Epilogo

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Aldo

Voltei para casa muito tarde naquela noite, Enrico estava dormindo tranquilo em seu quarto, na manhã seguinte iriamos juntos buscar Forttuna, mas agora eu só precisava consertar as coisas com Irina, eu temia ter estragado tudo além de qualquer possibilidade de conserto.

Beijei meu filho e segui para o quarto de Irina, tamanha foi minha surpresa ao perceber que ela não estava lá, mas meu coração me disse onde a encontraria e com um cobertor extra sob os braços, fui ao encontro da minha amada.

— Resolveu seus problemas do passado? — ela me perguntou sem virar o rosto.

— Querida eu não sabia, acredite eu jamais machucaria você assim. Assim, acredita em mim? — me aproximei cauteloso entrando na casada árvore, mas ela não fugiu de mim, e só então percebi que podia respirar novamente.

— Eu sei que você não faria algo assim, eu acredito em você Aldo.

— Grazie amore mio, eu morri mil vezes por medo de perder você.

— Não temo te perder para outra mulher, Aldo, temo perder-te para você mesmo.

— Não vai acontecer amor, não vai acontecer. — eu a tomei em meus braços e me permiti ser curado de todos os meus medos e angústias, Irina era a única a ter poder de fazer parar meu coração, eu a amava mais do que a minha própria vida. — Quero muito fazer as pazes Coccinella, mas também preciso fazer perguntas.

— Faça-as

— Você soube que Liah trabalhava para o Vitto no momento em a viu, não foi?

— Eu não tinha certeza, mas Vitto foi muitas vezes para os Estados Unidos, eu não dava muita importância, então um dia, atendi uma ligação e a voz da mulher no telefone era a mesma da mulher que estava naquela sala com você, eu tenho certeza de que é ela, no entanto, a garota que eu vi com Vitto era loira e tinha olhos claros, mas esta mulher que vi hoje, parece diabólica, parece alguém capaz de fazer qualquer coisa que a traga benefícios, não importando a contagem de corpos sob os pés dela. Então entendi, ela parece ser alguém em que Vitto podia confiar. Aldo, o que você viu nessa mulher?

— Irina, Liah era loira, e tinha olhos claros, possivelmente eram lentes de contato.

— isso explica com certeza.

Caríssima, Liah disse que tem um rato que trabalha com os federais, você já ouviu Vitto falar dele?

— Vitto falava de um agente que sonha em pôr as mãos nas famílias, ele o chamava de Rato com distintivo, ou algo assim, mas nessa época eu vivia drogada ou bêbada, eu acreditava que Vitto tinha matado Enrico na minha frente, então não prestava atenção em muita coisa. Aldo eu sei que ele tinha muita documentação sobre as famílias, mas sei também que ele amava a organização do jeito tosco dele. Vitto não entregaria esse material nas mãos de qualquer um, se ele as tinha ainda ele o guardou em um lugar bem escondido, e eu não faço ideia de onde.

— Liah disse que ele planejava destruir a todos, principalmente o Ricco.

— Não duvido, então é melhor achar o rato e pegar seja lá o que for que Vitto deixou como isca, mesmo depois de morto esse desgraçado nos tem pelo pescoço.

— Ele colocou Liah na minha vida para evitar que eu me matasse, ele tinha planos de tomar a minha família e se o plano de faze-lo através do Enrico não funcionasse ele me usaria para entregar tudo a ele, por isso ele te manteve viva também!

— A mente doentia do Vitto me surpreende ainda, Vitto tinha alguém que ele amava, mais do que a própria vida, e se vingar das famílias era uma forma de se vingar dela ou por ela, por isso acho que seja lá o que for que ele tenha escondido vai ter a ver com essa mulher.

— Ele nunca disse o nome dela?

— Vitto jamais me daria armas que eu pudesse usar contra ele, ele sabia da minha ligação como Ricco e do meu amor por você, e estando vivo era fácil saber para que lado eu iria.

— Aldo, toma cuidado, eu não quero que você se machuque, tenho medo que mesmo do túmulo Vitto ainda pode tira-lo de mim.

— não vai bella, eu não vou deixar. — ela se apegou a mim me puxando para ela como se pudesse me esconder dentro de seu coração.

Se existia uma felicidade maior do que aquela, eu não duvidava. Eu precisava do contato com a sua pele, inalar seu cheiro já não era suficiente. Precisava sentir seu sabor na minha língua, precisava beber os seus gemidos, necessitava sentir o seu corpo tremendo sob meu toque.

Amar Irina e dar prazer a ela era a minha missão de vida, e eu decidi que levaria muito a sério a minha missão.

— Case comigo Irina, seja minha esposa, divida a minha vida comigo, por favor!

— Madonna mia, está falando serio? — ela perguntou, mas ao me ver baixar sobre meu joelho ela cobriu os lábios com as mãos.

— Sim? Quer dizer caso com você Aldo. — Ela se lançou sobre meu pescoço jogando a nós dois no chão.

***

— Papai, eu posso ficar com ela? — Enrico perguntou enquanto Forttuna fazia festa saltando sobre ele.

— Si Amore mio, é claro que pode, ela é uma grande amiga do papai e agora será sua também, não é garota? — a pequena vira-latas de pelo esganiçado me olhou com seu velho e conhecido olhar de cumplicidade.

Minha família estava completa agora e eu o homem mais feliz do mundo.

                                                        FIne


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RIZZO - Herdeiro da dor - Série Detentores - Livro 2 (completo)Where stories live. Discover now