Carta

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- O que quer, Black? - ele a questiona ao apoiar sua mão em seu queixo com desinteresse na garota, o interesse dele no corpo da mesma já havia passado, assim ele simplesmente passara a ignorar qualquer investida da qual a mesma vinha a tentar com ele.

De certo que era um mês difícil para o sonserino, ele havia libertado o basílisco, havia petrificado quinze sangues ruins e matado a inútil da Murta Warren, que aparentemente seu espírito imundo e melancólico havia ficado no banheiro feminino do segundo andar, assim privando Riddle de poder adentrar a câmera de seu ancestral.

A escola teria fechado se ele não tivesse tido conhecimento da acromântula cega do meio gigante Rubeo Hagrid, assim ele moldou um plano certeiro para que todas as acusações feitas recaissem sobre o grifinório burro, tendo o mesmo sido expulso e perdendo sua varinha...gigante...que mulher maluca se deitaria com um gigante? Tão indigno quanto os sangues-ruins daquele lugar.

O pior era a sua falta de sono, ele nem com poções conseguira resolver seus problemas em relação à dona de suas punhetas noturnas, ele detestava a posição em que se encontrava...um punheteiro que preferia pensar em uma mulher há quilômetros de distância do que foder uma boceta qualquer disponível para ele...Riddle estava se odiando por tamanha fraqueza.

E agora...aqui estava ele, sentado com seus comensais em treinamento apenas por estar, ele as vezes dava a honra de sua companhia por um tempo fora das aulas...não que ele gostasse, mas, tinha que parecer que ele tinha algum resquício de apreço por aquelas pessoas.

- Pollux, meu pai, me mandou uma carta - a morena comenta sem perder sua animação com a falta de interesse dele, ela prefiria ignorar porque sabia que ele iria gostar da notícia depois que ela contasse...era o que ela tentava se convencer.

- Não é do meu interesse oque o seu progenitor lhe manda, senhorita Black - ele a responde sem mudar em nada sua expressão facial e seu tom de voz, bem pelo contrário, ele até ficara mais entediado por ter que continuar a ouvir da voz irritante da herdeira Black.

O seu grupinho solta breves risos contidos com a fala do seu líder, era do conhecimento deles de que ele havia transado com a garota, seu noivo também sabia, contudo, pouco lhe importava desde que após o casamento ela lhe desse seus filhos e o deixasse em paz.

- Ah sim, mas, eu queria lhe perguntar se você já sabia - a garota insiste no assunto, dessa vez ganhando um olhar irritado do sonserino.

- Sabia do que, Black? Seja específica, não sou adivinho - ele afirma sem paciência alguma com a menina.

- Milorde, meu pai e a senhorita Peverell, a sua familiar, quase estão em um relacionamento amoroso - ela solta a informação animada - vamos ser da mesma família, meu lorde - a Black sorria alegre com a possibilidade - papai disse que se tudo der certo, ele vai pedir a mão dela em casamento no ano que vem - ela termina seu relato, entretanto, para o desespero de todos as vidraças do salão, simplesmente explodem voando cacos de vidro para todo o lado.

Riddle continuava sentado em sua poltrona, sem nem sequer se mexer, seus dentes estavam trincados em sua boca, suas veias saltadas e seu punhos cerrado tão fortemente que sangue escapava da palma de sua mão.O garoto volta seu olhar para a garota, da qual a faz estremecer em temor pelo garoto que tinha os mesmos completamente avermelhados, de uma forma em que Walburga achou impossível de um bruxo normal ficar, era macabro...eles estavam repletos...repletos de ódio, o mais puro e genuíno ódio.

- Carpe Retractum - ele puxa a Black com o chicote conjurado pelo pescoço até ele - o que mais você sabe, Black? - ele a pergunta ao segurar o pescoço da Black que se sentia sufocar.

- E-Ela...ela vai estar em nossa festa d-de Natal - a morena junta suas forças para falar.

- Pois bem, Black...está aqui uma tarefa para você...você vai fazer de tudo, para que esse relacionamento se encerre até o último dia do recesso, está me escutando com atenção? Você vai fazer Peverell repudiar o maldito do seu pai...me entendeu bem? - ele a aperta com mais força e Walburga simplesmente acena com a cabeça - eu não escutei, Black - ele afirma com sangue nos olhos.

- S-Sim, m-mil...milorde - ela o responde ao tentar pegar ligadas de ar para os seus pulmões necessitados.

O garoto a joga de qualquer jeito no chão e se vai para o seu quarto de monitor, onde ele se senta sobre a cadeira de sua escrivaninha e...

[...]

"Querida senhorita, Hope

Espero que não se zangue com a minha falta de respostas às suas tão belas cartas, estava completamente focado em meus virtuosos estudos, do qual eu não tirava tempo nem para me cuidar.

Peço perdão pela minha falta e prometo repara-la com a minha volta à nossa casa nesse Natal, contanto que me aceite, é claro.

Nos vemos dia 23, na estação 9-3/4.

Com todo o carinho e saudade.

T.M.P "

- O que diz a carta, minha dama? - Pollux pergunta com curiosidade ao dar um beijo no ombro de Hope.

- Ela diz...- Hope estava assustada e confusa com a carta que acabara de receber - ela diz que Tom estará de volta para passar o Natal - Hope encosta sua costas no peito forte do homem em que estava sentada no colo.

Doce Obsessão - Tom RiddleWhere stories live. Discover now