39. Tarquin - Oh, vá para casa...

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A aldeia estava tão animada. Um festival estava a ser preparado. Tudo tão arrumado. Cores vivas e tão alegres.
Uma comemoração e também recepção para quem estava vindo ali aquela noite.

Mesas enormes, comidas para todos.
Músicos prontos para tocar.
Crianças a correr e brincar.
Feericos dançando alegremente.

E ela, rodando no meio de todos.
O vestido verde água rodopiando e formando lindos contrastes com o pano azul claro de baixo e a renda branca das pontas.

O sorriso no rosto a dava um ar jovem e doce.
Os cabelos ruivos como o vermelho envolta do sol durante o pôr do sol.
A pele perfeita ao olhar de todos.

Veja como a luz da cidade
As luzes da cidade estão brilhando agora
Esta noite eu vou estar dançando
Eu estou indo a caminho de Adriata agora

Merida pulou ao som dos gritos de todos. Continuando a dança tão tradicional dali. O violino a acompanhava entrando girava mais uma vez. Os pés se moviam com rapidez conforme andava e juntava as crianças. Rindo junto delas enquanto as trazia para a roda.

Ao mesmo tempo as meninas giraram as saias grandes, os meninos as puxaram e começaram a dançar com a mesma.
Pares enquanto ela acompanhava e sozinha ficava.

Riu quando um dos garotos a puxou e a companhou.
O som dos violoncelos aumentou. O agudo se fez presente quando o violino tentou ultrapassar.

O Grão-Senhor surgiu com seus acompanhantes na entrada da vila.
Ninguém o deu a atenção necessária quando toda estava sobre ela.
Guiando e girando com o adolescente.

A voz da mulher se fez presente quandos os músicos cessaram. Para dar espaço a fala de Tarquin.
Mas não foi o que aconteceu quando o canto se soltou aos poucos.

Olha como ela está saindo da cidade
No entanto, ela está em busca de marinheiros
Há belos caras bem aqui para ser encontrados
Ela nunca foi de ficar em casa

Cruzando as pernas, movendo o vestido e sorrindo enquanto cantava, Merida conseguia encantar qualquer um.
Uma sereia, talvez isso era o que a mulher fosse.

Totalmente linda.
Misteriosa.
Encantadora.
Curiosa e criativa.

"Pra casa você vai e é lá que você vai ficar"
Cantarolou para o garoto a sua frente. Caindo nos braços dele como performance e saindo.
Olhou para os músicos, indignada e pedindo pelos violinos a acompanharem.
"E você tem trabalho para realizar de manhã"
Se soltou dele, puxando uma das garotas agora que estava confusa com o girar dos tecidos e a ajudou.
De fora para dentro. Um círculo perfeito e viciante.
"Desista de seu sonho de ir embora"
Continuou a cantar. Aumentando a voz e vendo a linda harmonia que causava.
"Esqueça seus marinheiros em Adriata."

Tarquin se desgrudou dos primos e adentrou aos poucos na roda.
Alguns pararam de dançar, fazendo reverências.
Mas de olhos fechados e dançando a mulher continuou.
As canções são perfeitas e que atraiam a qualquer um.

Vá para casa, vá para casa
Vá para casa, Adriata
Vá para casa e fique lá
Porque sua partida já está feita

Acabou por para quando alguém a puxou para o lado e segurou.
Assustada abriu os olhos e cessou a voz. Observando o homem a sua frente.
Fez uma reverência totalmente desastrada.
"Me perdoe, Grão-Senhor."

Falou de modo baixo, totalmente tímida agora.
Agradeceu a mulher que havia a alertado, com um sorriso doce e ergueu a mão para o homem a sua frente.
"Me concede uma dança como um pedido de desculpas?"

◕݂ࣨ  𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒.Where stories live. Discover now