limits of attraction • JJK

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BOA LEITURA (｡･ω･｡)ﾉ♡

JEON JUNGKOOK

Depois de mais alguns dias, finalmente a mudança havia terminado, não faltava mais nada para organizar ou montar.
Eu havia comprado outro carro, já que havia vendido o meu por não saber quando e se voltaria para Seul novamente.
Minhas consultas diminuíram para uma vez por semana, eu sentava com o profissional e conversava sobre o decorrer da semana naturalmente, era tudo muito tranquilo. Ele não fazia mais testes comportamentais e análises — ao menos, não perceptíveis — ou coisa do tipo, o que me fazia bem, porque assim eu enxergava cada vez mais a minha evolução.

Meu relacionamento com o pessoal estava saudável, caminhando bem, exceto com Taehyung, que era inexpressivo comigo.
Já havia se passado dias, semanas até, e de sua boca só saia cumprimentos como: "bom dia".
Eu insistia na conversa, mas ele sempre negava. No entanto, eu entendia aquela barreira que ele havia posto contra mim.

- Jungkook. - Namjoon chamou, despertando a minha atenção. - O que falta para você terminar?

- Cerca de quatro parágrafos, porquê? - Respondi, questionando logo em seguida. Antes que ele respondesse, retornei a levar as mãos ao teclado, digitando no notebook em minha frente. -

- Vou acompanhar o Jin até a lanchonete, quer alguma coisa? - Perguntou-me, me vendo negar logo em seguida. - Nos encontramos na sala então.

Assenti, sentindo-o se afastar e provavelmente sair da biblioteca junto de nosso amigo.

Suspirei pesado, me espreguiçando.

Escrever uma dissertação de críticas trabalhistas com certeza não é para qualquer um.

- As referências... Falta elas. - Relembrei arrastado, levantando da cadeira. - Qual é mesmo o nome daquele livro? - Sussurrei para mim mesmo, tentando recordar. -

Eu andava pelas prateleiras enquanto tentava recordar o nome que havia sumido da minha memória.
Me agachei, lendo com dificuldade o nome dos livros que estavam mais abaixo, quase no chão.

- Psiu. - Ouvi, junto a uma cutucada nas costas. -

Me levantei rapidamente e sem querer, bati o braço contra alguma parte do corpo alheio, em algum lugar entre o rosto e ombros.
Me virei naquele mesmo instante e era Anna.

- Perdão! - Me apressei, segurando seu rosto por impulso e rindo em tom baixo. - Eu machuquei?

- Não sei, você se machucou? - Brincou, me fazendo rir um pouco mais por perceber o erro na fala. -

- Eu te machuquei? - Reformulei, sorrindo pequeno. -

- Não. - Afirmou risonha, segurando meus braços. - Está tudo bem, não te vi o dia todo, resolvi cumprimentar antes de ir embora. Encontrei os meninos no caminho e eles disseram que você estava aqui, fazendo um trabalho.

- Sim. - Respondi, soltando-me devagar de suas mãos. - Sobre críticas trabalhistas, estava procurando um livro para colocar as referências.

Suspirei, um pouco frustado pelo ato involuntário anterior.
A verdade era que mesmo depois daquela conversa com Anna, de estarmos conversando e agindo naturalmente um com o outro, eu ainda estava com receio de fazer qualquer coisa, por mais simples que ela fosse.
Eu não sabia qual seria sua reação e tampouco seus atuais sentimentos em relação a mim.
Não queria parecer atrevido, e não quero que ela pense que estou avançando rápido demais nessa reaproximação.
Por mas de estarmos nos reconhecendo, dessa vez eu queria ir no tempo dela.