6. LILIYA & KHAOS

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(LILIYA)

- [...] Fica, meu anjo. - pediu, com seriedade a me calar, voltando a desabutuar a camisa, que mal estava aberta.

- Tudo bem. - concordei, a me ajeitar sobre o armarinho. A desviar o olhar do seu corpo, me mantendo cabisbaixa.

Estes últimos dias, por conta de estar na sua casa, passamos a dormir juntos.
Aquilo era algo tão estranho e ao mesmo tempo normal.
Estranho, por que eu nunca dormi com um homem, não estou falando de sexo. Apenas dormir. E era normal, porque, era o Khaos, o meu chefe e agora meu namorado.
Inicialmente eu me senti constrangida, pois como a sua mãe estava, no quarto de hóspedes, restou a sua cama. E ele foi bem claro, que eu ficarei no seu quarto, durante esses dias.
Não é algo ruim, nossa! Longe disso, tem sido um momento, do qual eu me sinto segura, protegida e acolhida pela sua companhia.
E ele vinha se mantendo cuidadoso e muito respeitador.
Mas, ainda é muito cedo, para darmos certos passos. Por mais que eu sinta um desejo infinito por ele, eu ainda me sinto constrangida. Sem contar que eu não sei muito o que fazer...

- Que tal nós sairmos de moto, depois do lanche. - sugeriu, a sair do box.

- Haa... Eh... seria legal. - respondi, após parar de devaniar, levantando o olhar dos meus pés que estavam a balançar, para sua presença, parado a menos de um metro e meio de mim.

A toalha enrolada em volta dos quadris, deixava a monstra a curva sinuosa que leva ao púbis, a barriga chapada e cheio de gominhos estava coberta por pequenas cutículas de água, assim como o peitoral definido, os ombros largos de músculos firmes tudo isso em volta a uma pele alva.

- Você está gostando de me ver quase nu, senhorita Nolann? - perguntou a secar, os cabelos com outra toalha.

Eu voltei a desviar o olhar, a fechar a boca que estava quase a babar. Não sabendo o que responder.

Ele se aproximou, voltando a ficar entre as minhas pernas. A repousar as mãos em meus joelhos, depois de deixar a toalha que estava a secar os cabelos, sobre o vaso sanitário.

- Eu... Eu... Eu estou me sentindo uma idiota... - falei baixinho, a gaguejar. A esconder a face com as mãos. - Você deve estar pensando...

- Em primeiro lugar você não é idiota. - me corrigiu a me calar. A pegar delicadamente as minhas mãos, a descobrir o meu rosto. - Eu não quero que você pense que estou me aproveitando, do seu momento de fragilidade, por conta do luto. - se explicou, a acariciar minhas mãos, a me acalmar. Me olhando com profunda honestade e carinho. - E muito menos, que estou tramando algo, por conta de estarmos dormindo juntos. Eu te quero, Lili e não vou bancar o fingido. - falou com seriedade. - Eu te desejo e você sabe. Porém, eu volto a dizer: ... "só e apenas quando você se sentir segura e pronta para dar esse passo". Só que eu quero que você se sinta a vontade comigo, Lili.

Eu voltei o olhar para as nossas mãos, desviando o olhar do seu dorso nu. - Eu tenho medo de não saber como te agradar, Khaos. Você foi casado e já teve outros relacionamentos... Eu posso ser afiada em certos âmbitos, mas se tratando de sexo eu não sei muita coisa. - resolvi falar de uma vez. - Nada além de livros, algumas imagens e devaneios, porque... como eu fui criada por um homem, o papai não era muito de falar sobre isso, e a minha avó era extremamente conservadora. Em suma, a realidade é algo que me assusta é você...

- Eu compreendo perfeitamente, meu anjo. E eu te assusto porque a até poucos dias eu agia como um legítimo filho da puta com você. Então, acredito que por a mais que você goste de mim, esse medo ainda vive impregnado no seu âmago. Me ver assim - disse, a se olhar. - te deixa sem ação.

- Sim. - respondi simplesmente.

Ele soltou minhas mãos, a se afastar mantendo os olhos em mim. - Eu já volto. - avisou, a sair do banheiro. Retornado em segundo, com uma caixinha branca pequena e delicada na mão direita. - Antes de qualquer coisa, eu te devo desculpas por todos os desaforos, por não saber como me declarar, pois foi necessário você quase partir para eu tomar consciência do que não conseguiria viver sem você ao meu lado. - declarou, com profundo respeito. A abrir a caixinha, revelando um par de brincos delicados de esmeraldas e diamantes. - Espero que você goste... Eu comprei já tem algum tempo.

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