Capítulo 5

5.5K 370 11
                                    

Jacarezinho, Rio De Janeiro
6:37 AM

Ananda.

Acordei com uma claridade do caralho na minha cara, olhei para o lado e logo percebi que não estava no meu quarto.

Tentei me levantar e a tonteira veio na hora, cabeça girou mesmo.

BN: acordou cedo assim por que? -me assustei com a voz dele e o encarei.

Ananda: O que cê tá fazendo aqui? aliás, o que eu to fazendo aqui? -ele assoprou fumaça.- mentira que a gente... cê sabe, fez?

BN: fez o que garota, tu não tava nem se aguentando em pé. -ele riu e eu revirei os olhos.- fica ai mais um pouco, tem remédio dentro da gaveta ai

Ananda: por um minuto pensei que tinha dado pra tu, ta maluco.

BN: bem que tu queria, diz ai. -ele sorriu me olhando enquanto se apoiava na janela.

Ananda: te manca ridículo

Falando isso mas a coleguinhas aqui de baixo tinha ficado toda assanhada com aquele sorrisinho dele.

Por mais que eu e o BN vivemos em pé de guerra eu sempre tive uma vontade do caralho de dar pra ele, sem zoeira nenhuma moleque.

Nós já ficamos a uns meses atrás em uma festa, mas no outro dia nem na cara dele eu olhei.

BN: qual é mandada, ta me encarando por que?

Ananda: que horas são?

BN: 6:47

Ananda: tu vai pra boca?

BN: daqui a pouco, por que?

Ananda: quero ficar aqui na sua casa sozinha não, quando tu for me leva em casa?

BN: no teu lugar eu só chegava lá depois que o Perigo saisse, mas se tu quer tranquilo.

Ananda: da em nada, digo a ele que fiquei na casa de alguma das meninas

BN: não tem porque mentir, não rolou nada entre a gente. te trouxe pra cá porque você mesmo sugeriu, por pura preguiça. -arquiei a sobrancelha olhando pra ele que deu risada.- ficou certo dele vim te buscar quando você curasse a cachaça, mas tu pegou no sono sem nem tomar banho, toda fedida nos meus lençóis limpos.

Ananda: mano, sem caô, tô cheirando a cachaça pra caralho

BN: banheiro é logo ali.

Ananda: me da um trago ai pra eu ver se crio coragem de levantar

BN: Perigo me ver fazendo isso me manda pra 7 palmo a baixo. -me entregou.

Ananda: ele não ta aqui, não ta vendo nada... não tem nem como ficar sabendo. -dei uma tragada no beck dele que me encarava.

BN: vou pedir pra trazerem alguma coisa pra tu tomar café. -foi saindo do quarto

Ananda: pega uma toalha pra mim

BN: ai no guarda roupa tem. -disse alto.

Me levantei da cama e dei outro trago no beck que ele me deu, o filho da puta bola bem pra caralho fi.

Apaguei a ponta e joguei fora. Fui pegar a toalha e aproveitei pra roubar uma camisa e uma cueca dele também, a minha roupa tá só o cheiro de cerveja menor, nem eu to aguentando.

Entrei em baixo do chuveiro de vez, quando a água caiu na minha cabeça foi um alívio do caralho, parecia que tinha tirado um peso das minhas costas.

Nem demorei muito, me vesti rapidinho e prendi o cabelo em um coque. Assim que sai do banheiro me bati com o BN sentado na beira da cama, só na olhada dele já tava esperando a implicância.

BN: essa camisa ta transparente, da pra ver seu peito todo. -olhou pro meus peitos e logo pro meu rosto novamente.- se quiser tem uma preta ali em cima. -apontou.

Ananda: vou trocar então... -fui até onde ele disse que estava, peguei a camisa e virei de costas pra vestir

BN: ta de caô que até com minha cueca tu tá mandada

Ananda: te devolvo tudo amanhã, beleza? agora para de olhar pra minha bunda ai

BN: ossada. -murmurou.

Ananda: que que tu disse? -ajeitei a blusa no meu corpo e fui até ele.

BN: difícil não olhar, né Ananda?

Ananda: por que difícil?

BN: a, vem com essa não. -fui mais perto dele e o mesmo me encarou.- qual foi?

Ananda: quero que você me responda.

BN: doidinha pra eu te elogiar, né? -ele riu.- não vou

Ananda: só o teu olhar e esse sorrisinho já disse tudo bobo

BN: então me beije logo filha da puta. -tirou o fuzil das costas e colocou em cima da bancada junto com o celular dele.

Ananda: a cala boca a BN. -dei risada e logo senti ele segurar minha cintura.

BN: exatamente isso que eu quero que você faça e se for com um chá melhor ainda. -deu um sorriso malicioso.

As pernas já estavam fraquinhas, não tenho certeza se é o certo a fazer, mas o errado sempre é mais gostoso, né?

Levei minha mão até a nuca dele e logo fui encostando meu lábio no do mesmo, iniciando um beijo lento. Não posso negar que esse filho da puta beija bem pra caralho e que tem uma pegada absurda!

Ele me segurou pela cintura e deitou comigo na cama, me deixando por cima...

Mulher do PoderWhere stories live. Discover now