Vila Estrela (Morro do Papagaio) MG
3:03 AMOnnika: Bn? por que ele me ligaria? e perguntando por uma Ananda?
Th: quem tem que me dizer é você. - ele cruzou os braços e tentou pegar o celular da minha mão.
Onnika: para com isso. - desviei o celular da mão dele. - a voz deve ser parecida só. e meu Deus, nem eu que ficava com o Bn lembro a voz dele...
Th: pois eu lembro, muito bem aliás. me da esse celular Onnika.
Onnika: para com esse papo, desde cedo isso de pegar meu celular, eu ando pegando o seu?
Th: eu não te escondo nada, se você quiser pegar esta ali, sem senha, sem nada. mas é aquele papo, quem deve tem medo, né?
Onnika: ta ficando maluco? eu só não quero que pegue porque é minha privacidade, eu quero respeito em relação a isso. fui criada ouvindo que minha palavra basta, minha mãe me ensinou assim, se você não acredita no meu dito, não posso fazer nada!
Th: enfia seu celular no cu, garota. mas fica ligada, ta? - botou o dedo em frente ao meu rosto. - nada passa por mim sem que eu saiba, e não é porque tu é um rostinho bonito que eu vou seder.
Onnika: primeiramente tira o dedo do meu rosto. - empurrei a mão dele. - não era você que dizia confiar em mim? ta ficando maluco porra?
Th: confiança eu tinha até ver que tu me esconde os bagulho, tenho cara de otario mas não sou não, Onnika. - ele se levantou da cama pegando a camisa jogando no ombro, logo em seguida pegou o celular e virou as costas em direção a portam
Onnika: onde você vai?
Th: pra casa do caralho porra, me erra! - ele falou alto e após isso o único som foi o da porta batendo forte.
Eu não ia perder a oportunidade, não tem o que eu perder aqui mais. Eu fiz muito esse moleque de otario, e se ele começar a desconfiar de mim vai ser um aperto do caralho pra mim.
Me levantei da cama indo em direção a porta e tranquei a mesma, o mais rápido que eu podia peguei algumas coisas minhas que ainda estavam espalhadas pelo quarto e fui jogando em cima da cama.
Tirei a mala do canto, abrindo a mesma em cima da cama e começando a colocar tudo que era meu lá dentro.
peguei meu celular e disquei o número do Perigo.
Ligação on*
quero vazar daqui, vai dar ruim pra mim.
Perigo: qual foi?
pelo o que parece o Bn ligou o Thiago atendeu a ligação.
Perigo: puta que pariu caralho
ele não tem certeza de nada, mas foi grosso de uma forma fora do normal comigo, até mesmo pra quem está bêbado. enfim, ele saiu daqui e estou com medo dele te ido atrás do Cesar, porque se ele contar e capaz daquele velho maldito falar tudo...
Perigo: ele não vai, mas de qualquer forma, sai dai o mais rápido possível, tem homem meu ai por perto, vou mandar chegar na esquina da saída.
aliás, achei a porra do caderno
Perigo: boa, minha menina. vem que já já nós se bate.
tô descendo.
Ligação of*
Ele me chamando de minha menina igual quando eu era mais nova me deu um alívio tão grande... mas ainda não superava a aflição de como eu iria sair dessa favela com uma mala em dia de baile.
Na moral mesmo... loja de roupa no Rio de Janeiro é o que não falta, peguei um casaco dentro da mala, o caderno e o carregador do meu celular, vesti o casaco e coloquei os outros dois no bolso do mesmo.
Meu celular vibrou e logo vi uma mensagem do Perigo dizendo que os homens estavam na rua de trás da primeira farmácia na saída da Vila Estrela.
Respirei fundo e fui em direção a porta, pedi proteção a Deus enquanto destrancava a mesma.
YOU ARE READING
Mulher do Poder
Romantik"Nunca fui sozinha, sempre foi eu aqui em baixo e vocês duas por mim ai em cima."