Capítulo 32

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Vila Estrela (Morro do Papagaio), MG
1:57 PM

Onnika: obrigada, tá?

Ig: suave patroa, qualquer bagulho só chamar. - dei um sorriso olhando pra ele e logo sai do carro fechando a porta do mesmo.

Logo entrei naquele lugar e a cabeça ainda girava e a insegurança entre o que fazer ainda me consumia.

Não sei se faço o que o Perigo falou e saio daqui o mais rápido possível ou se sigo aqui até conseguir alguma coisa.

Saber realmente o que andava acontecendo era minha maior vontade, três anos que ouço que cargas que vinham de fora para o Jacarezinho estavam chegando bagunçadas e sem quase metade do que deveria ter.

Os pela saco do Vidigal sempre foram suspeitos por sempre se envolverem em coisas ridículas desse nivel e eu só aceitei essa porra de missão pra tirar essa dúvida de mim.

No final acabei em outro estado, com o chefe da facção rival apaixonado por mim, meu pai vivo e agora me ameaçando.

Respirei fundo e fui logo em direção ao banheiro, realmente precisava de um banho.

Tirei minha roupa e logo entrei em baixo do chuveiro, a água caindo pelo meu corpo me acalmou, passei um tempo em baixo pensando sobre o que fazer.

Caralho Ananda, que porra você se meteu?

Suspirei fundo e desliguei o chuveiro, sai do banho me enxugando e fui até a cama, onde estava minha mala com as minhas roupas.

Vesti minhas roupas íntimas, uma calça moletom preta e um blusão preto também.

Tinha passado uns cinquenta minutos em baixo do chuveiro, agora o relógio já marcava 2:50 da madrugada e pra mim de verdade, só vai valer a pena sair desse lugar se for com no mínimo uma resposta.

É uma besteira? é! mas eu ainda quero saber que porra acontece. Nunca precisamos, mas nessa "brincadeirinha" e desviozinhos já perdemos uma fortuna.

Fechei minha mala e coloquei a mesma no cantinho do quarto, fui até a porta do quarto e passei a chave trancando o mesmo.

Muito improvável que tenha alguma coisa nesse quarto minúsculo, mas se tiver, eu vou achar.

Peguei a mala dele e comecei a vasculhar, mexi em cada cada espaço daquela mala, até nos bolsos dos shorts e moletons. Nada, não havia nem sequer um papel, nota fiscal ou sei lá, algo minimamente útil ou interessante.

Já sem esperanças nenhuma me sentei na cama e respirei fundo. De verdade, eu estava acreditando que iria acontecer algum milagre e iria aparecer algo que iria me dar a liberdade de vazar desse lugar.

Me levantei novamente e tirei a mala dele de cima da cama, colocando próxima da minha.

Parece até brincadeira, mas assim que meu olhar fixou na bancada ao lado de cama senti uma vontade enorme de olhar em baixo da mesma.

Pensei em não olhar, por achar besteira mas assim que me abaixei e passei em baixo da mesma... BINGO!

Puxei uma caixa que estava ali, torcendo para que tivesse o mínimo ali dentro.

Com a caixa já aberta tive a visão de uma agenda, uma canik 9mm, uma identidade com o nome de Nicolas sem foto, trouxinhas de maconhas aparentemente diferente umas das outras e bolos de notas sendo elas real, euro e dolar.

Puxei meu celular de cima da cama e logo abri da câmera do mesmo, comecei a tirar foto de cada detalhe, notas, drogas, da arma e tudo.

Abri a agenda olhando as páginas por cima podendo entender que ali era sim a tal agenda de organização. Coloquei a mesma em cima da cama e ajeitei a caixa pondo a mesma no local que estava antes.

Me levantei rapidamente e fui correndo colocar aquele caderninho dentro da minha mala, foi bem no momento em que ouvi som da porta sendo destrancada.

Mulher do PoderWhere stories live. Discover now