Capítulo 8⚔️

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Layla

Eu observei os homens que fizeram um círculo ao nosso redor, nos cercando, eu contei seis.

— Estamos de saída, Dexter. —disse Darlion— não queremos confusão.

Eu encarei o líder do grupo, o qual Darlion parecia se controlar para não cortar-lhe a garganta.

Cabelos platinados, pele pálida com olheiras um pouco acinzentadas, ele é alto, esguio mas é forte, seus olhos são verde musgo.

Ele abriu um sorriso serpentino.

— Se não queria confusão, não deveria ter atravessado o território. -ele disse.

— Não há lei que proíba os cavaleiros de transitar pelos territórios, nem de vocês e dos outros transitarem pelo o nosso, desde que mantenham a paz. -disse Darlion.

— Sabe que não há paz. -disse Dexter.

— Porque vocês querem. -Darlion quase rosnou.

— Há penalidades para os cavaleiros, caso eles ultrapassem o nosso território antes dos jogos. —disse o líder serpente— e você acabou de atravessar.

O círculo começou lentamente a se fechar.

— Darlion.. -murmurei.

— Se fizer isso seu time pode perder pontos. -disse Darlion.

— Dez pontos a menos não farão diferença. -ele sorriu.

Eu lentamente me pus em posição de combate.

— Vejo que tem alguém com você. -ele cantarolou lentamente.

Seus olhos verdes pararam em mim, e cintilaram como os de uma serpente.

— Quem é a bela garota?

— Isso não é da sua conta. -Darlion disparou.

Dexter rolou os ombros, as mãos se enfiando nos bolsos da jaqueta.

— Garotinha. —ronronou Dexter em minha direção— receba as boas vindas da casa serpente.

Ele lançou um olhar, e os homens avançaram.

Eu me preparei, desviando de um e lhe acertando um soco no rosto, o som oco de seu osso estalando reverbando no vento, ele foi de encontro a neve e eu me preparei para outro.

Encare como um teste, encare como um teste, isso é um treinamento, é como Asmodeus diz "lute ou morra".

Eu girei nos calcanhares, investindo contra o segundo que avançou contra mim, eu encarei Darlion acertar um soco em outro que escorregou até o outro lado da rua.

São muitos só para nós dois.

— Darlion. -chamei.

Eu dei um pulo, meu pé esquerdo se apoiando na neve quando ergui minha perna direita, a dobrando e então, acertando um forte chute no abdômen de um serpente, ele foi ao chão, puxando o ar com dificuldade.

— Darlion! -gritei.

Ele me encarou, então, encarei aquele anel em seu dedo indicador da mão direita, o qual uma pedra cinzenta está cravada,  a pedra cintilou em um pequeno raio, nuvens e névoa começando a rodopiar dentro dela.

Eu arregalei os olhos quando Darlion fechou as mãos em punhos, magia irradiou do anel, subindo pelo o corpo do rapaz que foi coberto por ela, uma armadura prateada surgindo em seu corpo como uma segunda pele, um elmo surgindo em sua cabeça, mas não cobria o seu rosto, dando visão para ele, mas está firmemente colocado ali.

A Última Cavaleira| Cavaleiros da Madrugada Onde as histórias ganham vida. Descobre agora