Capítulo 34

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Vila Estrela (Morro do Papagaio) MG
3:03 AM

Onnika: Bn? por que ele me ligaria? e perguntando por uma Ananda?

Th: quem tem que me dizer é você. - ele cruzou os braços e tentou pegar o celular da minha mão.

Onnika: para com isso. - desviei o celular da mão dele. - a voz deve ser parecida só. e meu Deus, nem eu que ficava com o Bn lembro a voz dele...

Th: pois eu lembro, muito bem aliás. me da esse celular Onnika.

Onnika: para com esse papo, desde cedo isso de pegar meu celular, eu ando pegando o seu?

Th: eu não te escondo nada, se você quiser pegar esta ali, sem senha, sem nada. mas é aquele papo, quem deve tem medo, né?

Onnika: ta ficando maluco? eu só não quero que pegue porque é minha privacidade, eu quero respeito em relação a isso. fui criada ouvindo que minha palavra basta, minha mãe me ensinou assim, se você não acredita no meu dito, não posso fazer nada!

Th: enfia seu celular no cu, garota. mas fica ligada, ta? - botou o dedo em frente ao meu rosto. - nada passa por mim sem que eu saiba, e não é porque tu é um rostinho bonito que eu vou seder.

Onnika: primeiramente tira o dedo do meu rosto. - empurrei a mão dele. - não era você que dizia confiar em mim? ta ficando maluco porra?

Th: confiança eu tinha até ver que tu me esconde os bagulho, tenho cara de otario mas não sou não, Onnika. - ele se levantou da cama pegando a camisa jogando no ombro, logo em seguida pegou o celular e virou as costas em direção a portam

Onnika: onde você vai?

Th: pra casa do caralho porra, me erra! - ele falou alto e após isso o único som foi o da porta batendo forte.

Eu não ia perder a oportunidade, não tem o que eu perder aqui mais. Eu fiz muito esse moleque de otario, e se ele começar a desconfiar de mim vai ser um aperto do caralho pra mim.

Me levantei da cama indo em direção a porta e tranquei a mesma, o mais rápido que eu podia peguei algumas coisas minhas que ainda estavam espalhadas pelo quarto e fui jogando em cima da cama.

Tirei a mala do canto, abrindo a mesma em cima da cama e começando a colocar tudo que era meu lá dentro.

peguei meu celular e disquei o número do Perigo.

Ligação on*

quero vazar daqui, vai dar ruim pra mim.

Perigo: qual foi?

pelo o que parece o Bn ligou o Thiago atendeu a ligação.

Perigo: puta que pariu caralho

ele não tem certeza de nada, mas foi grosso de uma forma fora do normal comigo, até mesmo pra quem está bêbado. enfim, ele saiu daqui e estou com medo dele te ido atrás do Cesar, porque se ele contar e capaz daquele velho maldito falar tudo...

Perigo: ele não vai, mas de qualquer forma, sai dai o mais rápido possível, tem homem meu ai por perto, vou mandar chegar na esquina da saída.

aliás, achei a porra do caderno

Perigo: boa, minha menina. vem que já já nós se bate.

tô descendo.

Ligação of*

Ele me chamando de minha menina igual quando eu era mais nova me deu um alívio tão grande... mas ainda não superava a aflição de como eu iria sair dessa favela com uma mala em dia de baile.

Na moral mesmo... loja de roupa no Rio de Janeiro é o que não falta, peguei um casaco dentro da mala, o caderno e o carregador do meu celular, vesti o casaco e coloquei os outros dois no bolso do mesmo.

Meu celular vibrou e logo vi uma mensagem do Perigo dizendo que os homens estavam na rua de trás da primeira farmácia na saída da Vila Estrela.

Respirei fundo e fui em direção a porta, pedi proteção a Deus enquanto destrancava a mesma.

Mulher do PoderWhere stories live. Discover now