Capítulo 13

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Ananda: BN -me aproximei dele.- a gente não pode rolar, eu me apego muito fácil e além disso... você é o melhor amigo do meu irmão.

BN: isso não tem nada a ver, Perigo sabe que em questão a isso eu sou firmeza.

Ananda: tem muita coisa envolvida nisso cara...

BN: muita coisa o que, garota? é só tu querer que nós tenta... faz acontecer.

Ananda: a gente pode conversar sobre isso quando eu voltar do Vidigal? preciso pensar.

BN: tranquilo, tu tem o tempo do mundo inteiro. não vou te cobrar nada não, se tu quer ficar nessa pra ficar beijando o TH, ta mec. -puxou o braço tirando da minha mão  logo em seguida se virou de costas pra mim.

Ananda: minha unha filho da puta. -murmurei balançando a mão.- olha pra mim, não vai rolar absolutamente nada entre eu e aquele moleque, entendeu?

BN: você mesma falou que seria mais fácil se você se envolvesse com ele.

Ananda: realmente, vai ser. porém vai ser 0 sentimento, eu me conheço, sei o que faço.

BN: tranquilo Ananda, só quero ir embora agora. não posso ficar dando mole no asfalto não.

Disse andando na frente, também não disse mais nada, peguei meu celular e fui com ele até a moto.

Ele foi super rapido na direção do Jaca, mesmo tendo ficha limpa, muitos dos cana sabem sobre o envolvimento dele com as coisas consideradas privados lá.

Mesmo sendo sub ele não se envolve muita más operações, sabe de todas e como funciona, mas não mete a cara, ta ligado? porque o Perigo sempre precisa de alguém de confiança que possa descer pro asfalto.

Depois de uma cota nos já tava passando pela contenção. Ele parou um pouco antes da minha casa e eu desci da moto.

BN: vou entrar nesse beco ai não porque preciso passar num lugar, rasta meu roteito todo.

Ananda: tranquilo -disse tirando o capacete e entregando a ele.- você não ta bravo comigo não, né?

Ele negou com a cabeça mas era evidente a mentira na cara dele.

Ananda: então da um beijo. -ele me olhou cruzando os braços.- vai, só um beijo. -levantei um pouco o capacete dele e logo ele terminou de tirar.

Ele me puxou pra mais perto dele e colocou suas mãos dentro do meu cabelo, me olhou dando um sorriso levinho iniciando o beijo logo após.

Foi um beijo lentinho, mas com uma pegada do caralho. Ai, esse moleque não decepciona!

Encerramos o beijo com alguns selinhos e ele foi descendo os mesmo até meu pescoço.

Ananda: ai, covardia... -disse sentindo meu corpo arrepiar.

BN: vai logo pra casa pro teu irmão não te encher de pergunta.

Ananda: verdade, né.

BN: mas se quiser dar uma passada lá em cima...

Ananda: nem pensar mocinho, amanhã eu acordo cedo, ultimo treino com as armas pra sexta já descer pra lá.

BN: isso que é foda. -me soltou e olhou pro outro lado suspirando.

Ananda: quando eu voltar nós ajeita nossa vida.

BN: se daqui pra lá você já não tiver me esquecido, né?

Ananda: para com isso, tá? agora deixa eu ir. -dei um selinho demorado nele e antes de nós separamos uma voz grossa surgiu.

-que porra é essa, Ananda?

Olhei por lado assustadona e dei de cara com o Perigo com o fuzil na frente do corpo, o coração chega doeu.

Ananda: Calma...

Perigo: calma o caralho, então foi por isso que tu queria tanto ir com ela, né seu cuzão?

BN: vem com essa não Azevedo, teve o b.o com o cara que ia com ela.

Ananda: vamo pra casa Perigo, para.

Perigo: que para o que Ananda, mo barulho ridículo, tu se envolvendo com o BN.

BN: por que bagulho ridículo? -olhou pra ele cruzando os braços.- Ananda não é mais criança não, ô caralho, é uma mulher! sai da cola da mina.

Perigo: tu abaixa tua bola, acha que é quem pra me mandar fazer alguma coisa? enquanto a Ananda morar de baixo do meu teto ela me deve satisfações e eu quero saber direitinho sobre essa história ai.

Ananda: ei, menos! antes de eu completar 18 eu já pedia pra você me conseguir uma casa, não era?

Perigo: em casa a gente conversa Ananda.

Ananda: em casa um caralho, não piso o pé em nada que é seu nunca mais.

Perigo: então já começa saindo da minha quebrada!

BN: sua? -chamou atenção a ele.- se tu conquistou isso aqui foi com minha ajuda,  então não venha com essa de SUA quebrada não.

Perigo: vontade é de te meter uns furo, filho da puta.

BN: mete, mas mete pra me matar, porque se não vai ter que ver eu tomando conta disso aqui tudo sozinho enquanto tu é cobrado.

Ananda: para, para os dois! -entrei no meio dos dois de frente pro Perigo.- tá mec Azevedo, eu vou emborar do Jacarezinho também. mas fica tranquilo, eu vou honrar o comando, antes de sumir da sua vida, eu vou fazer a missão que eu tenho agora.

Perigo: você acha que é facil pra mim, né? coloquei você dentro da minha casa... -interrompi ele.

Ananda: se eu soubesse que era pra ficar jogando na minha cara eu tinha deixado você me matar igual fez com o meu pai.

Perigo: eu não terminei de falar, coloquei você dentro da minha casa, criei um amor de irmão mesmo e sempre te vi da mesma forma que vejo a Carol, minha menina... -deu um sorriso bobo e logo levou o olhar pro BN.- ai o interesse do meu melhor amigo em esta sempre comigo dentro da minha casa cresceu, né? primeiro chance de estar lá.

BN: Perigo, na boa, você ta bêbado, tendeu? desce pra casa e amanhã a gente conversa.

Perigo: você ta certo, cria. estou bebado, perco total razão. -disse debochando e foi andando em direção a casa.

Passei alguns minutos olhando ele descer tombiando por conta da cachaça e olhei pro BN.

BN: vai ajudar ele...

Ananda: depois de tudo que ele disse?

BN: nós ja imaginavamos que isso poderia acontecer, mas ele é assim quando... enfim.

Ananda: quando o que?

BN: cocaína Ananda, vai com ele e eu fico ali no portão quando vocês entrarem, qualquer coisa que acontecer você grita e eu entro, mas se ficar tudo tranquilo me manda mensagem quando já estiver no quarto. -assenti.

Ananda: obrigada por isso. -ele eu um sorriso e eu o abracei.

Desci andando um pouco rápido pra alcançar o Perigo e fui ajudando ele que não deu nenhum piu. Depois de alguns minutos cheguei no portão de casa e olhei pro começo da rua e ele ainda entava lá encostado na moto me olhando.

Entrei em casa e mais que de pressa o Perigo saiu voado pro quarto de hóspedes, quando bebia ele não podia nem encostar perto da Lai.

Fui pro quarto e mandei mensagem pra ele avisando, que so visualizou e mandou um emoji.

Mulher do PoderWhere stories live. Discover now