11. LILIYA

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Se antes eu não via muitos motivos, para realizar a terapia. Depois do ocorrido a pouco, sem dúvida eu precisaria deixar de lado, o meu jeito de enfrentar tudo sozinha, e começar a me abrir nas consultas, porém principalmente aceitar que eu necessitava de apoio psicológico...

- Não fala nada, só me abraça. - pedi ao Khaos, que entrou no boxer, a me chamar carinhosamente com cautela, a me abraçar com um certo receio. Eu me virei, para abraçar o seu corpo

- Tudo bem, eu estou aqui meu amor.... Eu estou aqui... - falou mansamente, a me envolver em seus braços. Moldando seu corpo ao meu.

Eu não queria conversar... não agora, mas a minha mente se mantinha inquieta...

Conforme o Khaos saiu, a minha sogra voltou para sala. Ficando a me olhar com um olhar estranho...

- Aconteceu alguma coisa e não foi um vazamento, foi? - indaguei, me mantendo atenta ao seu semblante, principalmente aos seus olhos azuis.

- Você é pior do que meu filho... por isso que faz Direto. - comentou, vindo até a mim, a parar na minha frente. - A sua mãe veio do Texas para cá. - revelou a desabafar, me deixando arrepiada e sem ação.

- A senhora está dizendo que a minha mãe está na sua casa? - rebati, a soltar o Matt no chão. Vendo ela confirmar com um leve balançar de cabeça. - E que veio do outro lado do oceano, para me ver... Filha da... - disse, a sentir o meu rosto esquentar. Mas dessa vez não era um rubor de timidez, porém de raiva.

- Minha filha, a sua mãe não veio para saber como você está, por mais que tenha dito estar preocupada. O Khaos... Na verdade o Henry andou investigando sobre a sua mãe e ele...

- Eu sei, dona Josie. Eu sei que a minha mãe e uma estelionatária de marca maior e uma prostituta que... enfim, eu sei do passado dela. Eu também procurei saber sobre o seu paradeiro. - a calei, a contar que eu sabia muito bem, o que a minha progenitora tinha se tornado, se é que já não era tudo isso, desde sempre.

- Você não precisa ir até lá, meu anjinho. O Khaos vai resolver...

- Não. - discordei, a calá-la. - Eu agradeço por vocês estarem sempre a me preservar e cuidar de tudo, porém, por mais que o McHunnam, me defenda. Eu preciso olhar para ela é lhe dizer algumas verdades. - falei, com firmeza. Vendo a minha sogra concordar novamente, com leve aceno de fronte. A esticar as mãos para mim.

- Então, vamos até lá, boneca. Vamos resolver isso de uma vez por todas. - falou, a me levar rumo a porta...

- Eu sei que você não quer conversar, meu amor. - o Khaos falou, a quebrar o silêncio do som da água, a cair sobre nossos corpos. - Mas, você já não costuma conversar muito, na terapia. - contou, a acariciar as minhas costas em meio aos meus cabelos. Me fazendo levantar o olhar do seu dorso nu, para seu semblante sério. - Porra! Eu confesso que conversei com a Yngrid, por que eu sou um filho da mãe controlar, sou! Porém, eu estava preocupado, Lili. - confessou, em meio a um revirar de seus olhos azuis. - Você saiu do coma e tem vezes que, parece agir como se nada tivesse acontecido...

- Como se nada tivesse acontecido!!! - exclamei, a silenciá-lo. A me afastar do seu corpo. - Porra, Khaos. Você acha que é fácil acordar do nada, e descobrir que você ficou durante meses, em uma cama apenas vegetando. - falei irritada, a vê-lo levar as mãos aos cabelos. - Eu perdi meses de faculdade, eu fiquei doente e nem senti, pois eu sei que eu tive algumas infecções, eu não comemorei várias festividades com vocês... nós fizemos um ano de namoro e eu... Eu estava dormindo... Sem contar essa pandemia que tem me deixado maluca, pois eu não sei muito o que fazer aqui. Por isso que eu tenho focado na fisio, pois eu quero muito poder voltar a correr. - contei a tomar fôlego. - E eu não sei me abrir com alguém... A Yngrid é incrível, uma terapeuta muito querida, mas... Khaos não faz muito que eu consegui te contar o que eu vinha lendo e pretendo fazer, sobre a nossa intimidade.

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