10. KHAOS

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Aquela tatuagem entre seus seios, a enfeitar a sua pele cor de canela, juntamente com o intumecer dos mamilos pequeninos, era uma tentação em forma de meiguice, doçura e sexualidade.

- Eu... Eu... acho que... o estofado... E o estofado está mais que... mais que perfeito no Mustang. - ela falou, exasperada a gaguejar. A afastar os cabelos da face corada, a se sentar no banco. A cobrir os seios com o braço direito. Enquanto eu me mantinha preso a olhar no fundo dos seus verdes dilatados.

Ser o causador do seu primeiro orgasmo, era um momento a ser guardado com infinitos desejos de felicidade em meu âmago, pois ter ela assim tão linda a se descobrir era algo grandiosamente perfeito...

- Você... - falou, a procurar pelo sutiã que eu havia jogado no chão do Mustang. - Aí, você sabe? - perguntou, encabulada a vestir a peça de algodão e renda branca.

- Você quer saber se eu gozei? - rebati a provocá-la. Vendo ela arregalar as orbes, agora mais calmos. A me sentar no banco, ao seu lado.

Ela cobriu os seios a ajeitar o sutiã, parecendo pensativa a tocar nos mesmos.

- O quê você fez comigo, Khaos? Eu não consigo tocar... Humm... Sim. - falou, extremamente constrangida. A responder a minha provocação. A vestir a camisa, evitando o meu olhar.

- Eu te acariciei só isso. Na verdade os teus mamilos são maravilhosos e extremamente sensíveis. - expliquei, a levar a mão para dentro da calça de moletom, para ajeitar a cueca. - E sim, eu gozei na boxer. - revelei, a vê-la voltar a me olhar. - Desculpe, amor, mas foi impossível me conter. Você é perfeita e tem um corpo...

- Você é muito tarado, McHunnam... Vai tomar um banho. Minha nossa! - exclamou, a abrir a porta. Voltando a disfarçar o constrangimento. E me fazendo sair do carro, para ajudá-la.

Ela já estava conseguindo dar alguns passos, sem a ajuda das muletas ou do andador, a se apoiar nos móveis, porém como eu passava todo o tempo a lhe atazanar. Passava carregando ela de um lado para o outro na casa.

- Você não gostou? - indaguei, a segurá-la pela cintura. Prendendo o seu corpo junto ao carro.

Ela sorriu daquele jeitinho tímido, a tocar em meu rosto. - Claro que eu gostei, meu lindo. E que... - mordeu os lábios, a me olhar carinho. - eu preciso de um tempo, para computar o que conversarmos e o aconteceu. Mas, eu... Eu amei o que você fez. - confessou, deslizar os dedos, pelos meus lábios. - Eu gosto desse seu lado, digo isso intimamente. - completou. A resvalar as mãos pelo meu peito.

- Você está confessando então, que gosta de ouvir umas palavras quentes, entre quatro parede, senhorita Nolann? - indaguei, vendo ela corar as bochechas. A me olhar com profundo constrangimento.

- Definitivamente, Khaos. Eu não vou... Vou responder. - falou, ainda envergonha. - Eu quero tentar, ir para sala sem que você me ajude. - disse, a tocar nas minhas mãos. A mudar de assunto.

- Claro, amor. - concordei, a soltar seu corpo, me mantendo ao seu lado.

Ela suspirou pesadamente, a se encostar no carro, para prender os cabelos em um coque alto, com a ajuda de um elástico que estava em seu pulso direito.
Tomou fôlego, a me olhar com carinho, a dar alguns passos sem se apoiar em nada, até próximo a porta, a olhar para escada.

- Eu consigo. - falou determinada, a olhar para os 12 degraus, rumo a lavanderia.

- Eu estou aqui a trás, meu amor. - disse, a me manter nas suas costas, a cuidar o seu corpo.

Ela estava indo muito bem na fisio, eu sempre ficava a espreita, a vê-la realizar os exercícios a demostrar, a cada aula uma determinação absurda, para voltar a andar.
Sem dúvida, em pouco tempo ela não precisaria mais fazer a fisioterapia.
Porém, quanto a terapia... ela não falava muito sobre o assunto.
Mas, como um chato controlador, que esse que vós descreve. Eu fui conversar com a terapeuta, que me contou que a Lili, estava com o psicológico sadio, para alguém que passou por tantas situações em tão pouco tempo.
Pois quanto a perda do senhor Nolann, ela foi se acostumando e já não falava, mais sobre o pai, a marejar o olhar. Ela passou pelos estágios do luto e agora estava conformada com a perda.
Sobre o acidente, ela contou que por vários momentos ela não acredita no que aconteceu, ela disse se lembrar do acidente, mas é grata por estar viva. Ela viveu alguns momentos, completamente inerte de tudo: aniversário, Natal, o novo ano,...
Assim como a questão da pandemia.
Neste último caso, a mamãe havia notado que ela, até o momento vinha evitando sair de casa ou falar sobre assunto.
Talvez seja medo ou receio, bem... Eu não posso criticá-la, já que também evito sair se casa, com receio de me contaminar. Já que eu sou meio chato, com essas questões de higiene. Só saiu para ir ao mercado, no centro da cidade de 15 em 15 dias.

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