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BOA LEITURA

JEON JUNGKOOK

O trajeto até a residência era distante, e nesses longos minutos de corrida, pensava por quanto tempo poderia permanecer aqui, tratando deste transtorno.
Infelizmente é algo incurável, eu viveria na presença de Jeon para sempre.
E ele, na minha.
Mas, com a ajuda do tratamento, eu poderia afastar-ló da luz, poderia continuar controlando sua presença. 

No entanto, eu queria buscar uma vida psicologicamente saudável, obviamente as desavenças e confrontos continuariam com Jeon, mas... Isso poderia diminuir ao passar do tempo.
Seria cansativo, estressante como sempre foi.
Mas eu estou aqui, fazendo o melhor em minha visão. Jeon não queria reencontrar a família? Aqui estamos, a poucos metros de sua casa.

- Não seja invasivo. - Alertei rígido, saindo do carro. -

Eu não havia recebido uma resposta de Jeon, mas sabia que ele estava atento a tudo.
Assim como também sabia que ele poderia facilmente aparecer com a presença de sua mãe.
Ele definitivamente poderia estragar meus planos assim.

Apesar que, talvez ela devesse saber que seu filho tem transtorno de personalidade, gerado na infância pelos atos de seu progenitor.

Sim, talvez ela deva saber como sempre foi difícil, vezes insuportável conviver com outra personalidade.

- Menino Jeon! - Ouvi dizerem, após abrirem a porta da casa. -

Pousei meu olhar sobre o rosto da imagem e franzi os celhos, abrindo um sorriso logo após reconhecer aquela mulher.

- Noemi? - Questionei, surpreso. - Noemi é você!?

Naquele momento o meu coração se encheu de alegria, eu realmente gostava muito de Noemi.
Jeon? Ele também estava contente por vê-la.
Ela realmente nos fazia muito bem.

- Sim, menino! - Ela não se conteve e envolveu seus braços contra o meu corpo. - Como você mudou, se tornou um homem tão bonito quanto o seu irmão. Mas confesso que sempre fui puxa saco seu. - Riu fraquejando. -

Retribui aquela risada fraca, sorrindo por um instante.
Senti a garganta coçar pouco tempo depois.

- Tem notícias de Junghyun? - Perguntei por fim. -

- Ele ainda mora em Tokyo, casou-se e tem um filho de dez meses. - Informou-me, fazendo erguer ambas sobrancelhas. - Sim, querido. Passou-se muitos anos desde a última vez que você viu seu irmão.

Eu estava sem reação.
Junghyun estava casado e tinha um filho.
Aquilo não poderia estar melhor.

Mas como se não fosse o suficiente, eu não segurei a língua dentro da boca.

- Srº Jeon deve estar orgulhoso do primogênito, Junghyun sempre foi seu orgulho, não? - Perguntei retórico, cruzando os braços. -

A mais velha riu, negando.

- Junghyun veio mês retrasado com o filho e esposa, e antes de ir, ele discutiu bem feio com o Srº Jeon. - Contou. - Não que eu seja uma velha fofoqueira ou algo assim, longe de mim.

Eu ri, pelo escárnio feito.

- Prossiga, porque discutiram?

- Você foi o motivo da discussão. - Ela foi direta, sem fazer suspense ou algo assim. - Junghyun queixou a criação que seu pai lhe deu e disse poucas e boas para ele, principalmente depois que soube do acidente de carro. Seu irmão lhe defendeu, querido. Pela primeira vez ele também confrontou seu pai.

limits of attraction • JJKWhere stories live. Discover now