Capítulo 2⚔️

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Layla

— Eu não irei a lugar nenhum com você. -me debati.

Ele me arrastou pela rua.

— Mas vai.

— Ora seu...

Eu disferi um soco, mas ele foi rapidamente bloqueado pelo homem, ele apertou o meu punho.

— Quero acreditar que você não seria deselegante ao ponto de socar a minha cara. -ele disse.

— A etiqueta deve ser quebrada algumas vezes. -falei.

Ele me puxou para mais perto.

— Você é quem estava faltando, então não pense que eu deixarei você sumir novamente. -ele disse.

Novamente..

— O que quer dizer com isso? -questionei firme.

— Vai ver quando chegarmos.

— Eu já disse que não irei a lugar nenh...

Eu soltei um grito, o chão sumindo de meus pés, luz nos envolveu como casulo e nos tirou dali, nos sacudindo, senti meu corpo esticar e ser amassado, me senti como se meu corpo fosse feito de elástico ou borracha, minha mente rodou e meus olhos arderam com a pressão da luz, chegando a lacrimejar.

Então, tudo para, meus pés tocan algo sólido e percebo ser o chão, a luz da mesma forma que surgiu foi embora, revelando ao nosso redor... Uma espécie de ponte. Não ponte, eu conheço isso, estamos em cima de um arco de túnel de uma estaca de trem...

Ouvi um apito ensurdecedor, percebi, flocos de neve caem do céu, estava nevando, parte dos trilhos logo abaixo já estavam pintados de neve.

— O que estamos fazendo aqui? -questionei, uma nuvem de ar gelado se formando diante de meu rosto.

Eu fitei o que ele encarava a nossa frente, então, vi um farol, o som do mesmo correndo nos trilhos, sua chaminé por onde fumaça sai.

— Se prepare para pular. -ele disse.

— O QUE?? -exclamei, assustada.

— Não vou repetir, ande. -ele me puxou.

A contragosto eu subi na borda do arco com ele.

— Se quer se matar, seu louco, se mate sozinho! -exclamei.

Outro apito, agora mais alto, mais perto, eu irei morrer.

— Tá, no três. —encarei a frente do trem passar por baixo do arco— um...

Eu soltei um grito, sendo puxada por ele, sendo forçada a tomar o impulso de saltar, eu caí de cara no teto do vagão, meu rosto se chocando contra a neve gelada que o cobre. Ergui minha cabeça.

— Abaixe!

Eu baixei ela de imediato quando passamos por baixo do arco, percebendo que minha cabeça teria ficado pendurada lá se eu tivesse a deixado erguida, eu encarei a escuridão daquele túnel, e a mesma me encarou de volta.

Quando o trem sai do túnel eu percebo que não há prédios, e me perguntava como aquilo é possível, deveria se ter a visão de Nova York, mas a única coisa que vejo, é uma floresta de pinheiros congelados, e abaixo deles está um mundo de neve, por todos os lados, nevoeiro cobrindo onde estão suas raízes, meus cabelos sacodem para lá e para cá como um chicote diante do vento forte e frio, que trazia com sigo sapiscos de gelo que adrediam minha pele.

Semicerrei os olhos para a neve, está caindo uma nevasca, não tão forte, mas ainda sim uma nevasca.

— Por que me trouxe aqui? Quem você pensa que é?? -gritei com o homem, contra o uivo do vento e o rosnar do trem.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Where stories live. Discover now