Mamma Tuo Figlio è a Casa!

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Irina

Desejei ligar para o Riccardo, mas os últimos acontecimentos deixaram o capo com os nervos a flor da pele. Eu não queria correr o risco de ser alvo de sua fúria. Ricco estava muito diferente do homem que eu conheci.

Faltavam dois dias para o casamento de Ricco e Ellen e nem sinal do Aldo e do meu filho.
Serena e Valeire estavam comigo, e Jimmy foi chamado às pressas para atender uma emergência.

— Vai ficar tudo bem irmãzinha — ele disse antes de sair. Eu sabia de alguma forma eu sabia que estava tudo bem, mas isso não me impedia de sofrer a angústia da espera.

— Tome um pouco de chá vai te ajudar a se acalmar. — Serena me entregou uma xícara fumegante.

— Eles já estão em Vennidit, estão com o Riccardo — vovô disse entrando na sala e meu coração quase parou, meu filho estava vivo e bem, parecia um sonho.

— Eu vou buscá-lo — levantei num salto, mas vovô me impediu.

— Não se preocupe figlia mia, acabou agora. Tenha só mais um pouco de paciência, capisce?

— Sim vovô, eu vou tentar.

As horas pareciam intermináveis, cada segundo durava uma vida. Valeire já tinha ido para o hospital e Serena ainda segurava as minhas mãos geladas.

Quando o carro parou na frente da mansão, meus pés travaram e eu não fui capaz de sair do lugar, eu estava no hall.
Eu me recusei a pensar em todo o tempo perdido, meu filho estava nascendo de novo e eu o receberia em meus braços e nunca mais iria deixá-lo. Vovô Giácomo me abraçou, ele tem cheiro de casa, cheiro de segurança. Meu bebe estava voltando para mim, e ele estaria em um lugar seguro.

— Ele trouxe o nostro bambino, figlia mia.

Quando a porta abriu, eu o vi entrar pela porta segurando a mão de seu pai.
O pequeno garotinho de cabelos avermelhados e olhos verdes intensos como os meus. Ele não parecia tímido ou amedrontado, pelo contrário, a sua reação fez meu coração derreter e me deixou sem palavras.

Ele soltou a mão do Aldo e correu para mim com braços abertos e o mais lindo dos sorrisos.

— Mamãe, eu cheguei!

— Enrico, cuidado com o degrau — gritou uma voz estranha atrás do Aldo, não tive tempo de ver de quem era.

— Enrico? Perguntei atônita enquanto abraçava o pequenino agarrado a mim, como se eu tivesse saído em viagem e não, como alguém a quem ele nunca viu.

— É uma longa história querida, uma louca e incrível história — Aldo respondeu cheio de sorrisos.

— Grazie — murmurei em sua direção e ele sorriu, um sorriso de menino, leve como ele ria para mim quando ainda éramos jovens e com menos feridas.

— Mamãe, seu trabalho acabou? Você não vai mais prender homens maus? — Sem entender olhei para Aldo que apenas deu de ombros, a história parece mesmo ser louca e incrível.

— Não meu amor, a mamãe não vai a lugar algum — respondi entre lágrimas.

— Está tudo bem mamãe eu vou cuidar de você. Minha nonna disse que você precisa muito de mim, e eu prometo, papai e eu vamos cuidar de você agora.

— Sim filho, eu preciso mesmo de vocês dois. Agora vá lá conhecer o seu nonno, ele está com muita vontade de conhecer você.

O pequeno caminhou tímido em direção ao vovô Giácomo, mas o velhote logo o ganhou com seu carisma.

RIZZO - Herdeiro da dor - Série Detentores - Livro 2 (completo)Where stories live. Discover now