Layla
Eu surgi na ponte, vendo de imediato uma silhueta em um sobretudo negro, os cabelos platinados balançando no vento.
— Pontual. -ele elogiou.
— Não sou do tipo que se atrasa. -murmurei.
— Bom, então vamos. -ele ofereceu o seu braço.
O encarei receosa, mas então, meu braço se enroscou ao seu.
— Para onde? -questiono.
— Vai ver.
E aquelas sombras nos envolvem, solto um pequeno grito, me agarrando a Dexter, ouvi um bufar, não vejo o seu rosto em meio a escuridão que nos sacode, mas sei que o desgraçado está rindo de mim.
Meus pés tocam o chão, as sombras se dissipam e eu encaro um.
— Restaurante? -pisquei algumas vezes.
— É o meu preferido. —ele disse, me puxando para andar com ele— e fica na praça céu, onde na minha opinião é a parte mais bonita da cidade.
O restaurante é em tons de vermelho, e posso ver a luz led dourada nos cantos embutidos do teto, nós passamos para a calçada onde ficam as mesas, atravessando uma cama de escudo, percebi, ao atravessarmos essa camada o calor nos recebe, um escudo de vento na calçada que afasta o frio.
Ele me encaminhou até uma das mesas, na sacada do belo restaurante.
Ele retirou meu casaco sem eu perceber, o pondo atrás da cadeira, então, a puxou para mim.
— Senhorita.
Eu sentei na cadeira e ele a ajeitou diante da mesa, já sem o seu caso ele surgiu sentado na cadeira diante de mim.
— Qual o ssu propósito com tudo isso? -questionei.
— Irritar a moça que me irritou. -sorriu inocente.
Eu revirei os olhos.
— Mas me diga, não está com o Darlion?
— Vai perguntar isso quantas vezes? -o encaro.
— Curiosidade, vocês parecem tão próximos.
Eu desvio o olhar.
— Ah, não. —soltou uma risada de deboche— vocês dormiram juntos?
Não respondi.
— Me diga por favor que foi péssimo. -ele disse.
Um garçom surgiu, enchendo duas taças de vinho e deixando a garrafa na mesa.
Quando não respondi ele sorriu.
— Darlion como sempre me surpreendendo. —ele disse— já vi que foi deprimente.
— Me chamou aqui para falar mal dele? -questiono.
— Claro que não, onde já se viu alguém tão cortês como eu desperdiçar uma noite tão agradável com uma moça tão bonita falando de como um cavaleiro a fez brochar?
Filho da puta.
Eu o fuzilei com o olhar e ele sorriu, erguendo pouco a sua taça.
— Ás vidas deprimentes e as péssimas noites de sexo, bela dama. -ele disse.
Eu o encaro, decidindo se o faço engolir aquela taça por inteira até pedir por misericórdia, eu ergui pouco a minha e ele chocou suavemente os dois cristais.
Dei um pequeno gole do vinho, a bebida descendo quente em minha garganta, relaxei um pouco os ombros, talvez fosse exatamente de álcool que eu precisasse.
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A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada
FantasyLayla Agreste, uma jovem leitora e garçonete durante o dia, e uma stripper em uma boate durante a noite, ela vive sua vida pacata e cheia de dores, sempre seguindo em frente, mas isso muda em uma noite, quase sendo vítima de estupro ela pensa que su...