Doce Obsessão - Tom Riddle

Beijinho pra Sarar

Quando seus pés doem por correr por minutos com o salto alto, assim como suas pernas pequenas e magras, Hope se apoia nos joelhos tentando buscar um pouco de ar para seus pulmões e tentar fazer a pequena e desconfortável dor parar.

Quem mandou ser sedentária e largar o time de quadribol no quinto ano, bem feito, o cérebro de Hope a punia enquanto ela afirmava com a cabeça concordando com a vozinha punitiva em sua mente...sua cruel consciência.

- Te achei - Hope sente uma mão a tocar em seu ombro e no momento ela apenas em um piscar de olhos utiliza a técnica do Seoi-nage jogando a pessoa no chão em sua frente, Judô, ah como fizeram bem para os reflexos de Hope...bem até demais, olhando por esse ângulo, Hope pensava nervosa.

- Ah meu Merlin - ela grita chorosa se lembrando da única pessoa que estava na casa fora ela - me desculpe, Tom, me desculpe, eu juro que eu não me lembrei e bem...me desculpe, por favor, não queria te machucar, nunca iria querer te machucar, me perdoe - ela se ajoelha na frente do garoto que agora sentado a encarava abismado, estrelinha sabia artes marciais? Em 1941 uma mulher que luta? Para ele aquilo...aquilo era perfeito, uma mulher pequenina e forte que não dependia somente da sua varinha...estrelinha estava mais para uma constelação toda agora.

- Está tudo bem, estre- Hope - ele se auto corrige ao perceber o grande erro que iria vir a cometer.

- Não, não está não - Hope chorava desesperada - me desculpe Tom, eu estraguei tudo - seus olhos vermelhos e o biquinho fofo foram o suficiente para Riddle derreter...por Salazar essa bruxa é tão sentimental, ele teria que tomar cuidado com ela e com o que falaria e faria para ela.

- Você não estragou nada, estou um pouco dolorido, mas...foi uma experiência...diferente, muito diferente - o garoto bonito sorri para Hope, tentando a acalmar e passar segurança de tal vericidade...ele quem cuidaria dela, ele estava começando a crer nessa afirmação.

- Eu...eu posso te dar um beijinho pra sarar? - ela o questiona com os olhos verdes cintilando para ele, oh céus, essa mulher é...muito...dengosa, muito manhosa.

- Hm...pode - Tom afirma sem nem sequer pensar, Hope sorri feliz e o dá um beijo suave em sua mão e em sua bochecha, o causando arrepios diferentes com o contato, muito diferentes.

- Me desculpe, Tom...quer ajuda para levantar? - ela o questiona sorrindo e ele nega se levantando com a dignidade que ainda lhe restava. Após um silêncio breve, Tom diz suspirando:
- Te peguei - toca no braço de Hope, que fica surpresa arregalando os olhos e sorri para o garoto.

- Você me pegou, venha você escolhe uma porta para mim e eu escolho uma porta para você - Hope o puxa pelo corredor onde os oito quartos estavam - você quer escolher primeiro? - Hope pergunta animada.

- Primeiro as damas, senhorita Hope - ele pensa em uma estratégia puramente acadêmica, claro e de motivos importantes.

- Oh, obrigada Tom - Hope sorri largamente para o garoto alto - aquele - ela aponta para o do final do corredor sem nem sequer pensar...ela sabia que aquele é o melhor quarto e Tom merecia o melhor.

- Certo, o seu é aquele - Riddle aponta para a porta em frente ao seu quarto.

A escolha com certeza é puramente por facilidade e segurança dela, ele pensava tentando explicar para si próprio a escolha do quarto.

- Vamos conhecer então - Hope bate palminhas e saí disparada na frente do garoto que a encarava sumindo pelo corredor balançando a cabeça em negação.

Salazar, onde foi que me meteram? Ele se questionava ao adentrar o seu gigantesco e majestoso quarto e então ele soube...ela foi rápida e nem pensou...ela sabia que esse era o maior...e mesmo assim, quis dar para ele...Riddle sente uma pequena chama o consumir, um sentimento novo adentrava o seu ser.

Hope Peverell queria o agradar, não para obter algo em troca, apenas, por querer deixa-lo...feliz, isso quase fez Riddle chorar, quase.