Capítulo 12⚔️

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Layla

Dexter e eu encaramos Kanandrê devorar cinco pratos inteiros de comida.

— No corpo de Safira você não se alimentava? -solto.

Ele para, erguendo o seu olhar.

— Era o corpo dela, não o meu, eu era apenas consciência que tomava o controle dela algumas vezes. -ele responde.

— Significa que tudo o que eu falava para Safira você entendia? -questiono.

— Não exatamente tudo. —ele fala— algumas coisas mas a sua voz vinha muito distante até mim, abafada, era difícil tentar juntar suas palavras praticamente sussurradas em minha direção e formar a conversa que você estava tendo com o dragão.

— O que você ouvia? -questiono.

— Poucas coisas, você contava para ela como foi o seu dia na sala habitat, algumas vezes ouvia você explicar para ela sobre a comida e as vitaminas que ela deveria tomar para ficar em forma e saudável, alguns desabafos, brincadeiras. -falou.

Ele deu uma colherada da carne.

— Você cuidou muito bem dela, mesmo quando ela ia matar você naquele dia. —ele engoliu— Não podemos culpar, é um animal, é a natureza dele quando se sente ameaçado.

— Quando ela me obedeceu, era ela ou você no controle? -pergunto.

— Ela, totalmente ela. —ele disse— Safira não é um espírito amigável, ela também era raivosa comigo, mas com você ela pegou uma certa intimidade que eu jamais conseguiria ter por mais que os séculos se passassem. Você virou amiga do dragão.

— E agora ela está em outro lugar, por culpa sua. -rebato.

— A magia tem um preço, me trazer de volta teve um preço, você pagou por ele. —ele fala— não dá para continuar lamentando.

Eu bufo.

— Você não gosta de mim. —ele disse— Estranho, todos os meus escolhidos gostam.

— Eu não sou todos. —o corto— E pode ter certeza, não gostei nem um pouquinho que seja de você.

— Porque o dragão está em outro mundo.

— Porque você é um covarde. —disparo— Você não é nada do que encheram a boca para dizer, nada, e por deuses, não fale que eu não gosto de você como se você se importasse.

— Mas me importo.

— Se preocupe com o cavaleiro sombrio. —cicio— Ele é a sua maior preocupação no momento.

— Como pretende trazê-lo até mim? -ele questiona.

— Eu já sei como. —encaro Dexter— Vamos chamar Penélope Charmin, com o pretexto do maior furo dos séculos, Kanandrê voltando dos mortos.

— Só espero que seja um ótimo furo, eu tenho horários marcados. -disse Penélope.

Os olhos com asas voando atrás da fada.

— Acha um furo o bastante a volta de uma lenda? -questiono.

— Que lenda? -seus olhos cintilam.

Eu aponto em uma direção e ela segue o meu dedo, seu queixo caindo de imediato.

— Câmeras olhos! Foquem! Transmissão ao vivo para toda a cidade céu! -ela grita exasperada.

As câmeras de imediato focam nela e em Kanandrê, o qual parece nervoso.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Onde as histórias ganham vida. Descobre agora