ele até chorou. - Sam fala estacionando em frente a casa dos Alves, a viagem não demorou cinco minutos, já que a casa de Júlio era próxima da casa de Diana e Dinho.

- Meu irmão é muito exagerado. - ela fala e desce do carro, Samuel faz o mesmo.

Após trancar o carro e entrarem na casa, Diana segue para o quarto e tira os tênis.

- Só não demora, pitchula. - ele pede e ela assente. - O Sérgio mata nós dois se demorarmos.

- Vou tomar um banho rapidinho. - ela sorri. - Liga o rádio aí. - ela segue para o banheiro e ele faz o que a mesma pediu.

Diana toma um banho levemente demorado, a mesma lava os cabelos e ao sair do box se enrola na toalha e sorri ao ouvir a música que tocava.

- Deixa as contas que no fim das contas o que interessa pra nós... - ela cantarola ao sair do banheiro.

- Fazer amor de madrugada. - Sam completa e ela dá risada. - Amor com jeito de virada.

Ele estava sentado no sofá e a observava sair do banheiro.

- Larga logo desse espelho, não reparou que eu 'tô até vermelho? - ela continua e caminha até o mesmo e ele se levanta e segura a mão da mesma, a girando. - 'Tá ficando tarde no meu edredom, logo o sono bate.

- Deixa as contas que no fim das contas, o que interessa pra nós é fazer amor de madrugada. - ele a puxa pela cintura e os dois começam a dançar pela sala.

- Amor com jeito de virada. - Diana canta entre as risadas, ele a gira novamente e quando seus corpos se chocam um com o outro e os olhares se encontram, os sorrisos em seus rostos desaparecem e o desejo toma conta.

Samuel a beija como se não houvesse amanhã, de todos os beijos que já deram, esse com certeza era o mais esperado. Suas bocas se negavam ficar longe uma da outra e as línguas entrelaçadas travavam uma árdua batalha.

O beijo era apaixonado, excitante e desesperado, como se eles não pudessem largar um ao outro. Ele se senta no sofá e quando puxa Diana para sentar em seu colo ela coloca a mão em seu peito e interrompe o beijo.

- Eu vou te machucar. - ela fala tentando levantar, mas ele segura sua cintura com força, a impedindo. - Sam, eu sou muito pesada.

- Se eu voltar a te beijar você para de falar besteira? - ele pergunta e ela sorri como resposta e se inclina na direção do mesmo, o beijando novamente.

Mas antes que eles voltem a aquela excitação toda, ambos escutam o barulho do portão e em menos de segundos a porta é aberta e Cláudia e Sérgio entram na sala.

- Puta que pariu. - Sérgio xinga ao ver a cena e Diana se levanta rapidamente.

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Escrito: 12.12.2023

Postado: 07.01.2024

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora