Capítulo 4

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Baile do Jaca
00:54

BN.

Tava no meu canto tranquilo, não tava nem afim de ficar no camarote hoje, arranjei um b.o com filho do dono do Anchieta, e não queria me bater com ele lá em cima pra evitar confusão.

Tinha encostado numa parede do lado esquerdo da quadra, de frente pra onde o Perigo e uns outros caras estavam.

Carolinne tinha acabado de sair daqui, achei mó vacilo deixar a Ananda sozinha, a nega ta triloca mesmo menor e a outra deixa ela aqui sozinha.

Fiquei até com medo de sair de perto e sei lá, ta ligado?! Mas mesmo assim sai de lá pra buscar uma cerveja.

BN: ai tia, me descola uma lata de budweiser

- sei se tá muito gelada não filho. -me entregou.

BN: ta tranquilo. -peguei na mão dela e entreguei 5 reias.

Abri a lata e fui voltando pra onde eu tava antes, acendi um cigarro e me encostei no muro novamente.

Ananda já não estava mais no meu campo de visão, olhei pra cima e o Perigo já estava procurando também, fiz sinal pra ele dizendo que ia procurar e ele assentiu com a cabeça.

Comecei a rodar ali e vi alguma das meninas que estavam com ela pegando bebida também.

BN: cole fia, tu viu a Ananda?

- BN, né? -deu um sorrisinho e se aproximou de mim.- ela foi no banheiro, se quiser te levo lá. -pegou na minha corrente e eu logo tirei a mão dela.

BN: precisa não, sei ir.

Era até gatinha, mas errou feão pegando na minha prata, perdi logo o interesse.

Fui chegando perto dos banheiros e logo ouvi a voz dela e longe, como se tivesse gritando mandando alguém soltar ela ou sei lá, ja fui na bala atrás.

Ananda: faz favor se me soltar? -disse alto.

-calma boneca, não vou fazer... -o interrompi.

BN: você não vai fazer nada Paulin, tá ouvindo a mina mandar tu soltar ela, não?

Paulin: qual foi BN? fica na tua que com essa aqui eu me entendo, a putinha tava mo dando pagando de doida rebolando pra caralho e agora ta assim.

Quando eu ia abrir a boca pra falar a Ananda deu um chutão nos ovos cara, no momento eu tomei um surto do caralho, mas logo que eu vi que ele iria reagir passei na frente dela.

Paulin: agora eu quero essa vagabunda na porrada, filha da puta.

Ananda: você me respeita desgraçado. -ia saindo pra minha frente mas eu empurrei ela pra trás novamente.

BN: se liga Paulin, isso aqui vai chegar no ouvido do Perigo, tu sabe muito bem que aqui não é permitido forçar nenhuma mina a nada, né?! e você ainda foi se meter com a irmã do chefe.

Paulin: irmã do chefe?

BN: exato filho -peguei a 38 na cintura dele.- passa na minha frente.

Mulher do PoderWhere stories live. Discover now