Capítulo 42 - Podemos virar... cinzas ❤

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Sem comentários para esse capítulo, apenas apreciem o desespero. Boa leitura xoxo

"Paciência: uma forma menor de desespero, mascarada de virtude." - Ambrose Bierce

♥ Vamos ao capítulo... ♥

Vincent narrando

Eu estava no hospital visitando Elise, mas Angelina já não estava mais aqui. Bernardo estava tentando ligar para ela e Anna, mas só caia na caixa postal, eu tentei ligar também, mas dava no mesmo. Estávamos inquietos e preocupados, os pais dela estavam numa sala de cirurgia e não podiam falar conosco agora. Meu coração está angustiado ao pressentir algo ruim. Italla acabara de sair do quarto de Elise, então decido entrar para vê-la mais uma vez.

Quando entro, ela continua com vários aparelhos conectados a ela e com a cara pálida e boca ressecada, ela odiaria que alguém a visse agora. Sempre foi vaidosa, nunca a vi sem maquiagem ou extravagantemente arrumada. Ela cuidava de si. Sento-me na cadeira ao lado da sua cama e pego em sua mão fazendo movimentos leves e circulares.

Fecho meus olhos e começo a orar por ela com toda minha fé e a esperança dela acordar que ainda estava dentro de mim. Elise, no final das contas, me ajudou, do jeito dela mais ajudou. Ela não quis ser tirana e se aproveitar de um momento ruim entre mim e Angelina. Ela não merecia estar assim, não merecia estar nesse acidente.

—Eu vou lhe contar uma historia, espero que esteja me ouvindo Elise – Aperto mais a mão dela e uma lágrima solitária cai no meu rosto, eu estava aflito com o sumiço de Angelina e Anna e preocupado com Elise ali naquela cama — Era uma vez, uma princesa vaidosa e arrogante, ela era cruel com todos do reino, principalmente os plebeus. A princesa não tinha mais seus pais, e isso a deixou triste e má com as pessoas. Ela tinha um irmão mais velho, que era duro com ela e era o rei por direito. Mas, ele a amava mais que tudo. Um belo dia, uma bruxa se aproveitou da separação de dois plebeus e foi até a princesa, pois sabia que a princesa era apaixonada pelo plebeu. Mas, a princesa se mostrou altruísta e de bom coração, e não aceitou a oferta egoísta de separá-los de vez. Aquela princesa escondia seu verdadeiro eu, escondia que era boa e triste por não ter amigos de verdade. A princesa só queria ser amada, mas não sabia que só precisava fazer o bem para isso, na verdade, ela só precisava ser ela mesma e depois de fazê-la começou a ser amada pelo plebeu, não de forma amorosa, mas como uma irmã... – Senti Elise apertar minha mão e comecei a chorar.

Fico olhando para ela esperando algo mais de sua parte, enxugo minhas lagrimas e levanto-me, aperto o botão ao lado da cama para chamar a enfermeira e fico andando pelo quarto sem tirar os olhos de Elise.

— Ah! – Elise dá um suspiro fundo, como se estivesse voltando a vida eu corro para a cama dela e a abraço forte.

— Você acordou! – Exclamo.

— Obvio... – Ela estava ofegante come se houvesse corrido — Sua história ruim me acordou – Ela diz e começo a rir. Ela tenta se levantar da cama, mas a impeço.

— Opa, não pode sair – Eu digo, mas ela luta e consegue se levantar.

— A Angelina, cadê ela? – Ela pergunta séria.

— Foi buscar Anna na escola – Respondo.

— Precisamos ir até lá – ela coloca os sapatos do lado da cama e fala ofegante — AGORA VINCENT! – Ela grita histérica.

— Vincent! – Bernardo entra no quarto e se surpreende ao ver Elise em pé — Que bom que acordou Elise, como está... Você chamou a enfermeira? – Bernardo pergunta para mim.

UMA CARTA PARA MIMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora