Capítulo 15 - Sinal ❤

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"E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. "1 João 2:25


— Ruiva! Ruiva acorda, temos que ir pra escola. – Bernardo me chacoalhava na cama. Dei um pulo na cama e deixei meus olhos focarem, cocei eles e suspirei bem fundo, era um sonho.

— Você estava sonhando com a Anna, né? – Ele se sentou ao meu lado e eu me estiquei inteira.

— É, estava. Está tudo bem. Eu costumo ter esses sonhos... Queria que fosse real. – Olhei para minhas mãos rapidamente. — Eu pensei bem e... Acho que a vingança... – Tive dificuldade em admitir. — Não acho que devo levar a frente, pelo menos, não por enquanto. – Enquanto eu falava ele acariciava meus fios carinhosamente.

— Que bom – Seu sorriso feliz apareceu — Mas vamos logo para a escola – Levantou e me puxou, empurrando-me para o banheiro. — Estamos atrasados já.

Obviamente ele estava ansioso pra estudar lá. Eu entrei debaixo do chuveiro e deixei a água gelada me despertar, fiz minha higiene, vesti uma roupa e sai. Uma blusa de seda rosa bebê com um bolsa na lateral, um short azul marinho com botões nos lados com o cós médio e um tênis rosa para contrastar. Deixei minhas madeixas soltas e me senti satisfeita, hoje seria um novo dia. Pelo menos eu espero que sim.

Olhei em volta do quarto e vi minha mala pronta e percebi que Bernardo não estava mais ali. Olhei para fora pela janela e percebi que ainda era o mesmo dia e que eu apenas tinha caído no sono, esqueci que preciso voltar no domingo à tarde para a escola, são tantas coisas.

Se pudesse, não voltava mais. Eu só quero ficar na minha, porém se eu souber quem foi o responsável, não sei se minha personalidade explosiva vai se manter calma como eu planejo.

Vi no relógio e eram cinco da tarde, apesar de estar abafado o céu estava nublado e escuro. Quando eu estava descendo ouvi burburinhos na sala, apertei meu passo e chegando lá Vitória e Amanda estavam conversando com Bernardo. Amanda estava com o namorado, que constantemente me esqueço o nome e Vitória parecia ter visto um anjo em forma de Bernardo. Babava por ele.

Ao notarem minha presença – Vitória foi a última – me olharam e sorriram simpaticamente, dei um sorriso amarelo e me virei pra ir pegar a bolsa que deixei no quarto.

[...]

Estávamos no carro indo para a escola, Vitória não parava de puxar papo e eu apenas a ignorava. Amanda estava dormindo no ombro do seu namorado e Bernardo estava na frente com o motorista.

— Seu amigo é lindo. Porque não me falou dele? Aliás, você gosta dele? Deve gostar, ele é lindo demais. – Vitória me cutucou e sussurrou para mim, bufei e voltei a apoiar minha cabeça na janela.

Ela continuou a tagarelar sobre as meninas terem arrumado encontros esse fim de semana e sobre a irmã ter começado a namorar um menino da igreja, eu mal conseguia acompanhar seu ritmo. Me admira eu não ter mandado ela calar a boca. Acho que a parada do autocontrole estava dando certo.

Mas eu realmente queria fazer isso, parecia que tudo tinha acontecido e que não me via há anos.

Chegamos na escola e as meninas foram na frente, Bernardo ajudou meu motorista com as malas e nos ajudaram até os quartos. Deixei minha mala no lugar de sempre e sai antes que Amanda dissesse algo. Desci e fui para o refeitório esperar Bernardo que disse que me encontraria rápido.

Me sentei de costas para a porta e fiquei esperando Bernardo aparecer, peguei meus fones e coloquei porque imaginei que ele ia demorar mesmo convencido do contrário.

UMA CARTA PARA MIMWhere stories live. Discover now