Pesadelo

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Riddle se senta em sua cama respirando fundo, ele estava grudando pelo suor e seu coração batia aceleradamente em seu peito.

Ele havia tido um pesadelo, não um pesadelo normal como tinha com sua mãe há um ano atrás...não, ele sonhara com Ela.

Hope aparecera em seu sonho, ela estava linda correndo dele com um sorriso no rosto, até que eles entram na Floresta Proibida e ele aponta sua varinha para ela, que faz um rosto chateado e diz que o amava, mas, ele não a poupa e a luz verde se faz presente.

Ele evitava Hope há dois meses, ela o mandava cartas todo final de semana com sua coruja anã que até isso parecia com ela, e ele não lia nenhuma, ele não se permitia ser fraco dessa maneira, não quando as coisas iam bem em sua vida.

Agora ele era reconhecido por ser o último lorde Peverell-Slytherin, se antes os seus servos o respeitavam, agora Tom era como uma divindade que purificaria todo o sangue bruxo.

Todos o chamavam de Peverell e ele era mais do que grato pelas suas vestes caríssimas, seus anéis de senhorio do qual ele ostentava em seus dedos...ele era a perfeição em pessoa para muitos.

Tudo ia bem, na superfície tudo ia bem, pois Tom agora tinha outros problemas em sua vida.
O garoto mal conseguia dormir cinco horas inteiras com pesadelos ligados a Hope Peverell, ele não compreendia o porque, quanto mais nos afastamos de uma pessoa, menos sonhamos e pensamos nela, mas, ele era completamente o contrário da tese de sua mente, ele pensava em Hope quando acordava, quando transava, quando ia a biblioteca, quando torturava um nascido-trouxa e quando ia dormir.
Ele se odiava por se lembrar dela, ele não sentia tesão, não, ele não conseguia sentir atração por nenhuma garota, nem mesmo por Greengrass, a que todos desejavam, ele não via graça nela, não...ele estava estragado, Hope Peverell o estragara completamente para qualquer outra garota...e tudo isso com um selar tão singelo, ele estava com ódio de si mesmo, entretanto, ele se forçava a transar com outras garotas, mesmo ele nunca alcançando o seu ápice, ele tentava, ele não podia ceder à aquilo.

Tom era o melhor aluno que Hogwarts já teve, podia ter tudo o que quisesse, todas as garotas se arrastavam por um pouco de sua atenção, era um lorde das trevas e ainda sim...era uma mulher com menos de um metro e meio que o fazia perder completamente sua cabeça.

Ele se senta em sua cama e se virando para o seu relógio ele vizualiza que ainda eram três da madrugada, o garoto fervia de ódio por não ter controle daquela situação e decidira que tomaria a partir dalí, poções do sono, ele não gostava de ser dependente de poções para se manter saudável, mas, ele não aguentava mais aquilo.

Ele sentia falta, ele sentia muita falta, ele se negava a acreditar o que Hope era pra ele, não...ele não seria dependente de ninguém, a dependência o fazia prisioneiro de seus desejos e sentimentos e Tom nâo se permitia sentir algo que não girasse em torno de sua causa.

O sonserino em passos vagos e sem muito ritmo, segue para frente da sua janela do dormitório de monitor-chefe a abrindo e permitindo que o vento gelado da noite adentrasse o seu quarto e gelasse seu corpo. Ele pensava, pensava se deveria...não ele não deveria...ele se volta para sua gaveta ao lado da sua cama, abre a mesma e pega em suas mãos o delicado envelope roxo com um ramo de lavanda lacrando o mesmo.

Riddle estava em conflito, aquela fora a mais recente das cartas de Hope, ele não sabia se deveria...ele respira fundo e abre a carta vendo uma folha roxa de pergaminho e se volta para a sua janela para ler com a luz da Lua.

" Querido Tom,

Como você está? Está se alimentando corretamente? Tem dormido bem? Como vão as aulas? Espero que bem, sei que é muito esforçado em tudo o que faz.

Sei que a forma como passamos nossos últimos momentos não foram adequados para o que é exigido de nossa relação e entendo que queira distância, sinto muito por lhe dar uma impressão tão ruim de minha pessoa, me sinto extremamente chateada pelo que ocorreu e sei que certas coisas não podem ser reparadas ou esquecidas pelo tempo.

Enfim, respeitarei seu afastamento, mas, saiba que eu sempre estarei de braços abertos para qualquer coisa em que precisar.

Sei que provavelmente não vai querer passar as festividades comigo, então logo lhe desejo um feliz Natal e um feliz aniversário.

Com todo amor e carinho existentes em meu ser.

Hope L. Peverell "

O coração de Riddle batia rápido, ela estava desistindo...ela não mais o importunaria...ele deveria se sentir aliviado, muito aliviado.Então por que o seu coração doía tanto?

Os espelhos dentro dele, reconheciam Hope, então por que ele insistia tanto em a negar? Valia a pena ele abrir mão de quem o fazia bem pela sua causa? Ele não sabia, entretanto, as lágrimas contidas em seus olhos poderiam responder por suas palavras.

O coração quer o que quer, poderia ele viver eternamente negando a existência do seu próprio coração?

Doce Obsessão - Tom RiddleWhere stories live. Discover now