Capítulo 18

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Jacarezinho, Rio de Janeiro
8:32 AM

BN.

Já tinha meia hora parado ali e nada da Ananda aparecer tava até com medo de rolar alguma merda, vai saber, né?

-BN? -soou uma voz atrás de mim e eu logo virei.

BN: demorou pra caralho, ein? posso ficar dando mole aqui não filha.

Ananda: nem um oizinho? bom dia, como hoje tá? -deu um sorriso me olhando.

BN: tava morto de saudade de você. -levantei o capacete e dei um selinho nela.- sobe ai, vamo pra um lugar melhor.

Ela subiu na moto e eu logo comecei a pilotar. Tava tudo tranquilo na boca onde eu fico, então vou poder passar um tempinho com ela de boa.

Fui até a parte de trás do morro onde eu tenho uma casa, parei lá na frente e nós descemos.

Ananda: quem mora aqui? -me olhou enquanto tirava o capacete.

BN: morrar ninguém. -abri a porta da frente.- era a casa que minha mãe morava.

Ananda: ataa. -entro na casa junto comigo.

BN: sim, me diz, qual foi? Como ta sendo lá?

Ananda: tem um bagulho muito esquisito. -se sentou no sofá e eu me encostei na parede olhando pra ela.- ou o TH é muito emocionado ou ele ta tentando me manipular de alguma forma.

BN: coé, como assim?

Ananda: primeiramente que eu to morando na casa dele, ontem mesmo almocei na casa da mãe, com as irmãs e ele.

BN: qualé, por que isso?

Ananda: dizendo ele não tinha casas liberadas por lá, mas calma, ainda tem coisa pior. ontem eu fui pro baile, sentada no meio dos amigos dele, até sobre a organização dos assaltos, desmanches e os caralho eu escutei.

BN: qual a lógica dele deixar você saber desses bagulho?

Ananda: não sei, não faço a mínima ideia. -ela passou a mão no rosto.- ai quando chegamos em casa ele veio com uns papos de eu passar confiança pra ele, que ele confiava em mim e os caralhos.

BN: eu de verdade não sei o que ele pode ganhar com isso. -fui pra mais perto dela.- mas o que tu ouviu lá com os caras?

Ananda: na boca que o TH fica, no caso a central, perto da casa dele. enfim, lá tem algum calendário, caderno de anotações, algo do tipo assim, tem escrito em algum lugar a rotina.

BN: rotina?

Ananda: sim vei, não sei bem como eles dividem, mas tem sequencias ta ligado?

BN: caralho meno, os cara é todo organizadin nisso?

Ananda: achei estranhão, mas é o que parece. vou dar um jeito de achar isso.

BN: não vai inventar de se arriscar não, ein caralho?

Ananda: vai dar em nada não, vou dar meu jeito.

BN: Perigo vai ficar boladão com você.

Ananda: ele não vai nem saber que eu estive aqui.

BN: não vou me meter nos teus bagulhos, mas no seu lugar eu contaria. -ela me olhou com cara de confusa.- você quem sabe... aliás, tem que voltar pra la agora?

Ananda: disse pro Thiago que iria procurar um trampo.

BN: então pode ficar aqui comigo, né?

Ananda: 12h eu ja tenho que ta naquele lugar de novo.

BN: tempo pra caralho até isso. -fui andando até ela e puxei a mesma do sofá fazendo ela ficar de pé.

Ela deu um sorriso todo bobinha e eu iniciei um beijo lento enquanto passava a mão pelo seu corpo.

Ananda: tava morrendo de saudade disso. -disse sem separar nosso lábios.

olhei pra ela e arquiei a sobrancelha logo fazendo a mesma dar risada.

BN: nem parece que resistiu tanto a mim, né? -afastei o rosto de perto do dela.

Ananda: eu tive meus motivos, ok?

BN: quais são seus motivos? -ela fez uma cara estranha e passou as mãos pelo meu pescoço.

Ananda: vamo deixar esse papo pra outro dia, eu quero carinho agora. -começou a beijar meu rosto e logo foi me dando alguns selinhos.

Sei que tem treta nesse papo ai, mas na real mesmo? prefiro ver ela bobinha assim me beijando, rindo igual a uma doida do que ficar discutido sei lá o quê...

Mulher do PoderWhere stories live. Discover now