𝟏𝟑

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O sinal do intervalo bate, e eu sinto vontade que quebrá-lo. Gostaria de passar mais um pouco de tempo com ele, e o porquê é totalmente inexplicável.

— Vamos. — Ele pega minha mão e me levanta, me deixando ir na frente dele para descer da arquibancada. — Com quem você vai fazer o trabalho de química?

— Com o Bradoock. — Respondo.

Arthur

— Ah. — Não consigo esconder minha expressão chateada.

— Desculpa, eu combinei com ele antes... — Ela diz, fazendo menção de entrar na aula. Mas pego seu pulso levemente e viro ela pra mim. Quando a aproximo mais perto, meu corpo entra em estado de chamas, e tento ignorar o fluxo de pensamentos inapropriados que surgem na minha cabeça.

— Eu posso dar um jeito bem rápido de descombinar...

— Não. — Ela ri num ritmo sonoro contagiante. Sorrio ao ver seu sorriso tão espontâneo e lindo, pensando na possibilidade de, talvez, roubar um beijo dela. Mas ela entra na sala, e Babi vem diretamente até mim.

— O que você está fazendo? — Ela diz, num sussurro. Franzo o cenho e encolho os ombros.

— O que eu estou fazendo? — Pergunto.

— Você sabe que eu te considero muito, Crusher. Mas por favor, não faça nada com ela caso não tenha certeza do que está fazendo. — Babi começa a dizer. Demoro um pouco até saber que ela está falando de Carolina.

Olho para a mesma, que está sorrindo para Bradoock o tempo inteiro. Mordo minha língua de raiva. O que passou pela mente da Babi que eu faria alguma coisa com Carolina? Eu nunca faria nada de ruim com ela e... merda, eu nunca faria nada.

— Fazer o quê, Bárbara?! — Questiono de volta, já irritado.

— Só não trate ela como uma das suas ficantes. Ela não é.

— O que te fez pensar que ela é uma? Pelo amor de Deus, claro que não... Ela só anda falando comigo sobre...

— Falando? — Babi franze as sobrancelhas.

— Não falando... quero dizer que nós andamos tendo um tipo de comunicação diferente. — Minto.

— Ah, sei. — Ela diz, desconfiada. — E falando sobre o quê? — Ela pergunta. Droga, não posso falar sobre o meu pai. Não agora. Começo a ficar nervoso.

— Bom, isso já não te interessa, ok? Só fique sabendo que eu nunca trataria a Carol como uma das minhas "ficantes", ela só é minha amiga. — Ergo os ombros. Amigos sentem vontade de se beijar toda a hora? Sei que não, mas ignoro meu subconsciente.

— Pois não é o que parece. — Babi diz. Respiro fundo e me sento na mesa. — Bem, hoje à noite eu vou pagar lanche pra vocês. Só repassando o convite. — Ela muda de assunto.

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maratona 4/4

Talisman | Volsher. [Concluída]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora