< 2. KHAOS >

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Quando aquela criatura, que nem sequer batia na altura dos meus ombros, veio realizar a entrevista, eu pensei no primeiro segundo que encarei aquelas orbes verdes tão brilhantes... —Eu tô ferrado!


[...] - Pois... Eu não me importo... - iniciou, a levar as mãos aos bolsos da calça jeans. A demonstrar pela primeira vez que estava ali para conversar, não para trabalhar. Do contrário, ela estaria usando um terno feminino, comportado e discreto. Do qual cobria suas curvas mais que provocantes. E estaria com as madeixas negras presa a um coque alto. E não com aquele manto que lembra as asas de um corvo, a cobrir suas costas, a balançar com graça, no compasso de seus quadris. - Foda-se. - completou com uma doçura e um sarcasmo, que me deixou pasmo a encará-la, a arregalar meus olhos. - Até nunca mais, senhor McArroganteHunnam. - falou por fim, a me dar as costas, parecendo aliviada por ter feito aquilo.

Isso foi na primeira hora da manhã, o resto daquela segunda-feira, foi ainda mais desastrosa. Pois eu precisei viajar, as pressas para Londres, pois a minha mãe resolveu dar uma de Homem Aranha, a se dependurar em um banquinho, para pendurar um vaso de flores na área do jardim, e acabou se desequilibrando e caindo por cima do braço direito. A quebrar o mesmo em dois lugares.
Eu fiquei com ela até a quarta-feira, decidindo, depois de muita discussão, por trazer ela para cá.
Durante esse tempo, eu pedi para o meu melhor amigo, o Henry, tomar conta das coisas no escritório...

Algumas horas antes de ir a casa da Liliya...

[...] - Você vai parar de ser um idiota arrogante e admitir que gosta da Lili, ou vai ficar aí, com essa cara de bunda? - o Henry, perguntou com aquelas sobrancelhas arqueadas. A me encarar, antes de levar aos lábios o copo de uísque.

Eu revirei os olhos, a encarar o copo com o líquido âmbar em minhas mãos

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Eu revirei os olhos, a encarar o copo com o líquido âmbar em minhas mãos. Líquido... que me lembrava a cor daquela pele macia e cheirosa...

- Eu vou enlouquecer, cara. Que merda! - exclamei, a xingar baixinho. A depositar o copo sobre o balcão do bar.

- Por quê você, não mexe esse traseiro e não compra o doce preferido dela, junto com um buquê de flores e vai até a casa dela? - sugeriu, a tomar o último gole do uísque. Ficando, a olhar para copo. - Ou, você é tão filho da puta que não sabe absolutamente nada sobre ela? - indagou, a me encarar com seus olhos azuis.

- Eu claro que eu sei o que ela gosta, seu idiota. - admiti, com irritação a encará-lo.

- Então... qual e... a porra... do problema... seu cabeçudo? - indagou, entre dentes. - Você está a tanto tempo vivendo no celibato, que não sabe mais agir como um homem... virou um ogro virgem e workaholic. Pronto falei! - disse, com irritação a sorrir com sarcasmo.

Eu fechei os olhos, a desviar o olhar do seu semblante. - Eu tenho tanta vontade de quebrar essa sua cara bonitinha, Henry... tanta. - falei, entre dentes voltando a abrir os olhos. Para encarar o meu reflexo, no espelho do bar, a minha frente. A notar que eu estava com uma aparência cansada.

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