Estrelinha

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- E qual seria a segunda parte? - Hope questiona corando ao escutar a mulher a chamar de neta.

- Bom...eu te levarei até 1941, ele vai estar com 16 anos, vai iniciar o quinto ano letivo em Hogwarts, você vai adota-lo - a mulher sorri para Hope com carinho.

- Certo...mas, eu tenho 18...não vai ficar um tanto estranho, eu adota-lo com essa idade? - Hopr questiona estranhando a situação...e se ela que era apenas Hope havia estranhado, Tom Riddle então já desconfiaria de tudo.

- Sim, por isso que assim que atravessar-mos o Véu da Vida, você estará em 1941 com 21 anos de idade - a mulher segura as mãos de Hope - vai dar tudo certo, minha querida...apenas...seja você mesma, já é muito encantadora sendo você mesma, minha neta - beija a bochecha da menor.

- Sim...vai dar tudo certo - Hope tenta se convencer de que tudo aquilo não era uma loucura, que era o certo a se fazer...era necessário...era um recomeço para os dois.

- Nós vamos primeiro no Gringrotes, vamos reconhecer sua herança de sangue e aí eu te deixarei livre para fazer o que quiser - a mulher sorri para Hope novamente e o trem se coloca em movimento, mas, dessa vez Hope já se segurava na janela do mesmo. Um brilho intenso as consumiu, tão intenso que Hope fecha seus olhos esperando que a luz parasse.

- Hope querida, chegamos - a Morte olhava para sua netinha com um riso contido, ela realmente é adorável.

- Ah sim, me desculpe - a menina a responde se levantando e percebendo um volume em seu corpo, ao olhar para baixo se depara com um vestido um lindo vestido de época.

- Você ficou majestosa, Hope, está muito bonita - a mulher fala ao encarar a pequenina que irradiava beleza e simpatia, e nem sequer percebia isso...única.

- Muito obrigada, senhorita - ela a responde corando.

- Agora vamos - puxa a garota que imediatamente percebe que seus pés calçam um salto alto, já qur a mesma quase caí ao ser puxada.

As duas saem do trem e Hope vê que estão na estação King's Cross, onde muitas pessoas com roupas engraçadas de época estavam andando de um lado para o outro.

Ao se afastarem da estação, ambas aparatam para o Gringrotes onde rapidamente vão ao seu destino.

- Boa tarde, gostaria de realizar um reconhecimento de linhagem - a Morte fala para o duende que se limita a encara-la e afirmar com a cabeça.

O duende pega um papel e uma pena com uma ponta que mais parecia uma agulha, Hope detestava agulhas.

- Qual das duas fará o reconhecimento? - ele questiona com a pena na mão.

- Eu - Hope toma a frente e dá seu dedo para que o homem o perfure.

O duende vira o dedo com sangue de Hope para baixo e o sangue pinga no papel fazendo apenas duas coisas surgirem no mesmo.

Hope Lílian Peverell

Herdeira direta de Ignoto Peverell e Gracie Death.

- A senhorita vai querer tomar parte da sua herança agora? - ele a pergunta com os olhos brilhando em excitação.

- Sim - Hope responde ao ver Morte a encarar em afirmação.

- Venha comigo - o duende desce de seu lugar as levando para a ala mais escura de Gringrotes, era protegida por dois dragões, o que em primeira instância assusta Hope, ela havia derrotado um e voado em cima de outro, mas, mesmo assim, Hope ainda sonhava com os seus conflitos e um dragão sempre aparecia em seus sonhos para queima-la.

O duende abre o cofre dando de cara com um interior gigante e lotado de galeões junto a artefatos raros.

- Pegue tudo que for necessário Hope, principalmente o anel das famílias...é importante, vai te abrir muitas portas - a Morte fala para a garota que se coloca a fazer rapidamente o que a mulher manda, colocando os aneis de senhorio em seus dedos.

- Quero que o senhor me dê a assinatura interligada - Hope fala ao se retirar do cofre.

- Claro, senhorita Peverell - o duende a responde.
Quando se vira para falar com Morte ela havia sumido...agora Hope estava em suas próprias mãos, tudo dependeria dela agora.

- Eu também gostaria de realizar uma adoção legal - Hope afirma para duende.

- Quem seria, senhorita Peverell? - a questiona olhando confuso para a mulher.

- Tom Marvolo Riddle - ela diz para o duende que acena com a cabeça e se põe a fazer o que lhe foi mandado.

[...]

Hope estava em frente ao sombrio Orfanato Wool, o analisando por completo, era terrível...ela mal podia ver a hora de tirar Riddle desse lugar.

Hope havia comprado uma boa casa, na verdade, uma casa imensa, da qual ela decidira que iria conhecer o interior com Riddle, ela queria que tudo fosse especial.

Hope adentra o lugar cheio de crianças e ao chegar na recepção uma mulher velha e mal humorada veio a atender:

- Gostaria de alguma coisa, senhorita? - a mulher a olha dos pés a cabeça.

- Ah sim, eu vim buscar uma pessoa - mostra o papel de adoção legal trouxa, escondendo o bruxo, claro.

- Oh Tom Riddle? A senhorita tem certeza? - a mulher a pergunta temerosa.

- Absoluta - as duas se encaminham para o escritório da mulher.

- Aliás, sou a senhora Cole e você quem seria? - a mulher ranzinza a questiona.

- Senhorita Peverell - foi tudo o que Hope respondeu ao adentrar o escritório.

- Que sobrenome engraçado - solta uma risada nasal - irei chama-lo, senhorita Peverell - senhora Cole se retira do recinto a deixando sozinha com seus pensamentos...Hope estava ansiosa e muito nervosa.

Após dez ou quinze minutos de espera a senhora Cole volta novamente para o escritório fazendo Hope saltar da cadeira e ver um...belíssimo e juvenil Tom Riddle adentrar o cômodo com um rosto impassível.

Então essa pequenina mulher vestida de estrelas seria sua nova guardiã? Confuso...o que uma mulher tão jovem iria querer com alguém como ele? Era mais capaz que ele fosse o guardião da mulher, ela parecia tão...frágil e delicada...os olhos verdes...eram grandes e brilhosos, um brilho diferente que ele não sabia identificar.

Riddle tinha a certeza de que ela o devolveria aqui no máximo em dois meses, era sempre assim...

Os dois ficam um tempo se encarando até que Hope pede para a mulher:

- Poderia nos ceder alguns minutos, senhora Cole?

- Claro, senhorita - a mulher a contra-gosto saí do escritório, deixando os dois sozinhos em um silêncio diferente.

Para a surpresa de Riddle a mulher pequenina que ele denomenara como "estrelinha" em sua mente, vai até ele e o abraça, sim...era a primeira vez que em alguém o abraçava.

- Eu estou muito feliz em te encontrar, senhor Riddle - foi tudo o que ela disse, fazendo com que uma faísca se acendesse em Tom e assim, suas mãos fortes e grandes rodearam as costas da linda estrelinha, a devolvendo o abraço desajeitadamente.

Doce Obsessão - Tom RiddleWhere stories live. Discover now