Prólogo

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- AVADA KEDAVRA - foi tudo o que Hope Potter escutou antes de cair morta no chão frio de algum lugar escuro da Floresta Proibida.

A Eleita simplesmente se entregou a morte, Hope estava cansada de tudo isso, cansada de ter que carregar o mundo bruxo em suas costas, de ser a heroína e a única culpada por tudo nessa guerra.

Hope queria ser normal, ter uma vida normal, sem tem que ver seus amigos se sacrificarem por ela, darem tudo de si para no fim não valer de nada todo o sacrifício, todas as torturas, toda a caçada as Horcrux's...nada valia mais, tudo foi perdido em meio as terríveis linhas do tempo.

Quando Voldemort a chamou para um duelo na floresta, Hope ficou aliviada e praticamente correu ao seu destino, a verdade é que Hope não aguentava mais, Hope detestava a vida que tinha...a vida que ela não escolheu para si, e talvez agora que ela estaria indo para o "segundo plano" ela finalmente poderia descansar em paz e sua alma florir e descansar na paz do limbo...ou sei lá o que, que a esparava do outro lado.

Hope abriu seus olhos novamente, encontrando uma mulher lixando as unhas encostada em um expresso? Parecia com o de Hogwarta...Certo, pensou Hope, isso era tudo o que ela não havia cogitado que encontraria...era estranho e não tranquilo e belo.

- Com licença, senhorita - ela fala para a bela mulher de cabelos vermelhos sangue.

- Ah que bonitinha - ela aperta as bochechas rosadas de Hope - você é mesmo uma graça, senhorita Potter - a mulher de vestes negras fala ao sorrir para a garota.

- Perdão - Hope começa incerta e confusa - mas, quem seria a senhorita? - questiona curiosa.

- Oh que coisa feia, quase me esqueci - bate na própria testa - sou a Morte, minha linda criança - abraça Hope como se já fossem íntimas...e de fato eram já que essa é a segunda vez de quase morte...ou terceira? Ah Hope já não se lembrava mais.

- É um grande prazer, senhorita Morte - ela a responde suavemente sorrindo.

- Sim sim, venha...vamos entrar e nos sentar - aponta para o trem, adentro logo em seguida puxando Hope pela mão.

- Me desculpe ser incoveniente, senhorita Morte, mas, por que estamos em um trem se eu acabei de morrer? - Hope a questiona sem entender nada do que estava acontecendo em sua volta, não era pra ela estar em algum jardim bonito e com borboletas? Hope se questionava nervosa.

- Ah sim, estamos aqui porque como você pontuou...você foi morta, contudo, o destino não está nada contente com isso - faz um sinal de negação com o dedo - e como você detestava sua vida antiga - Hope fica vermelha na hora, ela não gostava que tivessem impressões ruins dela - decidi te dar uma outra chance...algo mais diferente - a mulher sorri enigmática para a pequenina garota.

- E como seria essa outra chance? - Hope questiona ao não entender completamente o que estava acontecendo.

- Bom...para isso, você tem que me responder algo com muita honestidade - a mulher a encara séria.

- Certo - Hope responde ao se virar para encara-la melhor.

- O que você mudaria no seu contexto vívido para que a guerra não acontecesse? - a mulher a questiona.

Hope fica pensativa por alguns instantes, entretanto, a resposta real que ponderava seu coração, a que ela sabia que resolveria muitos dos problemas...

- Eu gostaria de dar uma família para Tom Riddle, uma família amorosa e acolhedora, da qual ele se sentisse amado, compreendido e ancorado...ele é um homem quebrado, que passou por coisas péssimas em sua vida...se eu pudesse eu gostaria de que ele sentisse o amor, eu sei que ele nunca recebeu coisas boas em sua vida, ele só...precisa ter uma chance...nunca o deram uma chance - Hope fala com convicção, para a felicidade da senhorita Morte.

- Você o daria uma chance, Hope querida? - a mulher pergunta ansiosa com sua mente formando um excelente plano...ao seu ver, claro

- Como assim? - a morena fofinha aos olhos da senhorita Morte, devolve confusa sua pergunta.

- Se eu te desse a chance de mudar, amar e ancorar Tom Marvolo Riddle, você o faria? - a mulher a propõe.

- Sim...eu o faria - Hope afirma sem pestanejar, sentindo de que aquilo era o certo a se fazer.

Doce Obsessão - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora