< 1. LILIYA >

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O desastre mais perfeito da minha vida, sem dúvida era aquele par de olhos azuis e aquele sorriso jocoso e incrívelmente sedutor...

O desastre mais perfeito da minha vida, sem dúvida era aquele par de olhos azuis e aquele sorriso jocoso e incrívelmente sedutor

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Ele levantou as orbes azuis do papel, a me encarar com espanto.

- Você não está falando sério, Lili? - perguntou a me chamar com uma intimidade, poucas vezes usada. A deixar o papel sobre aquela mesa com belos detalhes em dourado, dos quais eu me pegava a divagar se era feito de ouro. Já que tudo naquele sala, e em toda edificação do prédio, ostentava luxo e nobreza exacerbada.

Nestes três anos e meio, que eu vinha trabalhando como secretária pessoal do famoso advogado Khaos W. McHunnam, a cada dia que eu saia daquela sala, uma parte do meu ser era roubada, para nunca mais ser devolvida.

- Estou, senhor McHunnam. - respondi, a passear o olhar pela última vez, por aquela sala elegante.

Ele fechou o semblante, a comprimir os lábios tão bem desenhados, a morder o canto interno da bochecha esquerda, a formar um adorável biquinho.

Era incrível, como um ser tão arrogante, petulante, irritante,... incrívelmente atraente, sensual... enfim, conseguia ser por alguns momentos tão fofo.

- Eu não aceito isso, senhorita Nolann. - rebateu, a contornar a mesa. Parando próximo a mim.

Eu me afastei, a afundar os saltos altos no tapete felpudo. Primeiro para manter um espaço considerável, do qual, eu não iria sentir o seu perfume amadeirado a tomar meus sentidos e em segundo lugar, para poder olhar em seus olhos, sem sentir aquela dorzinha em meu pescoço. Pois mesmo de saltos altos, o danado era alto.
Ainda mais, vestido com aquele terno Armani elegante que acentuava as suas curvas e seus músculos firmes...

- Você me ouviu, senhorita Nolann. Eu não aceito a sua demissão. - falou, desta vez a me chamar com mais polidez. Me fazendo sair dos meus devaneios.

- Pois... Eu não me importo... - iniciei, a levar as mãos aos bolsos da calças. - Foda-se. - completei, a vê-lo arregalar o olhar. Parecendo incrédulo de me ouvir, falar um impropério. - Até nunca mais, senhor McArroganteHunnam. - falei, a lhe dar as costas, o deixando de boca aberta. Ao me ver sair da sua sala, a fingir uma aparente calma.

Quando eu cheguei na calçada, depois de praticamente correr, ao sair do elevador, como se estivesse sendo perseguido por cães do inferno. Eu enfim, consegui respirar, a soltar e aspirar o ar primaveril de Newcastle, a olhar para as edificações da área central da cidade.

- Liberdade. Pensei, a sorrir. Como se isso fosse verdade! A me digirir, agora calmamente para Starbucks.

A verdade dessa 'liberdade' condicional, era que eu estava me libertando do trabalho escravo, que era executado naquele escritório.
Não é por que eu sou estudante de direito, que necessitava sofrer todo tipo de tirania, daquele déspota.
Porém, o meu coração estava acorrentado aquele arrogante.

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