Capítulo 17⚔️

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Layla

Eu surgi na ponte, vendo de imediato uma silhueta em um sobretudo negro, os cabelos platinados balançando no vento.

— Pontual. -ele elogiou.

— Não sou do tipo que se atrasa. -murmurei.

— Bom, então vamos. -ele ofereceu o seu braço.

O encarei receosa, mas então, meu braço se enroscou ao seu.

— Para onde? -questiono.

— Vai ver.

E aquelas sombras nos envolvem, solto um pequeno grito, me agarrando a Dexter, ouvi um bufar, não vejo o seu rosto em meio a escuridão que nos sacode, mas sei que o desgraçado está rindo de mim.

Meus pés tocam o chão, as sombras se dissipam e eu encaro um.

— Restaurante? -pisquei algumas vezes.

— É o meu preferido. —ele disse, me puxando para andar com ele— e fica na praça céu, onde na minha opinião é a parte mais bonita da cidade.

O restaurante é em tons de vermelho, e posso ver a luz led dourada nos cantos embutidos do teto, nós passamos para a calçada onde ficam as mesas, atravessando uma cama de escudo, percebi, ao atravessarmos essa camada o calor nos recebe, um escudo de vento na calçada que afasta o frio.

Ele me encaminhou até uma das mesas, na sacada do belo restaurante.

Ele retirou meu casaco sem eu perceber, o pondo atrás da cadeira, então, a puxou para mim.

— Senhorita.

Eu sentei na cadeira e ele a ajeitou diante da mesa, já sem o seu caso ele surgiu sentado na cadeira diante de mim.

— Qual o ssu propósito com tudo isso? -questionei.

— Irritar a moça que me irritou. -sorriu inocente.

Eu revirei os olhos.

— Mas me diga, não está com o Darlion?

— Vai perguntar isso quantas vezes? -o encaro.

— Curiosidade, vocês parecem tão próximos.

Eu desvio o olhar.

— Ah, não. —soltou uma risada de deboche— vocês dormiram juntos?

Não respondi.

— Me diga por favor que foi péssimo. -ele disse.

Um garçom surgiu, enchendo duas taças de vinho e deixando a garrafa na mesa.

Quando não respondi ele sorriu.

— Darlion como sempre me surpreendendo. —ele disse— já vi que foi deprimente.

— Me chamou aqui para falar mal dele? -questiono.

— Claro que não, onde já se viu alguém tão cortês como eu desperdiçar uma noite tão agradável com uma moça tão bonita falando de como um cavaleiro a fez brochar?

Filho da puta.

Eu o fuzilei com o olhar e ele sorriu, erguendo pouco a sua taça.

— Ás vidas deprimentes e as péssimas noites de sexo, bela dama. -ele disse.

Eu o encaro, decidindo se o faço engolir aquela taça por inteira até pedir por misericórdia, eu ergui pouco a minha e ele chocou suavemente os dois cristais.

Dei um pequeno gole do vinho, a bebida descendo quente em minha garganta, relaxei um pouco os ombros, talvez fosse exatamente de álcool que eu precisasse.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Where stories live. Discover now