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*Narrador

O pessoal estava na garagem, sentado no chao mesmo. Diana estava deitada com a cabeça no colo do namorado e cochilava, os amigos conversavam sobre a rotina que teriam na próxima semana. João Augusto havia ligado no finalzinho da tarde para desejar um feliz aniversário para a garota e avisar aos meninos que eles tinham horário marcado no domingo de manhã no estúdio do Rick, um imprevisto havia acontecido e eles precisavam das músicas gravadas o mais rápido possível.

- O que será que aconteceu? Ele estava bem nervoso no telefone. - Júlio fala e Dinho da de ombros.

- O tio João sempre está apreensivo no telefone. - ele fala e olha para a irmã e o amigo. - A pitchula vai acordar quebrada dormindo no chão.

- Eu levo ela pro quarto depois. - Samuel fala ainda acariciando os cabelos da namorada.

- É... Eu que levava ela pro quarto antes. - Dinho suspira e Samuel sorri. - Mas estou feliz que a minha menina está feliz.

- Feliz? Ela está radiante. - Cláudia fala animada. - Já mostrou a aliança umas quinhentas vezes.

- Sem contar o Sansão, viu ela indo mostrar para o seu pai? - Aninha pergunta para Dinho e o mesmo nega. - Quando seu pai chegou com os refrigerantes ela saiu correndo pro quarto e voltou com o Sansão, correu na direção dele e mostrou primeiro o ursinho e depois a aliança. - ela fala rindo. - "Agora eu tenho um Sansão, pai". - Aninha imita a voz de Diana e Dinho nega e da risada.

- Seu pai ficou todo emocionado, os olhos cheios de lágrimas. - Sérgio fala e Dinho suspira e olha para a irmã.

- Eu sinto que ela esta mais feliz ultimamente, vocês não sentem isso? - Bento pergunta e Júlio assente.

- É porque ela tá namorando comigo e eu sou o motivo da felicidade dela. - Samuel responde e Sérgio joga uma latinha de refrigerante no mesmo acertando sua testa e fazendo ele cair pra trás, Diana acorda assustada e olha para o namorado caído.

- Meu Deus, Sam. - Sérgio fala rindo. - Porra, foi uma latinha e você desmanchou.

- Eu fui desviar e bati a cabeça na parede. - ele resmunga. - Desculpa, amor.

- Tudo bem. - ela se senta e boceja. - Que horas são?

- Nove e meia. - Dinho responde e Diana se levanta. - O pessoal já foi tudo embora e viu você dormindo aí toda jogada. - ele provoca e Diana mostra o dedo do meio pra ele e arruma o vestido. - Onde você vai, doida?

- Falar com a mamãe. - ela responde e entra na casa. Os únicos convidados restantes eram os pais de Sérgio e Samuel.

Seu Ito e o senhor Manoel conversavam sobre um dia de pesca que eles estavam combinando em fazer e dona Helena e Maria tinham diversas fotografias nas mãos.

- Que saudades dessa época. - Helena fala pegando uma das fotos na caixa e sorri ao ver a mesma. Diana se aproxima e se senta no chão, entre as duas mulheres mais velhas. - Olha como você era pequena, fia.

Ela entrega a foto para Diana e a menina não consegue evitar um sorriso ao ver a mesma. Era ela com onze anos de idade, sentada no colo de Sérgio e com uma caixa de boneca no colo, Sérgio olhava para a garota radiante enquanto a mesma tentava abrir a caixa.

- Foi o primeiro aniversário que comemoramos todos juntos, ainda lembro da alegria dela quando ele apareceu com essa boneca. - Maria fala e Helena da risada.

- Ele economizou o mês inteiro para comprar. - ela suspira e acaricia o cabelo da garota. - Agora você já é uma mulher, mas aos meus olhos sempre será aquela menininha.

- Aí tia, eu vou chorar. - Diana fala e Helena e sua mãe dão risada.

- Acho que nunca te agradeci por tudo o que você fez pelo Sérgio. - ela fala e Diana a encara confusa. - Você chegou em nossas vidas em um momento muito delicado, querida. Minha mãe havia acabado de falecer e o Sérgio era muito apegado a ela, quando tudo aconteceu ele se afastou e... - ela respira fundo, os olhos marejados da mesma fez com que o coração de Diana se apertasse. - Eu nunca vi o meu filho daquele jeito, tão perdido e eu pensei que iria perder o meu menino. - Maria aperta a mão da amiga e suspira. - Mas aí você apareceu e trouxe o meu Sérgio de volta e eu sou eternamente grata a você por isso.

Diana se levanta, coloca a foto de volta na caixa que estava no colo da mãe e abraça a tia.

- Eu amo vocês, tia. - ela beija o rosto da mais velha. - São minha segunda família.

- Pode largar a minha sogra? - a voz de Cláudia ecoa no fundo e Diana da risada e solta a Helena.

- Agora ela é minha sogra também. - Diana fala e estende a mão para Cláudia que revira os olhos e da risada ao ver a aliança pela décima vez. - Se acostuma, Clau.

- Tem tia Helena para todo mundo. - Helena fala se levantando. - Mas só amanhã, preciso ir para casa.

- Está cedo ainda, Helena. - Maria fala colocando a caixa na cadeira e se levantando.

- Ô mãe. - Sérgio entra na sala. - Nós vamos ir para a praça, ensaiar.

- Essa hora? - Helena pergunta assustada. - Por que não ensaiam lá em casa?

- Vai fazer barulho e atrapalhar você e o pai. - ele responde.

- Não seja por isso, a Helena e o Manoel podem dormir aqui. - Maria fala e Diana assente.

- O quê? Claro que não, não quero atrapalhar. -  Helena fala.

- Não vai atrapalhar em nada, Helena. - a mãe de Diana sorri. - Fio, vai para a sua casa e pegue as coisas de seus pais, eles vão ficar por aqui.

- Eu não tenho escolha. - Helena fala rindo quando Sérgio a olha. - Então aproveitem e durmam em casa. - ela fala para Diana, se referindo a ela e ao Dinho. - Os meninos também.

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Confesso que estou receosa com o próximo capítulo kkkkkk, mas ele vai ser um teste e qualquer coisa eu excluo. Espero que estejam gostando da fanfic até agora, obrigada pelas 11k visualizações.

Amo vocês.

Capítulo escrito: 25.12.2023

Capítulo postado: 16.01.2024



Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Where stories live. Discover now