Capítulo 14⚔️

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Layla

— Safira, suas escamas estão muito mais bonitas do que antes. —dei um tapinha em seu pescoço — estão mais brilhantes e hidratadas, os banhos estão ajudando.

Ela soltou um bufar.

— Escute, você já almoçou, está completamente saciada, já descansou, tomou o seu banho, que tal dar uma volta?

Ela me encara.

— Esticar essas pernas e essas asas, hum? Está há muitos séculos aqui dentro. —falei— podemos dar uma volta aos arredores do seu habitat.

Ela inclinou a cabeça, rosnando baixo, percebi que aquilo é mais um conversação dela comigo do que algo para ameaçar.

— Vamos, mas você não pode causar confusões, hum? —a encaro—  se não vai pegar muito mal pra mim e talvez punam você.

Ela assentiu.

Eu suspirei.

— Vem, vamos dar uma volta. -chamei.

Caminhei até a entrada da caverna, e abri o cadeado, eu abri os grandes portões e ela saiu, o Sol iluminando seu corpo por completo.

Eu encaro o grande dragão, seu corpo azul cobalto e forte, agora, depois das vitaminas e da alimentação melhorada por mim, ela está com mais músculos, dava para notar que estava magra e esguia naquela caverna.

— Uma vitamina D de cada dia. -suspirei.

Ela não rosnou, não grunhiu, Safira fechou os olhos e sentiu a brisa do vento.

Eu sorri sincera, dando dois tapinhas amigáveis em seu pescoço.

— Vamos dar uma volta. -desci a inclinagem, ela com um salto desceu aquele vulcão, e pacientemente me esperou.

O que achei um milagre.

— Vá, aproveite, vou ficar aqui esperando você. -falei, sentando em uma perna.

Ela me encarou, uma pergunta silenciosa.

— Vá.

Ela se virou e eu senti apenas uma rajada forte de vendo, quando me preparei para ver, apenas vi um ponto azul no céu, soprando as nuvens.

Eu sorri satisfeita, apoiando os braços atrás da cabeça. Esperando.

Talvez eu tenha cochilado, mas só talvez, mas desperto quando sinto algo tocar meu rosto.

Eu abro os olhos, os coçando, eu encaro Safira que me encara seriamente de volta.

— Já acabou?

Ela assentiu.

— Vem, vamos voltar, ninguém pode saber que você saiu, acho que me matariam. -falei, rindo.

Ela rosnou baixo, não achando graça da piada.

— Não se preocupe, não vão descobrir. -dei um tapinha em seu ombro.

Ela adentrou a caverna e eu a acompanhei até lá dentro.

Ela piscou, encarando o que há lá no seu canto escuro favorito, um grande ninho.

— Como você demorou, eu fiz uma surpresa para você. —bocejei— imagino que seja desconfortável dormir nesse chão duro e frio. Então, fiz o ninho pra você.

Ela caminhou até ele, adentrando no mesmo, ela rodou algumas vezes, até achar uma posição confortável, então, se deitou.

— Gostou?

Ela assentiu.

Eu sorri.

— Que bom, fico feliz. -falei.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Where stories live. Discover now