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*Narrador on

Dinho deita a cabeça no colo da irmã e suspira. O grupo de amigos conversavam parelalelamente enquanto o rapaz encarava o céu, Diana acaricia seus cabelos e ele sorri.

- O que seria da minha vida sem você, pitchula? - ele pergunta e Diana abre a boca para responder, mas Samuel a interrompe.

- Você teria paz. - ele fala e Dinho da risada, Diana empurra o irmão e cruza os braços.

- Conversem comigo. - ela fala para Bento, Júlio, Cláudia e Sérgio que conversavam sobre o show de hoje. - Esses dois são insuportáveis.

- Que horas são, hein? - Júlio pergunta, mas nenhum deles estava com relógio. Sérgio olha para o próprio pulso e sorri.

- Pelo que eu estou vendo aqui é de noite. - ele responde e leva um tapa de Júlio.

- O que vamos fazer? Considerando que ninguém está com sono. - Diana pergunta e Sérgio e Cláudia trocam olhares e logo a mulher sorri para a amiga.

- Vamos brincar de verdade ou desafio. - ela responde e Diana revira os olhos.

- Isso é tão quinta série, meu Deus. - ela fala e leva um tapa da amiga. - Aí.

- Você só reclama, garota. - Cláudia resmunga e Sérgio da risada, a mesma pega a garrafa de refrigerante que já estava vazia e a coloca no chão. - A tampa pergunta e a bundinha da garrafa responde. - ela explica e todos assentem, a mesma gira a garrafa que para apontando para Dinho e Júlio.

Ambos ficam em silêncio encarando a garrafa.

- Ué, não vão falar nada? - Diana pergunta confusa.

- Estamos esperando a tampa falar e a bundinha responder. - Dinho fala e todos dão risada, ele leva um tapa de Cláudia e se afasta. - Mulher agressiva essa sua, hein. - ele fala para o amigo. - 'Vamo lá, verdade ou desafio?

- Desafio! - Júlio responde confiante.

- Eu te desafio ir até aquele taxista e pedir dois reais para comprar um café. - Dinho fala apontando para a pequena central de táxi que tinha ali.

- Porra, Dinho. - Júlio xinga e se levanta, eles observam o rapaz ir até os taxistas e mesmo sem conseguir ouvir o que estavam falando, viram o exato momento onde o taxista tira algumas moedas do bolso e entrega para Júlio. O garoto volta até os amigos e joga as moedas em Dinho.

- Não acredito que deu certo. - Diana fala rindo.

- Não deu, ele disse que não tinha dinheiro pro café e eu insisti e ele disse que me daria as moedas se eu deixasse ele em paz. - Júlio fala e Dinho gargalha, ele gira a garrafa e cai em Sérgio e Bento. - Vai japonês, tua vez.

- Verdade ou desafio? - Bento pergunta.

- Verdade. - Sérgio responde e Bento da risada.

- É verdade que você é o filho perdido do Falcão? - ele pergunta e todos dão risada, menos Sérgio que fecha a cara. - Ou responde verdade ou leva murro de todo mundo.

- É verdade. - ele responde irritado enquanto os amigos dão risada. - Da aqui essa porra. - ele pega a garrafa da mão de Bento e gira a mesma e cai para ele e Samuel. - Verdade ou desafio? - Sérgio pergunta com um sorriso malicioso.

- Desafio.

- Te desafio beijar alguém dessa roda. - Sérgio fala e eles dão risada.

- Porra, só tem duas mulheres na roda e uma é minha cunhada. - ele coça a cabeça nervoso. - Foi mal, Dinho.

- Foi mal pelo que... - Dinho deixa a frase no ar ao ver Samuel puxar Diana e beijar a mesma, a garota foi pega de surpresa e demorou para retribuir o beijo, mas quando retribuiu entrelaçou seus braços no pescoço do rapaz. Um beijo que começou de forma confusa foi ficando intenso e deixou todos da roda de boca aberta. - JÁ TA BOM, FILHO DA PUTA. - Dinho grita puxando Samuel pela cabeça e escuta os amigos darem risada.

- Jurei que ele ia beijar o Dinho. - Júlio fala rindo.

- Porra. - Bento xinga, incrédulo com a cena que acabara de ver. - Graças a Deus ele escolheu a Diana.

- Porra Sérgio, não vai nem me pagar um jantar antes? - Dinho pergunta irritado.

- Jantar? Por que? - Sérgio pergunta confuso.

- Porque você claramente tá querendo me foder. - ele fala e os amigos gargalham. - Quero brincar mais não, vou dormir que ganho mais.

Diana e Samuel que permaneciam em silêncio se encaram, mas logo desviam o olhar para os amigos.

- Eu acho que também vou. - Cláudia fala bocejando. - Não vão querer mesmo ir para a Brasília?

- Não, fica você e o Sérgio lá. - Dinho responde e ela assente se levantando com o namorado. - Pelo amor de Deus, não façam nada no meu carro. - ele pede desesperado e Cláudia fica vermelha.

- Que bonitinha ela com vergonha. - Samuel provoca e leva uma encarada da cunhada. - Eu vou com vocês até a Brasília buscar algumas coisas.

- Eu vou com você. - Diana fala se levantando e Dinho a encara. - Buscar as toalhas que você trouxe, colocamos na areia e dormimos sobre elas.

- Eu vou junto. - ele fala e Diana da de ombros. - Os dois vagabundos vão ficar aí?

- Vamos sim, chefe. - Bento responde de forma cínica. - Trás as nossas mochilas.

- Por favor. - Júlio pede e Diana assente.

Eles atravessam a rua e seguem até onde a Brasília estava estacionada, Sérgio e Cláudia trocavam carícias e Diana sorri, feliz pelos amigos.

Dinho abre a Brasília e começa a pegar as mochilas, repassando para Diana e Samuel, ele deixa apenas as bolsas de Cláudia e Sérgio. Diana tira o envelope com dinheiro da bolsa e coloca no porta treco do carro.

- Boa noite, pitchula. - Sérgio fala puxando Diana e beijando sua testa.

- Boa noite. - ela sorri pra ele e beija o rosto de sua amiga. - Boa noite, Clau.

- Boa noite, xuxu.

Eles esperam Cláudia e Sérgio entrarem no carro para seguirem de volta para a praia, Dinho segura o braço de Samuel enquanto Diana caminhava e quando ela já está a uma distância considerável ele encara o amigo.

- O que foi? - Samuel pergunta confuso.

- Foi só um jogo, não é? - ele pergunta e Samuel continua confuso. - Foi só pelo jogo, não foi, Sam?

- Foi só o jogo, relaxa cara. - ele fala e Dinho assente.

Samuel observa Dinho correr em direção a irmã e abraçar a mesma de lado e suspira, ele poderia mentir para Dinho, mas não poderia mentir para o seu coração e negar que ele queria aquele beijo desde o momento que a viu na boate na noite anterior.

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Escrito: 26.11.2023

Postado: 19.12.2023

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Where stories live. Discover now