Capítulo 46

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Jacarezinho, Rio de Janeiro.
11:34

Já tinham se passado três dias desde aquela discussão, o clima dentro de casa estava péssimo, não dava pra disfarçar.

desci em direção á cozinha, peguei um copo com água e logo fui em direção a sala.

Lai: olha só, pensei que ia virar parte da cama. - disse me olhando sentada no sofá.

Ananda: tava ajeitando as coisas pra ver se me matriculo no curso. - me sentei ao lado dela. - mas e ai, cadê o perigo?

Lai: foi pra reunião do comando, sai antes das quatro da manhã.

Ananda: perguntei porque real vi barulho esse horário. - coloquei o copo ja vazio em cima da bacada. - e a Carol, já levantou?

Lai: ainda não acordou eu acredito, vou até lá em cima cutucar ela porque hoje quero lavar as roupas. aliás, vamo fazer um faxinão?

Ananda: eu topo, só espero que a bonita lá não invente de me encher o saco.

Lai: então já começa meu ajudando, gatinha. - deu risada se jogando pra cima de mim. - tá faltando alguns bagulhos tanto pro almoço quanto pra limpar as coisas.

Ananda: já vai me explorar, né? - ela veio mais perto de mim beijando meu rosto. -

Lai: vai lá. é só um sabão líquido pra roupa, mais um rodo que o do banheiro daqui de baixo fizeram o favor de quebrar, alguma coisa pra a gente comer agora no almoço, verduras que ai não tem mais nada, pasta de dente que só tem uma fechada agora e um refrigerante.

Ananda: me manda por mensagem, já esqueci tudo. - me levantei do sofá e ajeitei o short.

Lai: vai de short de dormir, Ananda? o rabo todo de fora. - balancei a bunda na direção dela que riu.

peguei o dinheiro que o perigo sempre deixa em em baixo do jarro e fui em direção a porta de casa.

desci em direção ao mercadinho que tem duas ruas abaixo.

a favela hoje tava bem movimentada, mas era mais de motos, sem o perigo e o Bn aqui dentro a segurança tem que ser reforçanda.

: e ai, nanda. - ouvi uma voz falando comigo assim que entrei no mercado.

Ananda: coé jl, quanto tempo. - fui até ele e estendi a mão fazendo um toque.

Jl: é, precisei de um tempin ai pra botar umas ideias no lugar, tô trampando aqui agora. - mostrou a blusa da farda.

Ananda: deixou mesmo os bagulho, né? - ele balançou a cabeça assentindo. - é isso ai parceiro, sua melhoria sempre. tô mo orgulhosa de você.

Jl: porra, devo tudo a tu e o Perigo, altos conselhos fodas, ouvir vocês me ajudou muito.

Ananda: tamo por tu sempre, neguin. ninguém queria te ver daquele jeito.

abracei ele por cima da bancada do caixa.

Ananda: deixa eu pegar os bagulho aqui que dona Lai tá me esperando.

Jl: vai lá, qualquer bagulho tu sabe que pode contar comigo, nandinha.

sorri pra ele e logo e fui até ao corredor de limpeza.

Jl estudou comigo desde que fui morar com o Perigo, conhece tudo da minha história e tres anos atrás perdoa a coroa dele, se entregou real as drogas, tava um bagulho muito feio.

fiquei feliz pra caralho de ver a melhora dele, aquilo nunca foi pra ele e tenho certeza e tua Leila tá muito orgulhosa dele.

enquanto estava pegando as coisas recebi um ligação da Lai, provavelmente lembrou de algo pra comprar.

atendi a chamada e logo o tom dela me assustou.

Ligação on*

Ananda: oxe, tá chorando? o que rolou Lai??

Lai: vem pra casa, Nanda.

Ananda: o que aconteceu?

Lai: não tem mais nada no quarto da Caroline.

na mesma hora as compras cairam da minha mão, sai dali o mais rápido possível.

Jl: Ananda? - ouvi a voz dele já longe.

subi aquela rua o mais rapido possível.


Mulher do PoderWhere stories live. Discover now