Última noite

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Estamos todos dentro de um elevador. Jack e eu abraçados. Thomas e Eleanor aos beijos. E a conversa vai-se animando. Quando cheguei ao hotel, após um pequeno sermão e os ânimos mais calmos, estive a falar com Jack e tentar explicar-lhe a minha situação. Não tudo. Apenas parte, apenas aquilo que quero que ele saiba, aquilo que ele deve saber. Jack é sem dúvida o homem que eu quero e não o posso negar, contudo não posso denomina-lo como meu namorado. Ainda não. E ele aceitou isso, disse que ia esperar até eu estar pronta e pediu-me para não me sentir culpada de nada pois ele apaixonou-se por mim assim, tal como sou. Poderia haver melhor pessoa? Não. Ele aceita os meus estúpidos defeitos mesmo não sabendo parte da sua razão e dispõe-se a acompanhar-me de qualquer das maneiras, sabendo ou não. Embora nisso tenha dúvidas. Jack não é o tipo de rapaz que fique sem fazer nada ao saber que há algo mais. Ele é curioso, tal como eu, e tem sede da descoberta. Com certeza que ele vai tentar perceber e analisar toda a nossa história. Agora só me resta que não leia mal as entrelinhas e que eu consiga avançar. Na longa conversa ele pediu-me duas coisas. Uma, por acaso, para mim a mais complicada, evitar expor-me demasiado ao perigo. A segunda, ser dele apenas por esta noite. Sorri ao relembrar-me do que ele dissera. Que mesmo sabendo que eu não sou capaz de afastar-me do perigo queria que eu não me expusesse demasiado a ele. Quanto ao segundo pedido, mais fácil e até muito benéfico, hoje seremos como um casal. Pediu-me para colocar a minha roupa e assim o fez. Uma saia de cabedal rodada e uma espécie de camisola curta, que uso sem sutia. Tudo em preto. Consoante as suas palavras, farei inveja aos outros e os homens verão que o pedaço de mau caminho é apenas dele e que não me têm, devendo por isso aceitar o facto que ele é o mais feliz. Estivemos também a jantar com os rapazes portugueses que encontramos. De certa forma para eu me despedir do meu amigo Lourenço e dos outros conhecidos. E agora que penso em tudo, sou uma sortuda. Saímos e ficamos na fila para uma das loucas atrações de Vegas, as diversões do Stratosphere. A vista é espectacular e aproveitamos para tirar várias fotos enquanto esperamos ansiosamente.

(...)

- Estão a brincar? Eu repetia! –Beth falou alegremente

- Aquilo é assustador! –Eleanor entrou na amigável discussão sobre a experiência que tivemos há minutos no Stratosphere e agarrou-se mais ao namorado.

- Cada um com a sua opinião e todos com um copo? –Thomas desafiou e todos aceitamos, entrando num estabelecimento animado por música.

- É a nosso última noite e eu vou deprimir –proferi choramingando

- Nem penses! –disseram em coro

- Vamos chegar a casa depois do sol nascer e vamos aproveitar certo? –Mason olhou um a um com um sorriso e pegou na sua bebida acabada de chegar –um brinde a nós, a esta viagem e que muitas mais venham!

Pegamos todos num copo e eu fiz sinal para esperarem. Merecia dizer as maravilhosas palavras.

- A nós, a eles, a nós em cima deles! - e brindamos alegremente continuando a conversar.

Analisei todos, tentei e tirei uma conclusão acerca dos companheiros de viagem. Beth, a loira que eu quase julguei é simpática e boa pessoa. Chris, embora seja um mulherengo é formidável. William, um responsável rapaz que não se importa de perder o juízo de vez em quando. E, o resto, já sabia como eles eram.

Jack começou a beijar-me lentamente o pescoço e eu cravei as minhas unhas na sua nuca assim que ele começou a fazer um chupão.

- Jack –sussurrei, comprimindo os lábios um contra o outro enquanto fechava os olhos.

A ligeira dor apareceu e quando Jack achou que estava bem, largou a minha pele e beijou-a suavemente acalmando a sensação.

- Para saberem que és minha

UnforgettableWhere stories live. Discover now