Capítulo 11 - Surpresa ❤

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Estávamos saindo da escola para irmos para casa, hoje meus pais não me buscariam, então tive que esperar o motorista, me despedi de todas e corri para o carro assim que o avistei, o motorista abriu a porta para que eu entrasse e em seguida colocou as malas no seu lugar de sempre, ele entrou no carro e deu partida, pela janela vi algumas das meninas acenando para mim eu apenas sorri fraco e subi o vidro da janela.

Amanhã era sábado e teria outro show beneficente e como da última vez ela insistiu para eu ir, mas como da última vez eu neguei, senti que ela ficou desapontada, mas eu não estava afim de ir a nenhum show. Agora meus pensamentos estavam totalmente em outro lugar, ou melhor, em outra pessoa, Vincent.

Eu não queria pensar nele, mas pensava, esse sentimento está enchendo meu saco. Eu estava seriamente pensando em arrancar meu coração para ver se tinha algum resultado.

Hoje eu iria sair com ele e, sinceramente, eu estava ansiosa, meu coração não parava de bater forte, que sensação ridiculamente boa. Por mais que eu tivesse me feito de superforte que não teme a isso, eu temo sim e ainda por cima não sei controlar isso. Eu me odeio por isso.

O carro estacionou e a porta foi aberta para eu sair, agradeci ao motorista e entrei em casa, estava silencioso e vazio, olhei ao redor e não se ouvia som de nada, apenas do vento que estava forte naquele dia.

Procurei meus pais, mas eles não estavam em casa, desci as escadas e fui na cozinha pegar algo para comer, tinha uma torta de morango com um bilhete em cima: "Tivemos que viajar sua vó adoeceu, desculpe não nos despedirmos, chegaremos sábado de manhã. Aproveite seu dia." A minha avó vivia doente, então eu já estava acostumada com as viagens repentinas. Mas não sei se me acostumo com o fato de ter que perder mais alguém. Precisava visita-la, mas não quero decepcionar ela e fazer ela dar um passo para a morte com isso.

Fechei a porta da geladeira depois que peguei um pedaço da torta, fui para sala e sentei-me em uma das poltronas colocando meus pés para cima. A campainha tocou e logo a porta foi aberta por um das empregadas, dei uma espiada para ver quem era e não era nada mais nada menos que Bernardo, meu melhor amigo no mundo.

Pulei do sofá quando o vi passando pela porta, fui correndo e pulei em seu pescoço, eu estava morrendo de saudades. Ele havia se mudado faz um ano para outra cidade para que pudesse estudar lá.

— Bernardo! –Eu o abracei e ele me girou no alto.

— Ruiva, que saudades – Ele falou em meio ao seu abraço.

Ele me colocou no chão de volta, mas logo em seguida me puxou para mais um abraço apertado, eu amava os abraços dele. Bernardo sempre foi meu melhor amigo igualmente a minha irmã, ele sabe todos os meus segredos. Eu sempre mantive contato com ele durante a sua ausência, fomos criados juntos e nossos pais são bons amigos, nos conhecemos na igreja quando éramos bem novos e cultivamos um laço de amizade muito forte.

—Você voltou! Nem estou acreditando – Exclamei, seus olhos estavam brilhando. — Vai ficar por quanto tempo? Cadê seu pai? Ai meu Deus! – Abracei-o novamente.

Nunca abraçaria ninguém tanto quanto ele.

— Voltei e... para ficar – Revelou-me e eu dei pulos, literalmente, de alegria. — Meus pais não aguentavam mais minha reclamação de não poder te ver então me mandarão para cá pra estudar no mesmo colégio que você.

— E onde vai ficar nos fins de semana? – Perguntei-lhe com um fio de esperança.

— Onde acha? – Ele brincou — Essa casa tem espaço para nós dois, ruivinha – Minha boca ficou entreaberta com um sorriso e então mais um abraço, dessa vez apertado e longo.

UMA CARTA PARA MIMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora