Doce Obsessão - Tom Riddle

Bolo

- Vamos lá, Tom - Hope batia palmas alegre com o seu avental quase maior que ela enquanto Tom a encarava encostado no balcão - você tem que colocar o seu avental, ele faz par com o meu...o meu o gatinho rosa e você o gatinho preto - ela diz ao se colocar na ponta dos pés para alcançar o pescoço do garoto que abaixa levemente sua cabeça para que não dificulte muito o caminho dela com o pano, Hope era tão pequenina, que ele nem sequer entendia como ela era uma Peverell já que pelo que ele pesquisara, os Peverell eram sempre altivos, arrogantes e fortes, nada com o que Hope era...tão dócil, fofa e...céus ele era um herdeiro Slytherin, não deveria pensar desse jeito, não deveria ceder aos caprichos de ninguém...o que ele está fazendo da vida dele? Ele nem sequer sabia a resposta para essa pergunta.

Tom amarra as cordinhas em sua cintura se xingando por ter que fazer isso com ela, mas, ela estava tão feliz que ele não se conteve e aceitou...céus, Salazar com certeza iria voltar a vida só para avadar ele e o enchotar de sua linhagem sanguínea.

- Certo...temos todos os ingredientes aqui em cima - ela coloca tudo sobre o balcão da cozinha com uma rapidez que Riddle mal conseguiu acompanhar, por Merlin, ela tem pernas pequenas, não é possível que consiga ser tão ágil - agora, vamos quebrar os ovos, venha Tom, quebre os ovinhos pra mim, por favor - ela o chama sorridente, e ele prontamente vai fazer o que ela pede, se aproxima da garota e pega os ovos na mão e os quebra colocando na bacia.

- Assim? - ele pergunta colocando tudo na bacia.

- Oh...quase, mas, acho que a casca só serve pra proteger o que precisamos de verdade...só usamos o que tem dentro do ovo, Tom - ela ria ao beijar a bochecha dele, que cora desviando seu olhar para janela que mostrava o dia ensolarado e quente lá fora.

Caralho...idiota, ele pensa ao acenar com a cabeça resmungando internamente que ele não deveria estar fazendo isso e muito menos xingando...porra, ele estava agindo como um completo idiota.

- Vamos lá, vai dar certo nosso bolinho, olha Tommy, assim que quebra um ovinho - Tommy? Ele se pergunta ao encara-la, Tommy...não era ruim quando pronunciado pelos lábios dela, só pelos dela...ele agora de lorde Slytherin e lorde das trevas, passara a ser...Tommy, por Salazar...estou perdido.

- Ah sim...tem que abrir o ovo - ele diz a fazendo acenar e sorrir feliz para ele.

Eles continuavam a misturar o bolo, ao som de uma música estranha de Hope que ela enfeitiçara para tocar no rádio, até que Tom coloca pra bater a massa e algo acontece:

- AHHH Tom...feche o liquidificador com a tampinha verde...não não...desligue o aparelho, por favor - ela dizia tentando chegar até ele, mas, caí de bunda no chão ao escorregar na massa que havia caído sobre o piso.

- Merda, me dê a mão, Hope - ele pede ao se aproximar, Hope o entrega sua mão, contudo, Hope escorrega com seus saltos sobre o chão e acaba o derrubando sobre ela, que a encarava nos olhos com medo de ter a machucado com o seu peso.

- Tom - ela o chama enquanto seu olhar ia para os olhos e a boca convidativa do garoto.

- Hope - ele a responde colocando uma mecha morena atrás da pequena orelha da mulher.
Eles se aproximavam cada vez mais e ao som de National Anthem eles se beijaram pela primeira vez.
Um selar tímido, onde eles apenas uniram seus lábios demoradamente, sentindo todo o calor que o outro o proporcionava.

Eles se separam encostando suas testas respirando com os olhos fechados, cada um com seus sentimentos confusos demais para pronunciar uma palavra.

Hope respira fundo e se levanta com todas as forças e o equilíbrio que tinha e desliga o barulhento liquidificador.

- Eu...vamos comprar seus materiais, amanhã você vai para Hogwarts - ela saí da cozinha sentindo suas pernas falharem e sua mão tocava seus lábios...céus eram tão macios.

Riddle estava sem entender...eles se beijaram, foi tão simples e inocente, por que ele se sentia assim? Ele já dera beijos muito mais pervetidos que esse, e nunca sentira nada além de...nada, ele sempre nada sentia e agora...agora seu peito queria explodir em uma ansiedade que ele nunca tivera.

Ele tinha que sair dalí...ela o mataria do coração antes mesmo de ele conseguir completar 20 anos de vida.